•XXVIII

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Minha mãe manda todos irem pra mesa, para colocarmos nossa comida. E eu não aguentava mais nem um minuto com aquela menina.

O nome dela é Clara, nome feio. Mas enfim, quando eu falei que ela só falava besteira, eu nem tava enganada, tem estava sendo exagerada.

Ela fica falando coisas sem noção, desnecessárias... e faz de tudo pra colocar o Joaquín no meio, o que faz eu revirar os olhos a toda hora que ela ousa falar dele.

Segundo ela, ela é muito fã dele, e gostaria de ter uma chance com ele. Coitada, coitada! Pensa que o Piquerez quer ela. Tenho até pena do quanto ela imagina naquela cachola que ela chama de cabeça.

— O filho que você está esperando é do Piquerez, jogador do Palmeiras, né, Valerie? — Pergunta e eu assinto. — Ele vai aparecer por aqui?

— Não sei. — Digo sem dar muita atenção. Coloco meu jantar e me sento na mesa.

Todos começam a conversar animadamente e eu no silêncio. Até que a campainha toca. Aí todo mundo fica em silêncio.

— Filha, você pode ir atender? — Minha mãe pergunta, meu pai e a Estella dão risada.

— Uai. Posso... — Digo desconfiada.

Caminho até a sala, depois vou em direção a porta e abro ela lentamente

— Piquerez?!

— Oi? — Dá risada.

— Eu sabia que a minha mãe estava aprontando. — Dou uma risada sem humor.

— É... se não se sentir confortável eu vou embora, pode deixar.

— Não, não! Eu quero você aqui. Ou melhor, minha mãe quer você aqui. — Fecho os olhos rapidamente após terminar minha frase. Ele rir.

— Vamos pra cozinha. Eu te acompanho, pra você colocar seu prato.

— Obrigada. — Fomos para a cozinha, chegando lá toda a atenção é voltada para nós. Coisa que odeio. — Olá, pessoal. Boa noite. — Piquerez dá um sorriso. Sorriso lindo e maravilhoso!

— Boa noite. — Todos dizem em uníssono.

— Piquerez! Eu sou muito sua fã, depois quero tirar uma foto com você.— Clara diz. 

Dou uma revirada nos olhos. Ele ri, acho que viu.

— E esse revirada de olho, Valerie? — Riu novamente.

— Babaca.

— Respeito com o pai do nosso filho. Desse neném maravilhoso, que eu tô louco pra ver chegar.

— Também estou louca pra isso. — Dou um sorriso, e ele sorri também.

Pego um prato e vou passando pelas panelas ali, perguntando qual ele queria. E ele foi lá e colocou a mão dele na minha cintura. Aí não né.

— Uruguaio... — Repreendo ele, mas ela só faz atiçar. Aperta mais ainda minha cintura.

— Me dá um abraço? — Pergunta.

Olho pro pessoal, e alguns olham para nós de vez em quando. Valha, gente... pra que isso? E não é como se eu não quisesse dar um abraço nele. Mas ali, agora, naquele momento... não. Era melhor não. Eu acho. Sei lá.

E não é como se fosse constrangedor, mas eu não consigo explicar de jeito nenhum como eu me sinto em relação a isso.

Eu engano até mim mesma, por pensar que eu sei lidar com essa situação. Coisa maluca. Queria poder me expressar e saber lidar.

— Agora não. — Digo dando ênfase no agora. Graças a Deus ele entendeu. Pela sua expressão, é isso que deu pra entender.

— É... eu tenho um presente pra você. — Diz coçando a nuca. Aparentemente envergonhado.

Nos sentamos na mesa. E começaram a puxar assunto. Desconfortáveis.

— Por que terminaram? Ah, não importa, agora tenho chance. — Clara diz a última parte baixo.

E aí vem mais um turbilhão de coisas na minha mente. Os pensamentos que eu sempre busco fugir.

Os pensamentos que ultimamente eu busco fugir, porque eles sempre me fazem mal. Por isso evito.

Aí do nada aparece uma menina na minha família perguntando isso. Quer me lascar, filha de uma mãe?!

Terminamos de comer e depois fomos pra sala, brincar de amigo doce. Eu disse desde o começo que não iria brincar. Dito e feito.

Chamo o Piquerez com a mão. Entrelaço nossas mãos no automático e sinto um choque percorrer pelo meu corpo inteiro.

Levo ele até o quarto da Estella.

Ele tira uma caixinha do bolso, abre ela e tira de dentro um colar. Um colar quem contém uma inicial V. Caramba. Que fofo!

— Usa isso sempre, beleza? — Ele coloca o colar em mim. — E lembra de mim. De nós.

Pois é, doutor. Esse foi o motivo do meu colapso.

— Eu... eu te amo, Joaquín. — Digo.

— Eu te amo, minha princesa. É... e agora, cadê o abraço? — Pergunta e depois rimos.

Dou um abraço nele. Um abraço cheio de paixão, de saudade, de paz. Sim, paz. Ele é meu ponto de paz.

Somos amigos pelo Matteo. Amigos.

Sentamos na cama. E ficou só um silêncio ali.

— Joaquín e Valerie! Falta menos de 1 minuto pra 2024! — Estella entra no quarto gritando.

Descemos lá pra baixo. E falta 10 segundos agora!

— 10... 9... 8... 7... 6... 5... 4... 3... 2... 1!

— FELIZ ANO NOVO! — Todos gritam bem alto.

— Feliz ano novo, rainha. — Piquerez diz.

— Feliz ano novo, rei. — Digo sorrindo. — E um feliz ano novo pro nosso Matteo.

— Nós te amamos, neném. — Joaquín fala sorrindo. Um sorriso enorme.














Oioioioioioioioioioioiii💗💗

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αutσgrαfσ. ★ - Joaquín Piquerez. Où les histoires vivent. Découvrez maintenant