70 Cap ( Fim )

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Drogo estava mesmo querendo se aproximar mais de mim, nos últimos dias não vi meu mestre, Oziel. Mas conheci outros mestres que esqueci o nome depois. Conheci melhor também a irmã de Drogo, Vesper. Uma mixed muito doce e determinada, gostava de canções, e algumas eram como poesias. Além disso, Drogo também tinha paixão para os versos, alguns sobre amor, mesmo que ele não amasse ninguém.

Ele era mais reservado na maioria da vezes, mas quis me mostrar o reino, vários espaços do palácio e muitos animais e plantas que não tínhamos do outro lado. Meus voadores as vezes nos seguiam, e pareciam gostar muito de Drogo, pois alguns o rodeavam e faziam reverências estranhas de voadores.

Drogo achava fofo aquilo, gostava de qualquer animal, mesmo os mais perigosos, ele era um amante de flores, não era atoa que escolheu sua coroa de flores para o acompanhar reinando.

Em uma viagem de " cavalo " como ele deu o nome a criatura veloz que era idêntica a uma criatura humana, só que maior e mais veloz.

Seguimos para uma linda cachoeira no centro de uma floresta densa e clara, que até o momento não sabia o nome. E Drogo só disse depois, era chamada a " luz " por ser tão fácil dos raios de King entrarem em suas brechas.

Lá era lindo como antes eu pensava. Subimos uma colina e lá em cima pudemos ver a beleza das águas que caiam. Do brilho da luz entrando na floresta. Do vento que passava cantando em nossos ouvidos, nos deixando tontos de tanta beleza.

Drogo riu, como se aquilo fosse tão bom que só era expresso em risadas. Ele amava rir, eu havia percebido de longe. Me lembrei de Baky e de como Kerry fazia sorrir sempre para ela não chorar.

Ele olhou para mim, ainda estávamos sobre a colina, agora deitados sobre a mesma, olhando o céu, mas ele parou para me olhar.

- Já amou alguém mixed da noite? Perguntou ele.

- Já sim, amo até hoje. Respondi. - Minha filha, meu avô Kerry, meus irmãos, até meu pai.

- Você fala de amor fraternal, mas eu queria saber, como é o amor profundo por um ser, que nos faz o desejar sempre.

- Já amei uma humana. Disse. - Mas quase ninguém sabe fora da vila.

- Isso é mesmo complicado. Falou o rei. - Oque você sentiu?

- Não sei explicar.

Estava sendo sincero, o amor que sentia por Layla só dava para eu saber como era pois eu senti, mas quem nunca sentiu, não tinha como entender por simples palavras.

- Eu não sei entender. Falou o rei. - Não sei como funciona.

- Talvez devesse saber na hora certa? Perguntei. - Sua hora deve está perto, amamos quando precisamos amar, leve isso para o coração Drogo, não faça nada por quem não ama, quando você ama alguém sentirá os sinais.

- Quais?

- Querer está por perto dela, querer proteger ela, não deixar ela perto de outro pois é apenas sua.

- Nossa, só isso mesmo? Perguntou o rei.

- Comigo foi assim, eu penso direto nela também.

O rei voltou a olhar o céu, por um instante tudo foi silêncio, até ele querer da uma mergulhada na cachoeira. Tirou suas vestes de rei e nadou nas águas quentes que caiam. Ele ria, tudo para ele era risadas, talvez isso fosse sua alegria transbordando. Fiz o mesmo que ele, não me arrependi, a água era incrível.

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Voltamos para o castelo. Drogo estava bem desanimado agora.

- Vamos ficar tão distantes agora, você precisa seguir suas missões logo, logo. Falou ele. - Só se lembrará de me ver para fazer relatórios. Ele riu outra vez, mas sua risada foi triste e curta.

Um meio sorriso brotou em seus lábios, quando por segundos ele me admirou.

- Você é incrível Drogo. Falei para o mesmo. - Vai da tudo certo, não me esquecerei de você.

- Certo, irei seguir seus conselhos sobre amor, pois mesmo sua humana estando longe, ainda a ama, isso deve ser algo forte e bonito.

- É lindo mesmo. Concordei. E segui meu caminho para o outro corredor. Drogo porém me parou, seus olhos azuis brilharam quando ele abriu os braços para que eu avançasse.

Então me prendi em seus braços, abraçando ele e todos que eu amava, como Layla.

Pois eu sabia que nossa história não havia terminado. Eu ainda sentia um sentimento profundo e amaria ela até a morte. Enquanto esse amor existisse, ainda esperança haveria. Então, um dia ela seria apenas minha, e eu apenas seu.

- Quem é você Lidy? Perguntou Drogo já se afastando. Seus olhos azuis brilhando. - Você é diferente de tantos que já conheci, Kerry escolheu bem.

- Sou Lidy, filho de Baku, um mixed das terras dos mixeds da noite na montanha de King, um mixed que ama versos, que ama uma humana, que ama ser quem é.

- Você é você. Disse Drogo sorrindo e seguindo seu caminho.

Meu coração pulou de alegria. Eu era eu.

Um mixed diferente. Mas ainda um mixed como qualquer um.

- Layla, eu já me encontrei, falta apenas te encontrar.

E me caminhei pelo corredor. Meus voadores cantando pela janela. Querendo chamar atenção.

𝑃𝑜𝑖𝑠 𝑠𝑜𝑢 𝑢𝑚 𝑚𝑖𝑥𝑒𝑑
𝑄𝑢𝑒 𝑠𝑒𝑛𝑡𝑖 𝑜𝑟𝑔𝑢𝑙ℎ𝑜 𝑑𝑒 𝑠𝑖
𝑃𝑜𝑖𝑠 𝑠𝑜𝑢 𝑢𝑚 𝑚𝑖𝑥𝑒𝑑
𝑄𝑢𝑒 𝑠𝑎𝑏𝑒 𝑜 𝑐𝑎𝑚𝑖𝑛ℎ𝑜 𝑞𝑢𝑒 𝑓𝑒𝑧
𝑃𝑜𝑖𝑠 𝑠𝑜𝑢 𝑢𝑚 𝑚𝑖𝑥𝑒𝑑 𝑓𝑒𝑙𝑖𝑧
𝑄𝑢𝑒 𝑒𝑠𝑡𝑎 𝑖𝑛𝑑𝑜 𝑑𝑖𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒
𝑆𝑜𝑢 𝑢𝑚 𝑠𝑖𝑚𝑝𝑙𝑒𝑠 𝑚𝑖𝑥𝑒𝑑
𝑄𝑢𝑒 𝑏𝑢𝑠𝑐𝑎 𝑢𝑚 𝑎𝑚𝑜𝑟 𝑎𝑑𝑖𝑎𝑛𝑡𝑒

- Sou um mixed. Disse para mim mesmo.

Não importa o quanto perguntem " Quem é você? " eu sempre direi a mesma coisa. Pois é isso que sou.

Um mixed.

Quem é você? ( VOL I )Where stories live. Discover now