15 | Ressaca.

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CAPÍTULO QUINZERESSACA

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CAPÍTULO QUINZE
RESSACA

SAMUEL WINCHESTER.

Abri os olhos e minha cabeça latejou, doendo o suficiente para me despertar do sono mais profundo. Olhei ao redor, não reconhecendo de imediato onde eu estava, só sabia identificar que era um quarto muito bonito e nem de longe era o do motel em que Dean e eu nos hospedamos.

Não me recordava o motivo pelo qual vim parar aqui, porque sempre que me forçava a lembrar, doía ainda mais. Eu havia dormido nessa cama gigante? Com alguém? Arregalei os olhos e analisei o outro lado, que para meu alívio seguia intacto. Ninguém passou a noite comigo.

Procurei meu celular mas não o achei, me levantei da cama com uma certa lerdeza. Meus reflexos não eram os melhores após uma noite longe de bebedeira; disso me lembrava bem.

Observei melhor e comecei a me
familiarizar com o ambiente. As paredes acinzentadas, o closet com a porta semi aberta, a janela grande e as cortinas... Andei até ela e as abri, com o sol quente incomodando meus olhos. Enxerguei na calçada o Mustang vermelho de Alexia estacionado na calçada e reconheci a paisagem, pois em frente a sua casa havia um parque infantil.

Por Deus, eu dormi na casa da Alex de novo?

Me desesperei por breves segundos mas tranquilizei ao ouvir uma música fora do quarto. Caminhei até a porta, mas não sem antes olhar o meu reflexo no espelho e eu estava uma verdadeira bagunça. Tinha os olhos fundos e a boca ressecada, foi quando notei estar morrendo de sede.

Ao sair do cômodo, esforçando-me ao máximo para não fazer barulho e adentrei o banheiro uma vez que consegui identificar onde estava. Escovei meus dentes da melhor maneira que podia, improvisando, e arrumei meus cabelos que estavam bagunçados. Segui em passos lerdos o som da música que eu ainda não distinguia.

A casa estava relativamente vazia. Eu não sabia que horas eram, muito menos a rotina que seguiam para me basear. Não vi Ryle e Trevor pelo caminho, inconscientemente senti falta de suas presenças animadas no ambiente. Faziam uma tremenda diferença, muito boa, por sinal. Não encontrei Bobby e nem Dean, também não me recordava de ver o Impala estacionado lá fora.

Quando cheguei a cozinha e fiquei à espreita, me ocultando com a ajuda da parede. Tive uma surpresa com que vi; as crianças estavam ali, sentadas na bancada em suas cadeiras de alimentação enquanto gargalhavam e batiam palmas ao ver Alexia dançando despreocupadamente no ritmo da canção, que parecia ser alguma antiga da Madonna, pela sonoridade. Ela segurava algum utensílio que eu não sabia dizer qual era, mas o fazia de microfone.

Todos cantavam e sorriam tão envoltos no momento que me sentia um intruso por estar lá, e de fato, eu era. Alexia girava e cantava a música animada, com uma confiança que eu nunca havia visto e eu apreciava observar.

Destiny | Samuel Winchester [2]Where stories live. Discover now