Prenda-me Se for Capaz.

Mais um encontro.

─ Tem vinho, quer? 

─ Desta vez, irei recusar ─ riu ao ver a expressão chocada que Jungkook fez ─ estou curioso sobre o presente que citou. 

─ Ah, é mesmo. ─ lavou as mãos e chamou Jimin levando-o até o quarto. Havia uma sacola branca e preta na cama. Park perguntou se podia balançar e Jungkook automaticamente foi levado por memórias da adolescência. ─ Você sempre teve essa mania...pode balançar. 

Ouviu algo duro bater contra as laterais da pequena sacola. Antes de abrir olhou Jeon por alguns segundos e espiou pela brecha. Seus lábios formaram um sorriso comprido. genuíno. Seus lumes brilhantes voltaram-se a Jungkook que observava as mãos de Park abrir a sacola. 

─ Jeon...obrigada! ─ impulsionou seu corpo até o maior o abraçando fortemente ─ eu gosto tanto de acessórios pratas. 

─ Eu sei, combina com você. ─ sorriu em ver a felicidade do outro. ─ vai usar todos os dias? 

─ Claro! Sabe a quanto tempo eu não ganho uma prata cara como essa? ─ justificou colocando-a no pulso. 

Ambos voltaram a cozinha, Jungkook empanava alguns pedaços de frango e Jimin estava sentado mexendo no celular. Havia poucas palavras sendo trocadas nesse momento, o "cozinheiro" preferiu não distrair Park do que estava vendo no Smartphone, entretanto, decidiu que iriam aproveitar a companhia um do outro, afinal, ambos estavam expostos ao risco. 

─ Não sente medo de te rastrearem? ─ Jeon questionou ao ver Jimin com o aparelho celular.

─ Não, ninguém sabe que sou eu quem possuo esse celular, fora que esta no nome de outra pessoa. 

Jeon questionou quem seria esse outro alguém e recebeu um olhar e "temos um acordo" em resposta. levantou-se deixando o celular sobre a mesa, caminhou até Jungkook e questionou sobre ajuda. 

─ Não, não, eu posso fazer tudo sozinho, depois você me ajuda a por na mesa e montar nosso date. ─ instruiu direcionando sua atenção ao óleo quente. Jimin sorriu ao ouvir a palavra "date", a ficha de que estava com sua paixão adolesce-te caindo fazia as borboletas voarem pelo seu estomago.

Retornou a sentar-se na cadeira e desta vez, deitou a cabeça sobre a mesa usando os braços para amortecer e mergulhou em seus pensamentos. Estes momentos de reflexão são consideravelmente perigosos, pois em algum momento, o ciumes emergirá fortemente; não demorou para que Park recordasse a cena que presenciou na boate, onde Jungkook tão intimo daquele rapaz que se assemelha a Pitter, desejou saber ao menos algo além da aparência sobre ele, assim teria garantido em seu planejamento a próxima vitima. 

O relório indicava que um tempo havia passado totalizando dez minutos e o suficiente para os frangos fritarem e o detetive chamar Park com sua voz calma e aveludada. Jimin ainda estava imerso em seus próprios pensamentos, despertou quando sentiu o detetive balançar seu corpo levemente. 

─ Me ajuda a por a mesa, por favor? ─ sorriu. 

Jimin disfarçou a raiva e angustia em meio a um sorriso, lentamente levantou-se em direção ao recipiente que estava o jantar de hoje. Após colocar a mesa, Jungkook sentou-se suspirou cansado, já havia passado da sua hora de dormir.

─ Vamos ficar aqui hoje, tudo bem por você? ─ questionou encarando o alvo.

Park assentiu com a cabeça e manteve-se em silencio, ambos ficaram quietos em seu próprio mundinho. Ele estava remoendo a cena da boate enquanto Jeon pensava na sua carreira, no que estava fazendo com Jimin e em como seguiria sua vida daqui três meses. 

Menos de quinze minutos depois, Park questionou se poderiam ir dormir, Jeon afirmou e em seguida reclamou de dores no corpo e questionou se o alvo ainda fazia a mesma massagem de anos atras. Seguiram a caminho do quarto, Jimin ajoelhou-se ni centro da cama e pediu que o detetive sentasse-se na mesma.