Ah, foi por isso que ele chegou tão tarde em casa.

Lari: Que prestativo da sua parte- ela puxa a pulseira da mão da Miranda.

Miranda: Ret é mais desligado. É mais fácil quando acontece com o VG, ele volta pra buscar.

Uau, que interessante...

Lari: Má admira você lembrar quem é o dono - ela balança a pulseira na ponta do dedo- Da pra tanta gente que deve ser difícil de lembrar quem te comeu ou não.

Miranda: Não se esquece do chefe, ele é muito bom no que faz. E sabemos que o VG também é alguém que a gente não pode esquecer.- ela pisca pra Larissa- só entrega pro seu irmão e diz que eu lamento não entregar pessoalmente.

Ela vira as costas e se afasta.

Lari: Entrega pra ele- ela praticamente joga a pulseira em mim.

Carol: Ah, não. Vai ser bem constrangedor pra mim.

Eu meio que tava esperando ele ontem e ele estava na cama de outra. Não quero me prestar a esse papel.

Lari: Tu vai ter que entregar, tenho que resolver algo com o Victor.

Carol: E aquela história de não dar atenção para o que a Miranda fala?

Lari: Faça o que eu digo, mas jamais faça o que eu faço.

Devo ficar com pena do Victor?

Lari: Te vejo a noite.

                                            [...]

Onde foi que eu me meti?

Meu Deus! Se eu não era uma prisioneira antes, agora vou ser.

Lari: Curti mulher? - tapo o meu decote -  e ela volta atenção pro meu rosto- Meu irmão não vai ter coragem de me deixar careca.

Carol: Você é impossível.- tomo um gole da bebida que ela me deu- E não, não curto mulheres.

Lari: E seguranças? Tu vai sair daqui desidratada de tanto que o Ryan te seca.

Olho por cima do ombro e vejo ele parado não muito longe da gente.

Lari: Ele é um gato.

Carol: Pega você.- ela ri.

Lari: Não rola, acho que ele acreditou naquela história que iria ficar sem dente.

Carol: Acho que já passei de mais limites do que deveria, e também acho que você já bebeu demais.

Lari: Droga, lá vem ele- Ret...- Lembra isso aqui tudo foi ideia sua, sou apenas sua acompanhante- ela diz se afastando de mim.

Que sem vergonha.

Ret: Que passeio interessante o teu. No meio de um monte de gente enchendo a cara - ele para na minha frente.

Carol: Posso me defender depois? Não tenho nenhuma desculpa plausível no momento.- ele bufa uma risadinha.

Ret: Claro, você vai ter muita chance pra compensar isso depois. Principalmente se ficar com esse vestido minúsculo no corpo- sinto meu rosto corar.

Lari: Eu com certeza sou contra isso- passo a mão pelo vestido- contra essa roupa, mas a sua irmã é cheia dos argumentos, uma hora é mais fácil desistir

Ret: Tu não gostou? - o indicador dele desliza pelo meu decote.- Eu gostei pra caralho - ele aproxima a boca da minha orelha- só perde para a camiseta branca.

Engulo em seco e olho em seus olhos.

É péssimo para mim ter saído de um relacionamento horrível e ter me apegado na primeira migalha que apareceu.

Meu olhar se fixa no pulso dele. Na pulseira que havia deixado em cima da mesa de cabeceira dele.

Ret: Que foi? Ficou seria do nada.

Carol: Não foi nada- volto meu olhar para ele- Não me importo se você pedir para alguém me levar pra casa, sei que fiz besteira

Ret: Tu não precisa ir embora. E sobre estar aqui, claro que eu preferia que tivesse falado comigo, mas agora já foi .

Carol: Tudo bem- forço um sorriso- vou  ficar com a sua irmã. Aproveita a noite.

Viro para ir na direção da Larissa, mas o Ret segura meu braço.

Ret: Vou aproveitar muito mais se tu estiver por perto.

Crime PerfeitoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora