Capitulo Cinco

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Dean POV

Tudo começou no bar, ele servia como ninguém, mas não sabia fazer café. Meu bar durante o dia era visitado mais como lanchonete do que por bar. Tentei ensinar o anjo a fazer café, porém suas habilidades deixavam a desejar. Tomei os itens de sua mão e o fiz me assistir de novo explicando passo a passo.

Seus olhos azuis me distraiam às vezes quando nos esbarrávamos, ele perguntava sobre as bebidas e eventualmente bebia comigo enquanto eu explicava o gosto e modo que as bebidas são feitas. Esses pequenos momentos se tornaram meu espaço de paz. Aquele dia foi um pouco mais intenso que os outros.

Castiel levava uma bandeja com bebidas fortes, já era tarde da noite um horário perigoso. Um dos brutamontes olhou para ele e sorriu, sua língua passando nos dentes.

- Seus olhos são bonitos. - ele sorriu e seus amigos o acompanharam.

- Obrigado - ele diz e se vira, mas é segurado pela mão do cara.

Meu corpo se mexeu sozinho indo em direção ao problema, Cass puxou sua mão e recebeu um olhar de raiva.

- Não seja assim anjo. - ele faz Castiel sentar em seu colo com um puxão.

Pareceu que ele ficou surpreso por ser chamado de anjo, se tivesse mais tempo para pensar teria dito a ele que não era no sentido literal. Meu pulso se moveu primeiro rápido e certeiro na cara do brutamontes nojento. Cass não precisava de mim interferindo por ele, certamente ele podia acabar com aquele cara.

Só que senti ele muito tímido e confuso como se não estivesse entendo o que realmente estava acontecendo. Lembro que disse a ele que o cliente sempre tem razão, estava errado. Já havia puxado o anjo para longe do cara quando ele entendeu finalmente o que aconteceu.

- Seu filho da puta! Você está morto! - Os outros levantaram junto.

- Ninguém toca nos meus funcionários.

Um deles avança na minha direção me desvio e o chuto pelas costas, ao mesmo tempo, Cass se defendia do soco de outro deles, então tudo ficou congelado. Eles estavam paralisados no meio de seus golpes e isso me deixou chocado.

Cass bateu as mãos na roupa e então veio até mim com um sorriso, aquele sorriso era fofo. Talvez eu já tenha visto milhares de mulheres atraentes que me faziam querer as ter, posso ter achado um ou outro cara atraente demais. Mas só um deles era um anjo de voz rouca e sorriso infantil. Parecia uma criança prestes a cometer alguma palhaçada, e sei que muita gente fica linda sorrindo, no entanto, só o sorriso dele faz meu coração errar as batidas.

Jogamos os congelados fora do bar, derramamos um monte de cerveja neles e de dentro do bar o anjo soltou o tempo. Eles caíram uns sobre os outros totalmente confusos, então começaram a correr para longe dali gritando o que diabos aconteceu. Gargalhei tão alto enquanto via Cass fazer pose de orgulhoso.

- Eles nunca vão entender o que rolou aqui. - digo.

- Você me defendeu, mesmo sabendo quem sou se arriscou por mim. Serei sempre grato.

- Aposto que seus irmãos lá em cima te defenderiam também. - solto.

- Na verdade, acredito que não fariam isso. Somos instruídos a ser autossuficientes, assim como vocês, anjos tem dificuldade de pedir ajuda.

Soltei uma risada e dei um tapinha em seu ombro, quando nossos olhos se encontraram de novo e meu peito reagiu, eu soube que estava muito encrencado.

***

- O que está acontecendo com você? - Sam pergunta.

Estamos no carro, sim, voltei para buscar minha alma gêmea, meu impala 67 preto. Estamos indo em direção ao hotel barato que achamos, nele Castiel desenhou runas que segundo ele nos ofuscariam dos anjos. Queria me livrar da sensação que isso remete quando eu e meu pai eramos caçadores.

O caído حيث تعيش القصص. اكتشف الآن