αutσgrαfσ. ★ - Joaquín Piquerez.

•XXXVII

Eu realmente não sabia o que tinha acontecido ali naquele momento. Ele tava me ignorando? Por qual motivo? Não sabia, na minha mente, ficou um clima pesado antes dele chegar, e quando ele sentar aqui nessa mesa, irá ficar maior ainda.

Ele entra calado na cozinha e com a cara que não quer conversa com ninguém. Apenas me olha e olha para o Richard que está ao meu lado, a outra cadeira a minha esquerda está vazia, e eu digo uma coisa pra vocês? Achava que ele ia se sentar aqui. Mas pelo o contrário.

Respirei fundo não ligando para o que as pessoas na mesa conversavam. Eu não estava ligando. Até escutar meu nome sendo chamado muitas vezes pela minha mãe.

- Filha, está tudo bem com você? - Ela pergunta e eu a olho, e reconheço em seu olhar a preocupação.

- Tô ótima, mãe. - Dou um sorriso sem mostrar os dentes.

Ela dá um sorriso reconfortante pra mim, sabendo que tem um pingo de mentira na resposta. Agora minha atenção está voltada para o Richard que irá contar uma fofoca pra mim nesse momento.

- Eu tava ficando com uma menina, né? Mas ela era meio noiada, meio doidinha, falava pra caralho e isso me irritava. - Fala baixo apenas para que eu escute e eu rio da sua desgraça. Toda a mesa estava entretida em uma conversa.

- Aí em um certo dia, ela me perguntou se eu tinha uma melhor amiga e tal... eu estranhei a pergunta, claro. Mas disse que não tinha melhor amiga exatamente, mas tinha uma amiga bem próxima que era você. E ela simplesmente surtou e não quis mais papo com ela. Mas eu já tava querendo acabar com o lance. Ela não era legal. - Termina de contar e eu solto uma risada alta, fazendo com que todos os olhares das pessoas na mesa voltassem para mim.

- Que sorte a sua em, Richard. Desculpa por tirar o foco da conversa de vocês, gente. - Digo rindo.

- Pois é... não percebem que não têm só vocês dois na mesa? - Piquerez pergunta e as peças do quebra-cabeças se encaixam, ele estava com ciúmes. Mas não precisa de jeito nenhum me tratar assim.

- Ela pediu desculpas, Joaquín. Estava apenas se divertindo, risada é consequência de algo divertido, não conseguimos segurar. - Richard me defende e eu o agradeço mentalmente.

- Não quero discutir, príncipe.

- Você começou.

- Opa. Podem para os dois! - Meu pai fala. - O que tá acontecendo, hein? Podemos aproveitar o momento de paz, por favor.

- É. Ele tem razão, gente. Não deixem que brigas bestas interfiram no almoço. Está um clima super agradável. - Tia Amélia diz e minha mãe concorda.

Respiro fundo tentanto achar paciência nesse momento.

Olho na babá eletrônica e vejo Matteo está olhando para o teto e decido ir buscá-lo. Saio de lá sem avisar nada. Subo as escadas, entro no quarto dele, o seguro e dou um beijo em sua testa. Volto para a cozinha segurando a razão da minha vida e toda a atenção é voltada para o Matteo. Até Piquerez que estava bastante bravo comigo, olha para ele com um brilho nos olhos incrível.

Raphael pede para pegá-lo e dou Matteo para ele.

- Eu sempre quis ter filhos. É meu sonho. - Diz Raphael e é impossível não soltar um sorriso enorme com essa afirmação. Eu amo muito Raphael, e eu espero que ele ainda encontre alguém que o ame de verdade, eu não quero que ninguém o faça sofrer, porque Raphael é lindo, é incrível e tem um coração de ouro.

- Tá bom Rapahel, é minha vez segurar meu sobrinho. - Estella diz e todos rimos.

Ela uma palhaça.

Depois da Estella, Richard segura, depois Endrick, logo meu pai, mamãe e por fim o seu pai.

- Essa menino é muito amado, meu Deus. - Tia Amélia diz.

- Concordo plenamente. - Endrick fala. - Meu irmão vai passar o rodo nas festas comigo, pode crê. - Ele diz e eu o olho com a sobrancelha arqueada.

- Tá louco, fi? Passar rodo em ninguém não. - Digo rindo.

- Eu nunca fui um pai ciumento. - Meu pai fala e é claro é ironia.

- Ah ta! Aham! - Falo.

- Pelo que a mãe disse pai, você tinha muito ciúmes da Valerie, desde o primeiro namorado dela. Me lembro de um tempo que a Valerie ficou com Diego Costa, e depois começaram a ficar sério, você disse...

Estella não termina pois assim que ela me olha, estou com um olhar de repreensão. Piquerez pega seu celular e se retira lentamente da mesa indo para a sala. Sigo ele até lá.

- Piquerez... por que você tá assim? - Pergunto.

- Por que não contou que ficou com Diego?

- Você não me respondeu.

- Nem você.

- Mas eu fiz a pergunta primeiro. - Digo fazendo ele pensar.

- Porque eu fiquei com ciúmes. Você e o Richard... e ainda esse papo de você ter ficado sério com o Diego Costa...

- É sério isso? Tá de brincadeira com a minha cara véi. É o meu passado, Piquerez! Vamo viver o presente. E eu e o Richard somos só amigos, aliás eu tô com você. Mas agora fiquei muito machucada, você não confiou em mim, e nem no seu amigo. - Digo extremamente brava.

- Você não entende...

- Não, não entendo mesmo. Me dá um tempo vai.

Pretendo terminar a história com uns 50 capítulos... ainda tô pensando como quero fazer a reta final. Ahahahah.

Dependendo do que eu pensar... vai ter a fase dois da fic!