tragedia

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Zenitsu estava realmente desesperado, seria a seleção final para ele e tinha certeza que seria morto por um oni, sentia falta de ar, começará a se debater no canto da parede e chorava loucamente. Seu mestre, percebendo que uma crise de pânico está por vir, tentou amenizar a situação.

— Zenitsu...? Por que não vai ao lago se acalmar? Você é a Mikoto não adoram fazer isso?

O Agatsuma respirou fundo, não parecia uma ideia ruim, dado que sempre funcionava.

— Sei que está nervoso com a seleção. Eu entendo perfeitamente, já passei pela primeira vez. Vá, e se acalme um pouco.

Zenitsu, mais calmo, mas ainda com lágrimas em seus olhos, levantou com ajuda de seu mestre e seguiu ao lago, se enconstando nas paredes da casa.

O lago atravessava o pomar de pêssegos, não estava na época dos frutos, mais suas flores enfeitavam as árvores deixando o local com uma beleza extraordinária.

Ele sentou-se no chão perto do lago e molhou as pontas dos dedos, deixando a correnteza tentar levá-los, imediatamente sentiu a calmaria invadir seu corpo. Relaxou seus membros e fechou seus olhos. Virou-se para as flores caídas e pensou em Mikoto.

—"A Mikoto adora as minhas coroas de flor."  — pensou — " vou fazer uma para ela."

Enquanto pegava as flores, não percebeu murmurar uma música que Mikoto lhe ensinou.

— Mauntenbanī, naze anata no me wa totemo akai no ka oshietekudasai. ( coelhinho da montanha diga-me por que seus olhos estão tão vermelhos?)

Estava entrelaçando as flores calmamente quando ouviu um estrondo alto vindo de sua casa que, por mais que seja longe, sua incrível audição ouvirá perfeitamente. Atravessou o pomar correndo.

A medida que se aproximava podia ouvir o som, o som de carne sendo estrasalhada, o som de roupas sendo rasgadas, de ossos quebrando. E sangue derramando, muito sangue.

Abriu a porta bruscamente e viu o que nunca queria ter visto. Seu mestre, o homem que o cuidou e o tratou como um neto, morto. Ensanguentado, e um homem, ou melhor, um oni, se deliciando com seu sangue. Zenitsu levou sua mão a sua boca e não conteve suas lágrimas.

Quando o homem chegou mais perto, Zenitsu não aguentou, e acabou desmaiando de medo.

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Mikoto voltava de uma missão que a tinha deixado toda quebrada, tinha que capturar onis vivos para a seleção final do próximo ano. Assim que se aproximou, já pode ver a porta de sua casa arrombada. E lá, Zenitsu estava caído, e ensanguentado.

Deixou cair a bolsa que levará com sigo e foi correndo em direção ao Zenitsu, calambaleando com sua perna machucada.

Chegou na porta e se debruçou sobre Zenitsu, chorando descontrolada. O abraçou, ainda chorando, e não conteve um grito de desespero ao ver seu mestre morto.

— Īe! Kuso ̄, kuso ̄ ! Mijimena wāmu! Kore o shita hito wa dare demo koroshimasu! ( Não! Maldito seja, maldito seja! Verme miseravel! Vou matar que fez isso!)

— Nee-san...

— Zenitsu?! Você está vivo!

— N-Não fui eu que fiz... isso.

— Eu sei que não foi Zenitsu, afinal, como você poderia — Foi então que Mikoto percebeu que os ferimentos de Zenitsu estavam completamente curados. — Como... como isso é possível?

Zenitsu finalmente abriu seus olhos e Mikoto percebeu. Seus olhos estavam tão dourados quanto antes e sua pupila parecia uma fenda, como olhos de gato. Zenitsu havia se tornado um oni.

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