Minghao escondia sua condição da mídia porem a sua saúde não estava mais aguentando manter isso em segredo, então seu lobo cansado dessa situação resolveu reagir.
Uma noite, de lua cheia acabou mudando tudo, trazendo varias perguntas, que talvez na...
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Fazia um bom tempo que eu não pisava nessa sala. Mesmo que meu estágio tenha sido feito nesse prédio, aqui tão em cima foi um dos únicos lugares que eu só visitava para ver meu pai. Bem, isso era antes de fazer dezoito e entender o porque meu pai me mostrava a vida na empresa, ele não estava errado em fazer isso mas, fingir que Seok não existia não era necessário.
Quando Seokmin fez quinze anos ele se descobriu beta, o que foi um baque na família que colocou nele uma expectativa gigante. Eu passei pelo descobrimento de alfa pouco tempo depois com treze, sim um pouco antes e o pior, aquela expectativa tinha acabado de ser jogada em mim. Tradição de merda que eu quero acabar de uma vez por todas.
Escutei a porta abrir, era meu pai. Ele parecia cansado, mas ao mesmo tempo relaxado em me ver ali.
- Filho?- Me chamou.
- Sim?- Virei lhe respondendo.
- A reunião vai começar. Logo logo essa placa terá seu nome.- Sorriu orgulhoso.
- Então vamos.- Sorri fraco, ainda sentindo um gosto amargo no fundo da garganta.
[...]
Saímos e fomos para o fim do corredor, onde estava a sala de conferências. Ali estavam reunidos os líderes de todas as áreas, para presenciar a troca de liderança da empresa. Eu estava agradecido de que eu não precisava fazer muito, apenas acenar, sorrir, dar apertos de mão e enfim segurar a caneta cara e assinar o bendito papel.
Fiz exatamente o que pensei, e enfim a placa foi trocada momentos depois. Eu já começava hoje, mas assim que me sentei na cadeira pronto para soltar a respiração antes presa, escutei dois toques na porta. Estranhei, já que meu pai já havia ido embora e o secretário nada me avisou sobre a sua entrada. Tirei os olhos da mesa e os voltei para a porta.
- Entre.-
- Olá querido.- Minha mãe apareceu na sala um pouco acanhada, entendo que ali era estranho. Ainda mais para uma ômega que não era permitida em nenhum canto daquele lugar.
- Oi mãe.- Respondi tranquilamente.- O que a senhora deseja?
- Dar meus parabéns.- Se aproximou e se sentou na cadeira em frente.- E conversar com você.
- Obrigado, mas conversar sobre?- A olhei atentamente.
- Sobre tudo. Seokmin, você, minhas desculpas.- Levantei as sobrancelhas.
- Não tem o que me pedir desculpas. Apenas ao meu irmão.
- Tenho sim. Eu fui negligente com os dois. Não barrei os desejos de seu pai, e peço perdão por apenas tomar coragem agora. Eu liguei para Seokmin, mas como esperado ele apenas desligou.- Olhou sem esperança.- Eu sinto falta de vocês meus meninos. Eu fui uma péssima mãe, eu queria pelo menos demonstrar meu arrependimento.
