Destiny | Samuel Winchester [2]

18 | Mudança.

CAPÍTULO DEZOITO
MUDANÇA

SAMUEL WINCHESTER.

Havia oferecido a carona por educação e pela vontade de continuar ao lado de Alexia, mesmo depois de levar um verdadeiro balde de água fria dela. Para a minha surpresa ela aceitou sem negar uma primeira vez antes.

Avisei que estava com o Impala e ela apenas me seguiu.

Minha mente só voltava ao momento em que Alex dizia que nossa aproximação por conta de Ryle e Trevor não significaria que pudéssemos voltar, acabei ficando mais abalado do que deveria, pois isso era tudo o que eu almejava.

Ela estava linda e eu não conseguia parar de observá-la discretamente, de forma que não percebesse como eu estava vidrado nela. Seus cabelos estavam soltos, alguns cachos caiam por seus ombros. Alexia era observadora e qualquer distração minha, ela notaria. Não queria deixar o momento ainda mais desconfortável.

Seguimos em silêncio até o Impala, apressei meus passos para abrir a porta para ela e que isso soasse o mais natural possível — e não como se eu estivesse desesperado, mesmo que eu realmente estivesse.

Internamente, eu implorava para que Alex se recordasse de todos os momentos bons que passamos juntos, desde o primeiro encontro, mas era como se todos meus esforço fossem atoa, uma vez que ela parecia se lembrar com frequência dos ruins.

Não sabia que tinha a machucado tanto com minhas atitudes. Não imaginava a gravidade que eles teriam em um futuro próximo, cujo vivenciava atualmente. O seu afastamento emocional e físico me quebravam a cada encontro nosso; seus olhar opaco e o sorriso fraco ao me ver mostravam o resultado de tantos anos de imaturidade.

Errei muito com Alexia e me arrependia todos os dias, a sensação amarga era péssima... Erros que não deram tempo de acontecer com Jessica e parte que Amelia não conheceu, já que eu estava mais velho e com mais consciência de como minhas decisões afetavam quem estava próximo a mim.

Nunca fui o tipo irracional ao agir, mas ao conhecer Alexia me fez perder parte desse controle e me deixei levar por minhas próprias emoções. Ela despertava esse meu lado e isso costumava me assustar, quando ainda não sabia lidar com a proporção desses sentimentos.

Não sabia explicar se era um fator cultural, mas sempre ouvi dizer que os brasileiros são muito intensos e tive a maior experiência da minha vida com Alexia nesse aspecto. Era como se eu tivesse vivido uma vida inteira ao seu lado em três anos juntos, nos altos e baixos do nosso relacionamento.

Liguei o rádio e estava tocando o início de Losing My Religion do R.E.M, nem de longe fazia o estilo de música que Dean gostava de ouvir no carro, mas Alexia sim, então deixei porque eu também gostava.