Capítulo XXI

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Era domingo, estava ameno, quando desci as escadas percebi que estava sozinho, encontrei um bilhetinho do meu pai escrito em um post-it azul.

Fomos pescar, como estava dormindo imaginamos que não queria ir, voltamos

Papai

Sorri, ele era sempre tão atencioso, procurei algo na geladeira para comer, estava faminto, ele havia deixado um pote com outro bilheitinhos, escrito café, almoço, jantar. Cada um com uma carinha ";)".

Olhei no relógio e percebi que eram quase nove da manhã, só então que lembrei que Luke havia me convidado para ir a sua casa, quando entrei em minhas mensagens, vi que ele já havia me mandado algumas mensagens perguntando se eu iria ou não. Corri para o banheiro, tomei um banho apressado e me arrumei ainda mais depressa. Fiquei em dúvida se vestia saia ou não, mas preferi não usar pois estaria indo em sua casa e eu não queria criar problemas para ele.

Peguei minha mochila, coloquei outra muda de roupa, depois chamei um uber e fui ao endereço que ele havia me passado. No caminho, Karen também me envia uma mensagem.

— Oi lindo, que tal sairmos hoje de novo? —

— Que horas? —

— Agora, o Theo já está aqui em casa, almoçamos aqui e depois podemos ir ao parque tirar umas fotos está tão lindo. —

— Agora eu não posso, meu bem. —

— Por que? — Agora eu havia entrado em uma enrascada, teria de falar que não estava em casa, pois se eu falasse que estava em casa doente ela iria imediatamente até lá, mesmo que eu estivesse com tuberculose.

— Porque estou fora. Já tenho um compromisso. —

— Com o que? Ou melhor, com quem? Com o Ash? —

— Não, é pessoal. —

— Tudo bem então, tchau baby. — Ela desligou, certamente estava desconfiada que acontecia algo.

Ao chegar no endereço que o Luke me deu, desci do carro e encarei a casa com o número indicado. Era bonita, uma casa vitoriana de subúrbio, dois andares, paredes brancas uma varanda espaçosa e um jardim de grama bem aparada.

Caminhei até a porta onde toquei a campainha, não demorou muito e o Luke abriu a porta com o cabelo todo bagunça e sem camisa, apenas com uma calça moletom quadriculada e com uma cara de sono.

— Bom dia. — Falei sorrindo. Ele estava tão fofo daquele jeito, com uma expressão tão meiga. Mas o que mais me chamou atenção foi a beleza de seu corpo assim como seus pequenos detalhes.

— Bom dia, entra meu lindo. — Ele abriu a porta e eu entrei, antes que a porta fechasse ele me puxou e me envolveu com seus fortes braços. Em seu abraço eu estava, apenas fechei meus olhos e desliguei minha mente e aproveitei o momento.

— Você está lindo, meu príncipe. — Sussurou ao meu ouvido, respondi olhando bem fundo em seus lindos olhos, ele ficou parado por um tempo até que repentinamente me beijou me deixando um pouco assustado, em seguida ele riu do meu pequeno susto.

— Não precisa ter medo do seu namorado, meu amor. —

— Não estou com medo de você, Luke. —

— Acho que está sim. — Ele me apertou um pouco colando meu rosto em seu peito desnudo.

— Eu amo estar assim com você, meu baixinho. —

— Eu não sou baixinho. — Protestei.

— É sim, você é meu baixinho. —

— Tudo bem então, também gosto do seu abraço. — Como meu rosto estava colado no seu peitoral, aproveitei para dar um pequeno beijinho, senti seu corpo estremecer logo em seguida.

— Calma bebê, tenho pontos sensíveis. —

— Desculpa. —

— Vem, vamos tomar café, fiz uma coisinha especial para você. — Ele segurou minha mão e me arrastou até a cozinha, lá eu vi que havia sobre a mesa uma cestinha de café da manhã. Achei tão fofo.

— Pra você meu bem, senta aqui. — Ele puxou uma cadeira para mim, sentei e fiquei observando ele sentar-se do outro lado, ele sorria de uma maneira muito genuína e espontânea, tão diferente daquela imagem que eu tinha dele. O mais irônico é que isso me lembrou um pouco o Ash.

— Você fez isso para mim? —

— Mas é claro, acha mesmo que eu deixaria meu namorado vir aqui e comer qualquer coisa? —

— Obrigado, meu bem. — Achei tão fofo da parte dele, ele foi ainda mais atencioso me servindo com café e depois me servindo com um sanduíche de peito de peru que estava divino.

Depois do café da manhã, ele me levou até o segundo andar, onde era seu quarto, ele era legal, cheio de pôsteres de hóquei e alguns livros, tacos de hóquei e uma blusa pendurada na parede.

Fui ao banheiro me higienizar, depois quando voltei ao seu quarto, ele estava com um controle na sua mão escolhendo alguma coisa para assistir. O fato de ele estar sem camisa era tão instigante, eu me perdia encarando ele. Até que ele percebeu.

— Que foi, príncipe? —

— Nada. — Fiquei um pouco envergonhado e virei o rosto. Ele logo percebeu o que acontecia.

— Gostou do meu corpo? —

— Ele é bonito. —

— Que bom que gostou, ele é todo seu. — Fiquei atordoado ante suas palavras, um pouco ambíguas por sinal, não que isso fosse ruim.

— Obrigado, eu acho. —

Me sentei sobre a cama, ele se jogou sem cerimônias, logo em seguida me puxou para perto dele, fiquei com parte do meu corpo sobre o seu, enquanto ele me beijava novamente. Ele me puxa ainda mais fazendo com que eu fiquei totalmente sobre seu corpo, me sentei sobre ele para ficar mais confortável. Confesso que aquilo era muito bom. Suas mãos não tinham cerimônias elas logo tocavam minhas coxas.

Ele era imprevisível, e provei dessa imprevisibilidade quando ele me surpreendeu levantando minha camisa e beijou meus mamilos.

— Você é perfeito demais, meu príncipe. — Disse. Naquela posição, com aquela vista, eu não pude fazer nada senão me entregar loucamente ao momento.

CONTINUA NO PRÓXIMO CAPÍTULO



O garoto de saiaWhere stories live. Discover now