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Ret🤬

É, o filho da puta realmente jogou pra cima de mim a morte daqueles policiais. Segundo a notícia meus parceiros de crime atacaram o veículo que estava me transferindo e botaram a bala pra come.

Resumindo, cada dia eu me fodo mais.

Foco minha atenção na loira que novamente passou café, dessa vez até arrumou a mesa.

E o bizarro é que ela fez tudo parecendo feliz. 

Bom, claro que ela fechou a cara assim que me viu, mas foda-se, não ligo.

Ret: Tá me olhando demais, que foi? - a maluca volta e mia me olha de canto.

Carol: Eu sei que sou uma refém e não tenho muitas regalias. Mas tá na cara que você não suporta a minha presença, eu acho que seria melhor para todos se eu ficasse na casa do Souza.

Ret: Tu que ir mesmo pra lá? A cada 5 passos tu vai tropeçar em uma calcinha diferente, e não vai ter uma noite de sono por conta das fodas dele.- ela faz careta.

Carol: Hmm, talvez o Victor....?

Ret: Quês ir pra casa do VG? -ergo uma sobrancelha.- Do mesmo VG que eu conheço?

Carol: Na verdade não. - ela faz careta.

Foi o que eu imaginei, o Victor não é muito aberto a novas amizades.

Carol: O que você planeja fazer comigo?

Ret: Vou te mandar a real, diferente do teu marido eu tenho limites - ela me encara curiosa- Tu é uma refém, mas ninguém vai te machucar.

Ela assente e fica girando a colher dentro da caneca de café.

Achei muito estranho ela não ter ligado nem para uma amiga ontem. Não ligou pra nenhum familiar, não fez questão de mostrar que tava bem.

Carol: Mas o que você vai fazer com o Eduardo?

Ret: Isso eu acho melhor não responder.

Carol: Eu vou voltar para o meu marido?

Ret: Tu vai poder ir embora- mas não vai ter um marido pra voltar.

Ela desvia o olhar de mim e fica brincando com a colher na caneca.

Ret: A quanto tempo tu conhece o babaca? - ela em encarnado sem saber se responde ou não- Tua cooperação vai facilitar pra ti, mas não vou te forçar a dose nada. Só acho bom pensar bem nas tuas ações .

Carol: Conheço ele a muito tempo, 16 anos.

Uau, por essa eu não esperava.

Ret: São casados a 5 anos, mas estão juntos a quantos?

Carol: Como um casal? - concordo - a 5 anos.

Ret: Não teve namoro e noivado? - ela nega.

Carol: Nós só nos casamos.

Tá certo isso?

Ret: Tu só chegou organizou a festa, colocou um vestido branco e casou?

Carol: Na verdade a gente se casou no cartório, não teve festa.

Por que eu sinto que tem algo muito errado nessa história?

Ret: E como tu conheceu ele?

Carol: Minha mãe trabalhava na mansão Avelar, trabalhava para os pais do Eduardo. Era a governanta da mansão.

Ret: Foi assim que tu conheceu ele? Acompanhando tua mãe no trabalho- ela acena  concordando.- Ela não tá preocupada contigo? Podia ter ligado pra ela ontem, te dei uma chance.

Carol: Faz cerca de 5 anos que ela faleceu, bem que eu queria poder ligar pra ela.

Ret: E teu pai?

Carol: Isso  é realmente útil para você? Saber sobre os meu pais? Você não vai encontrar mais alguém que possa usar contra o Eduardo. Você já jogou o mais baixo que podia.

Ret: Não, não joguei o mais baixo que posso. Só que eu não quero ser um filho da puta com você, não quero jogar sujo contigo. Mas  acredite o teu destino podia ter sido bem pior.

Carol: Espera que eu agradeça por meu sequestro ser humanizado?

Olha só, a língua afiada não tá mais conseguindo se manter as escondidas.

Ret: Que linguinha afiada loira.- ela engole em seco, acho que se arrepende - Não fica assim não, eu curto. Prefiro esse seu atrevimento ao ter que lidar com uma boneca que mal abre a boca.

Pô, não dá pra evitar dar uma olhada no material.

Se fosse minha também não ia ficar de boa com a ideia dela estar na mão de outro cara.

Ela com certeza faz os pensamentos de um homem ir bem longe.

Carol:  Olha, eu acho que não me importo com as calcinhas no chão do Souza e eu posso lidar com alguns barulhos sexuais.  Bom,  é possível  eu a situação vai ser parecida por aqui, não vou mais estar sozinha mesmo e....

Ret: Mesmo com o teu sequestro humanizado, tu não vai ter a opção de onde tu vai ficar.  Não abusa da minha boa vontade. Tu não sai da minha casa.

                                       [...]

Eu não sou de ficar fazendo média. Vou atrás do que eu quero e falo o que sinto.

Por isso tô aqui quase pondo a porta da Larissa abaixo de tanto bater.

O foda é que eu sei que ela tá aí, já me disseram que ela tem saído pra ir no mercado e olhe lá.

Não vou ficar de mal com uma pessoa que é importante pra mim.

VG: Acho que tu vai ter dar espaço pra ela, quando for o momento certo ela vai falar contigo.

Começo a andar me afastando da casa e ele me acompanha.

Ret: Só espero que não demore, quero riscar pelo menos um problema da lista.

VG: E o problema Carolina Avelar ?

Ret: Esse problema até falou  sobre ir ficar na tua  casa.

VG: Não fode, sabe que eu sou a favor do espaço pessoal.

Ret: Eu também, e agora tem uma loira usando a droga no meu shampoo.

VG: Acha que ela vai falar algo que a gente possa usar a nosso favor? Ou vai ser só um enfeite na tua sala.

Ret: Não sei, ela parece muito ligada aquele verme.

VG: Eu posso tá enganado, mas acho que falar sobre como tu foi preso vai puxar ela um pouquinho pro nosso lado.

Ret: Minha palavra contra a do cara que ela diz ter se casado por amor, não sei se vai dar certo.

VG: Sei lá, os doIs juntos parece algo muito bizarro pra mim - ele dá de ombros - Bom, a gente pode tentar falar com ela,  ou ajuda ou só mantém na posição que a gente já tá.

Crime PerfeitoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora