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                                Carolina👑

Eu já perdi as contas de quantas vestidos eu provei.

Acho que a Luiza, moça que está me atendendo, deve estar com vontade de bater em mim.

Se ela me sufocar com um vestido não vou nem culpá-la.

Luiza: Todos ficaram bonitos em você. Mas se a minha opinião valer você devia levar o vermelho, ele ficou divino em você, aquele decote caiu tão bem. Fora que a fenda deixou sua perna a mostra de um jeito sexy sem ser vulgar. Mulher você ficou uma deusa.

Vermelho, fenda e decote....

De jeito nenhum, capaz do Eduardo ir sozinho para o evento.

Eu nunca vou usar o vestido vermelho, mas a moça está sendo tão simpática que não me custa levar e deixar no fundo do closet.

Carol: Vou levar o vermelho e o último vestido preto que provei.

Luiza: Ótimo,  certeza que o vestido vai resultar em muitos elogios.- ela olha para a minha aliança- Seu marido vai passar mal quando te ver no vestido vermelho.

Carol: Vai sim- só não do jeito que você imagina.

Comprei os dois vestidos e me dei a liberdade de tomar um milk-shake.

Em casa a gente é muito regrado com comida, temos que seguir todo o cardápio feito por uma nutricionista.

Sai do shopping e fui andando em linha reta, o plano é chamar o Uber assim que terminar minha bebida.

Coloco meu copo no lixo e pego o celular para chamar o Uber. Não sei porque mais o homem que passa por mim chama minha atenção, ele tira a chave do carro do bolso indo na direção do carro, mas algo cai no chão, parece um documento.

Ele chega abrir a porta e começa a digitar no celular, mas não nota que caiu algo.

Pode ser algo importante...

Me apresso em pegar o documento, um RG e andar na direção do homem.

Carol: Moço? .... Ei... Caiu....

Droga, ele só me escuta quando estou atrás dele. O homem até então desconhecido vira para mim e fico surpresa com a coincidência, o moço que dividiu a mesa comigo no restaurante.

Victor: Oi...

Carol: Oi, você deixou cair - entrego o RG, mas noto que o documento não tem a foto dele, é outra pessoa.

Victor: Valeu- ele pega e da um sorriso estranho - Muito atencioso da sua parte, mas não muito inteligente.

Carol: O que....?- a pergunta morre quando sinto algo tocar minha barriga.

Victor: Tu vai ficar quietinha e entrar no carro. Vai ser uma boa menina.

Tomo coragem de olhar para baixo e vejo o cano da arma.

Carol: Pelo amor de Deus, você pode levar o quiser. Está tudo na bolsa.

Victor: Isso não é um assalto- ele parece ofendido o que é confuso- Não sou ladrão.

Carol: Não é assalto?- pergunto confusa.

Victor: É um sequestro- puta merda- Entra no carro senhora Avelar.

Carol: Mas....

Victor: Entra no carro agora.

Meu Deus....

Ret😡

Não sejam presos.

É uma merda do caralho, nem uma cela só pra mim eu tenho. Meu companheiro de cela é um filho da puta que parece um trator quando tá dormindo, fora que não dá pra dormir de verdade em um lugar cheio de gente que te mataria por umas gramas.

Olho ao redor da sala do diretor, pro velho ter me chamado aqui uma hora dessas coisa boa não é.

Depois de uns  15 minutos tomando chá de cadeira a porta é aberta.

Ret: Ah, não fode!- preferia um sermão do velho que tá no comando, mas não desse cara.

Não suporto esse engomadinho, meu sonho dar uns socos na cara dele.

Eduardo: É, não achei que ia ver a tua cara tão cedo. Afinal tô cuidado direitinho para você apodrecer aqui dentro.

Ret: Não queria ver minha cara e tá aqui....Que contraditório.

Eduardo: Eu sou casado a 5 anos.

Ret: É, legal pra ti.

Imagina só como não é a mulher desse cara. Cruz credo, coisa boa com certeza não é.

Eduardo: Sou da polícia há 17 anos e nunca alguém foi maluco o suficiente para chegar perto dela. Pra vir um bandidinho de merda que nem você achando que pode me chantagear.

Ret: Hmm?

Eduardo: Acha que isso vai terminar bem? Onde a Carolina está?

Ret: Quem é Carolina?- Essa porra tá ficando confusa.

Eduardo: Minha mulher.

Ret: Tua mulher sumiu e tu não sabe onde ela tá?.... Melhor começar abaixar a cabeça quando passar pelas portas.

O esquentadinho da um soco na mesa me faz abrir um sorriso enorme.

Eduardo: Eu vou foder com a sua vida e com aquele filho da puta do seu amigo que me ligou. Mexerem com a minha família, eu quero a minha esposa de volta.

Que porra o maluco do Victor fez?

Seja lá o que for é melhor eu entrar na onda.

Ret: Por quê? Ela vai se divertir lá em casa. Somos bem receptivos com as visitas, principalmente com as mulheres.

Como se eu fosse me interessar logo pela mulher desse cara, eu ainda tenho alguns neurônios.

Eduardo: Isso não vai terminar bem, acha que vai conseguir sair daqui e ficar ileso? Acha que pode sequestrar a mulher de um policial?

Porra, esse merda acha que ser policial torna ele um tipo de Deus?

Ret: Acho que posso fazer muitas coisas com a mulher de um policial, principalmente com a tua.

Eduardo: Eu vou dizer uma vez só, então escuta com atenção. Bandido só tem dois fins, ou vai preso ou morto. É bom estar ciente que sair da cadeia não vai ser o seu final feliz.

Ret: Isso é uma ameaça?

Eduardo: Vocês passaram de todos os limites, tocaram em algo que deviam manter máxima distância.

Ret: Calma cara, até parece que a gente tá planejando uma suruba maluca com a tua mulher- ele me olha puto da vida- Eu não ia topar, ia querer exclusividade.

Eduardo: Se tocar um dedo nela eu garanto que vai ser a última coisa que você vai fazer na vida. Eu não estou de brincadeira seu merdinha.

Corno é um bicho chato, tá achando que a mulher dele é a porra de uma deusa, palhaçada do caralho.

Eduardo: Exigiram falar contigo, tu tem 5 minutos, melhor aproveitar. E é muito bom tu pensar no que vai fazer, pode não gostar das consequências, não é sempre que os fins justificam os meios. Lembra com quem tu tá lidando.

Na maior paz do mundo me levanto e pego o telefone para falar com o VG.

Não sei qual o plano maluco dele é esse que envolve a mulher do engomadinho, mas só de raiva eu topo.

Crime PerfeitoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora