Capítulo 12

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TRÊS SEMANA DEPOIS

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TRÊS SEMANA DEPOIS....

Faz uma semana que estou aqui na casa da minha querida mãezinha. Aqui não é ruim, mas também não é bom.

Têm horário para tudo, cara! Se pá, Têm até mesmo para ir ao banheiro..

Meus vovôs foram embora, assim como meu tio, mas esse aí, vem de duas vezes na semana me vê.

Ou eu viu na empresa dele, que exclusive, é pica!

Nessas três semanas, eu e os meninos nos vimos praticamente todos só dias, eles que estão indo me buscar agora. Sempre estou no morro deles.

Não temos nada.. Bom, na minha parte, a gente não temos nada. Não sei se eles pensam o mesmo.

Mas pelo jeito, sim. Já que fizeram um baile na quinta, o que é fora de ordem de um morro, que geralmente é na sexta. Os vagabundos não me chamaram!

Fiquei sabendo que o morte, dançou até mesmo com uma mina de lá.

Entre aqueles dois, ele é o mais centrado e menos galinha.. Filhos da puta.

E eu aqui, quieta e sozinha..

Sinto uma presença atrás de mim, me viro e vejo o infeliz do meu padrasto. Ele me encarava de um jeito um tanto estranho.

-- O que você quer? -- Pergunto irritada.

Me sento e coloco a coberta em cima das minhas pernas me cobrindo um pouco. Estou de um pijama curto, claro que quando vou descer, coloco algo grande para cobrir.

A duas semanas atrás, tenho acordando sentindo sendo observada, e um leve perfume no ar.

Também tenho estranhamente dormido mais do que costume, acordo, mas mesmo assim, fico cansada.

Esses dias, acordei com a minha coxa vermelha, como se tivesse batido ou apertado ali.

E eu não me lembro de ter me machucado..

Estou trancando o quarto agora, mas mesmo assim, sinto que ainda não é o suficiente.

-- Fico aonde eu quiser, garota. A casa é minha. -- Fala me encarando.

-- F. -- Dou de ombro.

Não quero prolongar a minha conversa com esse aí.

-- Eu ainda irei quebrar essa sua marra.. E garanto que não irá gostar. -- Fala e começa a sair.

Sinto um arrepio pelo corpo. Me levanto da cama e vou até o closet, tiro minha roupa e coloco outra.

Prendo meu cabelo, pego meu celular, fone,  carregador e uns cinquenta reias.

Saio do quarto que estou, desço as escadas e saio direito sem falar com ninguém. Ando até o ponto de ônibus, paro por uns minutos e chamo o uber.

Já são 23hs da noite, mas não estou me sentindo confortável naquela casa.

(...)

-- Obrigada, fique com o troco. -- Desço do uber assim que chegamos na frente do morro.

O bundão ficou com medo de subir..

Vou entrar no morro e vejo os caras já na atividade, cumprimento todos eles e subo aquela ladeira do céu.

Tudo está calmo hoje, aqui geralmente está com alguma festa, forró ou um pagodinho.

Assim que chego em casa, pego a chave que fica embaixo do tapete e abro a porta. Fecho a porta atrás de mim, olho para a sala e reviro os olhos quando vejo meu irmão deitado no sofá e uma menina deitada ao lado dele.

Panaca..

Subo as escadas atrás do meu objetivo, vou pelo corredor e paro na frente do quarto, abro a porta devagar e vejo o mesmo vazio.

Suspiro. Tiro minha blusa e calça, pego uma no closet e vou até a cama. Subo e me deito, sentindo o cheiro do meu pai.

Queria tanto uma vida normal.. Uma mãe ao lado, um pai voltando do trabalho cansativo, um irmão que talvez trabalhando ou estudando...

Só uma vida normal mesmo..

Sinto alguém se deitar na minha frente, abro os olhos e vejo meu irmão. Ele estava com cheiro de sabonete, m com uma calça moletom.

-- Achei que estava dormindo. -- Falo sussurrando.

-- Eu estava. Mas, ouvir você chegando. -- Fala no mesmo tom que eu.

Ele se arruma e passa o braço pela minha cintura, me puxando mais para ele.

-- O que aconteceu? Era para você vim  somente amanhã. -- Fala passando a mão no meu cabelo.

-- Não gosto daquela casa. --

-- Ela está te tratando mau? -- Dou de ombro.

-- Me sinto sendo vigiada toda noite.. Não me sinto segura. -- Ele me encara.

-- Ele já tentou algo? -- Seus olhos escurecem.

-- Não, não exatamente.. Algumas  falas dele é estranha.. Mas, nunca tentou nada de extremo. --

-- Catarina.. -- O corto.

-- Eu juro. Não iria esconder algo assim de vocês. -- Mesmo relutante, ele confirma. -- Cadê o pai? --

-- Teve que fazer uma viagem. Volta amanhã. -- Confirmo. -- Durma um pouco. Está com a cara de morta. --  Dou risada e bato no braço dele.

Idiota!

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