Encontro

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  A aura em volta daquele homem era aterrorizante.

  Sem pensar no seu udon, correu em direção ao homem.

— Respiração da Lotús, 6⁰ forma. Kie yuku hana — Brandiu sua espada, formando um redemoinho de pétalas, sua imagem tremelusiu e desapareceu completamente em meio às flores. 

Sua intenção não era atacá-lo. Ela já havia se encontrado com ele algumas vezes. Ela sabia que não podia com ele.  Estava fazendo uma pesquisa com Muzan, queria saber sua real motivação para tudo que estava fazendo.

Já tinha várias informações com sigo, ele tem várias famílias, nomes e identidades diferentes em vários locais espalhados. E, curiosamente, as famílias costumavam ter uma boa condição financeira e um conhecimento científico envolvido.

Com suas informações, Mikoto percebeu que ele parecia procurar algum tipo de planta ou algo parecido, mas ainda não sabia o propósito disto.

O segui devagar, andando cautelosamente para não esbarrar nas pessoas, Muzan estava com uma criança no colo e estava acompanhado de uma moça.

Que nome ele havia inventado agora? Por que estava com aquela mulher? Onde morava? Mikoto descobriria tudo isso se conseguise segui-lo.

  Antes que percebe-se, Tanjiro, o garoto que conheceu, estava se atirando para cima de Muzan. Tocou o ombro do demônio, uma cara de pânico e medo estava estampado em seu rosto. Não conseguia acreditar que um oni tinha uma filha humana.

— Posso ajudar, garoto?

Tanjiro não falava nada, estava com a mão na boca em desespero.

— Papai, quem é esse? — Disse a criança no colo de Muzan.

— Querido, está tudo bem? — A mulher o olhou preocupada —  Quem é o garoto?

— Está tudo bem amor, mas, infelizmente, eu nunca vi esse garoto em toda minha vida.

Kibutsuji o encarou, seus olhos viraram fendas e suas unhas cresceram como garras.

Ele olhou para um casal que passava ao seu lado, com um movimento rápido,  arranhou a nuca do homem retirando sangue. O sujeito começou a cambalear, levando a mão a nuca.

— Está tudo bem? Por que parou? — Perguntou a mulher que estava com o homem.

O homem se virou para sua mulher e a mordeu no ombro, ele se tornou um oni tão rapidamente que Mikoto quase não o percebeu.

" Não! Ele vai matá-la! Mas não posso deixar o Muzan escapar. E agora, o que eu faço?! " — Tanjiro estava desesperado, não podia deixá-lo escapar.

Antes que Mikoto pudesse intervir, Tanjiro agarrou o homem, agora um oni. Enrolou seu cachecol, que usava para cobrir a cabeça, em volta da mão e socou dentro da boca do oni.

O segurava de bruço no chão prendendo seus braços, enquanto ele o segurava, Mikoto, junto de outras pessoas, estavam com a moça ferida.

Sim, Mikoto poderia ter deixado Tanjirou resolver tudo e continuar seguindo Muzan, mas tinha vidas civis em jogo no momento. E isso era mais importante que sua obsesividade com Muzan.

— Vocês tem que parar o sangramento! Apertem o pano com mais força! Amarrem uma... — Tanjiro gritava tentando ajudar os moradores.

— Se preocupe com ele agora. — Mikoto interviu se referindo ao oni — Pode deixar que eu cuido da moça!

— O que aconteceu?

— Ele está louco?

— É uma doença?

  Várias pessoas conversavam curiosas e preocupadas.

— Papai, eu estou com medo! — A "filha" de Muzan se encolheu no seu colo.

— Não se preocupe querida. Não olhe. Vamos, amor. Não é seguro aqui.

  Com ódio, Tanjiro viu Muzan, aquele maldito homem que destruiu sua família, ir embora.

Eu vou pegar você! Não importa como, não importa que nome você usar! — Tanjiro gritava com um imenso ódio — Seu covarde!

— Ei garoto! Saia de cima desse homem agora!

  Dois policiais apareceram e teram tirar Tanjiro de cima do homem a força.

— Saia de cima dele agora! — O policial ergueu o cassetete para acertá-lo.

— Não, por favor! Eu sou o único que pode segurar essa pessoa agora!

Mikoto entrou em sua frente e parou o golpe do cassetete com a katana.

O policial se assustou com ela, mas percebeu então sua katana e no enfeite que havia nela. Um ramo de lavanda.  Assim que percebeu quem ela era, abaixou o cassetete.

Porém, o outro policial não teve essa sorte, e tentou atacá-la. Antes de abaixar o cassetete, uma faixa de flores muito grandes impediu o golpe.

— "O que é isso?!"  —  Tanjiro se assustou, se aquilo era um ataque, estava encurralado. —" o cheiro está ficando mais forte!"

— Você, — uma mulher se aproximou devagar — É muito bondoso, ao usar o termo pessoa, para alguém que se tornou um oni. E ainda está tentando salvá-lo. — A mulher ergueu os braços e curou um arranhado de seu próprio braço — Pois bem, permita-me ajudá-lo, está bem?

— Mas por que...? Você... o seu cheiro é...

— Certamente, eu sou... — Ela fez uma pausa — Sou uma oni, mais também sou uma médica. E desejo derrotar e acabar com o Kibutsuji.

— Mãe?

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