αutσgrαfσ. ★ - Joaquín Piquerez.

•XXVI

— Entregue. — Matías estaciona em frente a minha casa.

— Muito obrigada. Adorei a noite! — Digo sincera, enquanto dou um sorriso.

Ele abre um sorriso maravilhoso...

— Eu que tenho que agradecer, por ter pessoas maravilhosas.

Fofo.

— Pois é. Vou entrar. Boa noite, Rojas!

— Boa noite, Valerie. — Diz e me dá um beijo na bochecha.

Saio do carro e vou em direção a porta da minha casa.

Estou com muito sono, então faço tudo bem rápido e vou dormir.

[...]

—

Pra onde cê foi ontem a noite? — Tati me pergunta enquanto come.

— Nojenta. Come primeiro.

— Responde, porra.

— Fui me divertir com os meus amigos. — Digo e ela ri.

— Ah tá.

Oxe, e eu menti?

— E o Matteozinho?

— Tá ótimo. Tomara que passe bem rápido e num passe de mágica esse neném esteja nos meus braços. — Sorrio acariciando minha barriga e ela dá um sorriso também.

— O Joaquín não quis vir aqui? Ele gosta de conversar com ele. Uma conexão inexplicável. — Ela ri.

— Eu vi um status dele com ela hoje. Deve tá bem ocupado.

Ela ri após eu revirar os olhos e fazer cara de nojo.

— Sabe nem fingir a coitada.

— Cala a boca, carniça. — Ri. — Aquela desgraçada da ficante dele, doida pra me fazer ficar mal. A pobi.

— Ela quer seu brilho.

— Aff, ela sabe alimentar meu ego. — Digo e ela ri. — Mas é apenas verdades. E que verdades sejam ditas!

— Amém! Agora vou indo. Tchau tchau.

— Tchau, já vai tarde.

Ela me deu um tapa.

Isso.

Um tapa. Vagabunda dessa.

Mas agora é só eu, no meu mundinho solitário. Vixe, foi só falar, pensei errado. A campainha toca.

Ave Maria...

Vou atender né. Poderia até fingir que não tava escutando.

Abro a porta devagar.

E ali revela a imagem de um homem. Um homem feio, sozinho, parece um doido que acabou de saiu do hospício.

Que medo. Vou ligar pra polícia.

Até ligaria mesmo. Só que é o filho de uma mãe do Joaquín.

— O que você quer? — Pergunto dando abertura pra ele entrar.

— Ver meu filho.

— Ah, não dá pra ver ainda. Admite que veio me ver. — Brinco. Mas acho que brinquei com o fogo.

— Na verdade você acertou. Vim ver os dois. — Porra.

Por queeeeeeeeeee? Me pergunto todo dia.

Silêncio...