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Cap 2

Fall, October 13

Pov: Ahyeon💐

-Está animada para o primeiro dia de aula filha? - minha mãe me pergunta anciosa, enquanto dirigia o carro.

-Mãe... - falo revirando meus olhos, achando o jeito da minha mãe engraçado-Já é a quinta vezes que a senhora me pergunta isso em 15 minutos kkkk - olho a mais velha fazer um bico - E eu já disse para a senhora que eu estou, mas também nervosa.

Eu entendia a preocupação da minha mãe, tínhamos nós mudados recentemente, para um país diferente e com o idioma totalmente diferente do qual eu estava acostumado, minha mãe não tinha esse problema por ser nativa da Coreia e maior parte da nossa família morar aqui, eu nasci na verdade na Coreia, porém desde de pequena sempre fui muito esforçada e ganhei uma bolsa de estudos na Nova Zelândia, então me mudei muito jovem para lá, passei maior parte da minha vida lá, então em minha cabeça eu nasci lá mesmo, porém ainda mantinha contato com minhas raízes coreanas por ter ambos pais coreanos e falar frequentemente com eles em sua língua.

Deixamos tudo lá, minha mãe queria recomeçar tudo, nova casa, novo emprego e um provável novo relacionamento, já que ela e meu pai haviam se separado tinha alguns meses, ela não suportava mais aquele ar tóxico que meu pai a mantinha, então ela decidiu colocar as cartas na mesa e fugir comigo, minha mãe foi super corajosa, eu a admiro muito. De uns tempos pra cá, minha mãe estava muito preocupada comigo e minha estadia na Coreia, de certa forma foi uma grande mudança, mas eu fico feliz de estar finalmente conhecendo a terra natal da minha mãe, fiquei muito triste em deixar meus amigos e meu pai, no entanto, são ciclos que eu precisava passar

-Não se preocupe minha filha, você vai amar essa escola! Eu já lhe contei que estudei quando eu tinha sua idade?

-A senhora já contou umas mil vezes mamãe! - eu as vezes esquecia que minha parecia um disco arranhado, contava sempre a mesma história. - Eu não vou precisar ficar nos dormitórios né?

-Sobre isso...

-Mãe! A senhora prometeu que eu teria um tempo para conhecer a cidade - falo cruzando os braços emburrada e me viro para janela, percebo logo que estavamos chegando em um estacionamento.

-Me desculpa filha, mas infelizmente você tem que se adaptar, eu tentei conversar com a diretora, porém ela não liberou - ela fala ainda concentrada em estacionar o carro - Mas eu juro que no sábado, iremos para onde você quiser, tá bom?

-Ta bom mamãe - eu sussurro ainda meio triste e minha beija minha cabeça.

Eu não havia sido totalmente sincera, estava sim animada para o novo colégio, mas ainda estava com bastante medo, a minha única companhia nesse país era minha mãe e eu teria que passar uma semana longe dela, com pessoas estranhas, imagina o frio na barriga que isso tá me causando.

A escola era um internato, com uma arquitetura bem rústica e ultrapassada, me sentia em uma era de reis e rainhas, mas pelo o que eu havia pesquisado era muito requisitada por sua metodologia de estudo, as aulas aqui era de outro nível e os alunos eram os mais inteligentes.

-Mãe, eu realmente tenho que começar hoje? - falo ainda receosa, não podia esconder isso da minha mãe.

-Ahyeon Ruby Jane Kim, eu não lhe criei para desistir! - ela coloca a mão em meu ombro - Eu sei que você está com medo, mas se você não superar seus desafios, nunca irá conquistar seus sonhos e outra coisa sua mãe nunca estará muito longe, vai ficar tudo bem pequena!

Eu concordo com a cabeça e recebo novamente um beijo em meus cabelos, com toda certeza Jennie Kim era a mulher que eu mais admirava no mundo, não apenas por ser minha mãe, mas ser uma mulher muito determinada e forte, fazia de tudo por mim, mesmo me tendo muito nova, ela conseguiu manter o estudos e minha criação, quando eu era pequena levei mais tempo que as outras crianças para aprender a andar normalmente, consequentemente caí muitas vezes no processo, minha mãe sempre dizia para me levar e ir até seus braços, mesmo com muita dor eu levantava e ia ao seu encontro para me consolar. Ela trabalhou duro para a gente conseguir uma casa na Coreia, pois de jeito nenhum ela queria ficar dependente de nossos avós, eu havia como inspiração, orgulho de chamar ela de mãe.