"E a filha das trevas nascerá,
E o medo aos deuses trará.
Com um só olhar, o ladrão irá se apaixonar.
Com um só estralar, os deuses irão se prostrar."
Essa foi a profecia, que o próprio deus das profecias, disse aos deuses.
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Já era de noite e todos estavam dormindo. Sinceramente, eu queria ficar mais perto da deusinha. Mas Clarisse decidiu grudar na garota. Jade mal chegou e conquistou a amizade de uma das filhas de Ares mais briguenta que tem!
Por um lado fiquei orgulhoso. Por outro... Queria passar o dia com minha deusinha. A mostrá-la o acampamento direitinho. Mostra o quanto sou bom na espada e o quanto todos me respeitam. Só queria mostrar meu mundo a ela. Mas infelizmente, meus planos foram destruídos por conta da Clarisse.
Sou despertado pelos meus pensamentos quando vejo, Jade se levantar e ir para fora do chalé. Desço do beliche com delicadeza para não acordar ninguém.
— Hummmm vai namorar é? – Me assusto com Chris falando. O garoto estava deitado no colchão de baixo do meu beliche.
— Que susto!
— Vai logo atrás dela. Só não façam besteiras. – O garoto se vira para o outro lado ficando de costas para mim.
Decido ignorar essa conversa estranha e vou atrás da garota.
Saio do chalé e olho para todos os cantos até vê-la distante, mas indo na direção de Thalia. Sigo em silêncio a garota.
Quando ela sobe a colina ficando de frente para o pinheiro de Thalia, ela se senta nas raízes.
— Vai se sentar do meu lado ou irá ficar em silêncio? – Ela fala e olha diretamente para mim.
— Você as vezes me assuta. – Confesso e me sento ao seu lado.
— Qual é a história dela? – Ela me pergunta. — Eu sinto como se aqui tivesse morte, mas ao mesmo tempo... Estivesse vida.
— É... Complicado. – Me mexo desconfortável. Percebo que a garota olhava cada movimento meu. — Seus cabelos não estão escuro.
— Estou no acampamento. A única coisa aqui, que posso mostrar para os deuses é o poder do meu pai. – Ela fala olhando o horizonte.
— Você consegue... Falar com os mortos? – Pergunto curioso.
— Sim... – Ela suspira.
— Hum... – Desvio meu olhar para a lua.
"Será que ela consegue falar com Thalia?"
— Você quer falar com ela, não é? – Ela quebra o silêncio e olha para mim.
— Como assim? – Pergunto nervoso.
— Você quer conversar com o espírito dessa árvore. Que pelo o que eu sinto... – Ela fecha os olhos como se sentisse o mundo a sua volta. – Ela era uma semi-deusa. – Ela abre os olhos me encarando profundamente.
— Ela era como uma irmãzinha para mim. – Olho para frente.
— Se ela for igual a Annabeth, eu acho que ela não lhe via só como um irmão. – Ela solta uma risada sincera e eu a olho sem entender.
