A casa do Brasão de Glicínia - Parte 2

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Mikoto sai da casa, observando a lua cheia que brilhava no alto, ela fez algo que a tempo não fazia: descansar.

Se sentia segura. Seu irmão estava seguro, naquele momento, não tinha o peso de ter que protegê-lo. Não que ela não goste, mas ainda é cansativo. Ela podia ficar em céu aberto, sem ter medo de ser atacada ou de ter uma tragédia.

Havia um canteiro de flores com um pequeno corrego nos jardim da mansão, e a ruiva se deita entre as flores que estavam ali, escutando a água correr.

Tudo estava tranquilo, seus olhos estavam fechados e ela apenas aproveitava o momento, com a luz da lua a banhando.

Porém, a luz some repentinamente. Ela abre os olhos para procurar o que poderia ser uma nuvem, mas quem bloqueava a lua era a pequena oni da mordaça.

Miko sorri, vendo que ela a encarava com curiosidade.

— Oi, Nezuko! — Nezuko sorri com os olhos, respondendo com um aceno de mão. — Senta aqui do meu lado!

As duas se sentam, Mikoto pega algumas flores e começa a fazer uma coroa, transando-as. Nezu observa como ela faz, pegando algumas flores também e tentando imitar a mais velha.

Pouco minutos depois, Miko coloca uma linda coroa de flores já cabeça de Nezuko. Uma rosa no centro, na qual ela tinha tido o cuidado de tirar os espinhos, margaridas e pequenas flores rosa formavam a coroa.

Nezuko também fez uma, que tentou por na cabeça de Mikoto, mas estava tão larga que se tornou um colar. Ambas riram, e Miko observou o arranjo de flores que recebeu.
Era feito das mesmas flores que a coroa.

Nezuko fica encarando Miko, queria pedir uma coisa a ela, mas não sabia como o fazer sem poder falar.
Percebendo a inquietação da mais nova, Miko tenta resolver o problema.

— Você... quer falar alguma coisa?

A oni balança a cabeça animadamente, concordando.

— Hum... — Ela cogita tirar a mordaça, mas não sabia se podia fazer isso. — Espera aí!

Ela sai correndo, deixando Nezuko confusa, mas volta logo depois com um caderno, pincel e tinta.

— Você pode escrever o que quer falar! — Disse, entregando os matérias a Kamado.

Está bate palmas, aprovando a ideia, então pega os matérias e começa a rabiscar. Mikoto fica olhando por cima do ombro, curiosa.

Quando termina, a oni entrega o caderno a ela.

— Quer que eu cante para você? — a oni concorda — Claro!

A ruiva bate uma mão no colo, e diz para Nezuko se deitar. Ela o faz, e então Miko começa a cantar a canção do Coelho na Montanha.

Sua doce voz ecoou pelo jardim, sendo escutada por Inosuke, que parou o treinamento para tentar entender o que diabos era aquilo. Também chegou aos ouvidos de Zenitsu, que suspirou profundamente e sorriu enquanto dormia.

《☆》

                            Mikoto

Tudo tranquilo, eu fazia um penteado trançado em Nezuko, utilizando flores para decorar.
Ela balançava de um lado para o outro, eu podia ver a áurea cor-de-rosa que emanava dela, chegava até a parecer que tinha gliter.

Eu podia ficar ali por horas, apenas tocando em seus cabelos macios, mas um som vindo da casa me chamou atenção.
E, depois, me deixou puta da cara.

Lá da mansão, eu podia escutar sons de "batidas" rápidas muito suspeitas.

— Não... AH NÃO! — Me levanto — Vem Nezuko, vamos mostrar seu penteado para o Tanjiro!

Pequeno Oni Where stories live. Discover now