Ret🤬
Assim que eu entro em casa eu já sinto o quão fodido eu tô.
Larissa: O que ela tá fazendo aqui.- ela levanta do sofá- Você tá fodendo ela?
Bem calma, graças a Deus.
Ret: Sério, a primeira vez que te vejo desde que sai da prisão e é assim que tu me trata. Te compra uma caneca escrito " irmã do ano". Me jogo no sofá.
Larissa: Tô falando sério, Filipe. O que aquela mulher tá fazendo aqui? Ela é um ímã pra ele, você não enxerga isso?
Ret: Victor teve a ideia de sequestrar ela, minha liberdade por ela.
Larissa: Mas ela ainda tá aqui e você já tá em liberdade. Aquele cara não vai deixar isso barato. Eu sei que a culpa é minha, eu não devia ter saído sem te avisar, mas eu não quero passar por aquilo de novo. Não quero que ele bote a mão em mim outra vez pra tentar me trocar pela esposa.
Ret: Escuta aqui- volto a ficar de pé quando noto os olhos úmidos dela- Ele nunca mais vai por a mão em ti. Ewnada disso é culpa tua, ele que não foi homem o suficiente pra deixar a parada entre nós, teve que te meter no meio.
Larissa: Você foi preso por minha culpa.
Ret: Eu não te culpo Larissa- nunca seria capaz de culpar ela.
Larissa: Você na respondeu as cartas que eu mandei, não telefonou e não deixou ir te ver. Isso acabou comigo, imaginar que você tava com raiva de mim... eu fiquei com raiva de mim.
Ret: Nunca me entregaram as cartas e não tinha direito a ligações, sempre tinham uma desculpa pra me privar. E eu não podia te deixar ir lá, não podia te por na mira daquele cara outras vez.
Larissa: Se era uma troca porquê ela ainda tá aqui? Eu não entendo.
Ret: Tive alguns contratempos. Sei como tudo isso é uma merda, mas a loirinha é só mais uma pessoa que o babaca manipulou.
Larissa: Ele mencionou ela algumas vezes, foram coisas bem ruins....
Ret: É, ele era um filho da puta com ela.
Larissa: Eu falei para ela sobre algumas dessas coisas ruins. Se ela fosse tão legal não ia ser mulher daquele cara.
Concordo e discordo. Uma pessoa em sã consciência não ia casar com um homem daqueles, mas ao mesmo tempo não sinto maldade nela.
Ret: Ela é na dela. Entendo tua desconfiança e pensava o mesmo, mas a convivência fez eu ver por outro lado. Acho que assim como tu, ela é uma vítima dele, só que uma vítima diferente.
[...]
VG: Ela viu como uma ameaça e reagiu.Larissa foi criada assim, tu que botou essa personalidade ruim nela. Já falei que aquela lá é estresse puro.Ret: Eu entendo ela, a Larissa sempre foi do tipo que bate pra não mostrar que tá ferida.
Souza olha para algo atrás de mim e abre um sorriso enorme.
Souza: Olha ela aí, vem cá Raponzel.
Viro o rosto para ver ela se aproximando lentamente.
Souza: Tudo certo ou eu deixei a tua bunda roxa?
VG: Puta que pariu! Eu realmente vou quer saber o que rolou? Pera, acho que não quero não.
Observo a loirinha mudar de cor, um tomate agora.
Carol: Ele me derrubou da cama, foi só isso.
VG: E o que ele tava fazendo na tua cama? - ele pergunta em um tom acusatório.
Carol: Sei lá- ela diz desesperada- o cara é totalmente insano. Ele é todo errado.
Souza: Acho que tu e o VG tem tesão em mim, isso sim.
Carol: Nossa, eu tenho vontade de esganar você. Eu não sei qual o seu problema, mas meu melhor palpite é que seja um mental.
VG: Já falei que gosto de ver tu pisando nele? Por que eu gosto muito.
Souza: Também gostei do dia que ela te confundiu com um ladrão, foi hilário.
E simples assim eles começam a discutir, parecem duas crianças.
De canto de olho vejo a Carolina ir pra cozinha e sigo ela.
Ret: Conhecesse minha irmã...
Carol: É- ela senta em uma das bancadas- foi um encontro bem caloroso, só faltou botar fogo em mim para ficar mais quentinho-puxo uma banqueta e sento de frente pra ela.
Ret: Ela é uma garota legal, só está sempre no modo de defesa.
Carol: É, ela é boa no ataque.- ela me encara- Sabe, fico pensando que tipo de pessoa eu sou na visão de vocês, achar que eu sabia daquele sequestro...
Ret: É que é difícil pra caralho imaginar aquele merda casado com uma pessoa legal. Seria bem mais fácil tentar te entender se tu abrisse o jogo e me contasse a real sobre o teu casamento.
Carol: Você já criou a sua ideia sobre mim, não vale a pena eu correr atrás pra tentar mudar. Muito empenho pra mim explicar e pra você fingir que realmente liga sobre a suposta realidade do meu casamento. Não vale a pena.
Ret: Eu imaginei um senhora Avelar muito diferente da loira que anda pela minha casa com uma camisa branca, talvez a minha ideia inicial estivesse errada.
Carol: Você tem que parar de ficar reparando nos meus peitos.
Ret: Eles ficam bem na minha frente, seria muita falta de educação ignorar eles.
Carol: Sério, nenhum de vocês devia estar fora de uma clínica psiquiátrica.- abro um sorriso.
Ret: Talvez....Sabe, tu disse que não vale a pena me falar sobre o teu casamento, mas pra mim vale a pena, eu realmente quero saber.
Carol: Por quê?
Ret: Porquê não faz sentido uma mulher que nem tu casada com aquele cara.
Carol: Ótimo, assim que você me liberar eu saio para procurar um substituto. Quem sabe te mando um convite do casamento.
Ret: Loirinha....Eu já tô roxo das suas patadas, manera aí.
Carol: Eu já disse que casei com o Eduardo por amor.
Ret: Foda acreditar que tu pode amar tanto alguém que não sente o mesmo por ti.
Carol: Disse que foi por amor, mas nunca disse que foi por amor a ele ....
ESTÁ A LER
Crime Perfeito
FanfictionCom ela eu caso, construo família, dispenso todas e morro casadão.