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— Lembra quando passávamos as tardes escondidos no porão da sua casa? — Jisung lembrou, balançando seu corpo para frente e para trás enquanto falava — A gente montava uma cabana de lençóis e você cuidava de mim lá...

Ele sorriu revivendo a alegre lembrança de uma época já deixada de lado.

— Semana que vem vamos ter dois dias de folga — ela lembrou — Podemos tirar esse tempo pra fazer isso, o que acha? — sugeriu. Ela sorria carinhosa como sempre, trazendo sempre aquele sentimento de quentinho no peito à tona.

Jisung sorriu e seus olhos brilharam, levementes cobertos de um pouco de lágrimas. Mas lágrimas felizes.

— Eu iria adorar — sorriu, abraçando-a pelo pescoço e praticamente ficando largado no corpo dela.

— Jisung-ah, querido, vamos gravar em vinte minutos, precisa retocar a maquiagem e conferir o figurino — Bang Chan avisou, olhando também para Jieun e pedindo claramente que os dois deixassem de abraços e carinhos já que estavam num momento agitado nos bastidores do set de gravação.

— Tá Bom — ele fez um bico, e Jieun acenou positivamente, fazendo Jisung se levantar consigo.

Enquanto o garotinho tinha suas bochechas retocadas com algum tipo de bb cream e um blush leve, Jieun olhava atenta para as feições do garoto.

— Eu sempre amei suas bochechas — ela disse.

Jisung sorriu de leve, corando instantaneamente.

— Desculpa a intromissão, mas são realmente adoráveis — a maquiadora falou, sorrindo para o garoto.

Jieun sorriu vendo as bochechas ficarem ainda mais coradas e as orelhas avermelhadas junto.

— Ih alá, já tá todo vermelhinho — Jeongin atiçou da cadeira ao lado, parando de dar tiros no joguinho de celular só para ver o companheiro se irritar com seu comentário e ficar ainda mais fofo — Cuidado Jieun, esquilos também passam raiva... Esse aí deve passar só fofura de tão pedigree que é.

Jeongin não parava de fazer comentários que desafiavam o Han a se defender.

A garota Lim só sabia rir e tentar ao máximo defender Jisung, mesmo amando as piadas aleatórias que o mais novo conseguiu fazer.

— Ei, pare de rir! — ele disse irritado, inflando as bochechas sem nem notar.

Jieun levou mais alguns segundos para segurar o riso e conseguir falar.

— Desculpa, neném, mas você não faz ideia do quão fofo você é com a cara gordinha e vermelha — ela disse na maior naturalidade, ignorando as formalidades ou sequer a presença da maquiadora e de toda a equipe que preparava os meninos ali.

Jisung arregalou os olhos e abriu a boca sem notar, deixando as bochechas mais acentuadas. Ele então abaixou a cabeça e cobriu com as mãos, envergonhado demais para ficar ereto.

— Hey — ela riu, puxando o queixo do garoto com o dedo indicador, o fazendo levantar o rosto — A Minhee precisa terminar a maquiagem — comentou, apontando para que a mulher voltasse a ajustar os detalhes que faltavam.

E Jisung só ficou quietinho, mais vermelho que um próprio tomate, mas sem energias e nem razão para ir contra os comandos de sua cuidadora, e na verdade, sua verdadeira outra metade.

— Cinco minutos! — o gerente de produção gritou da porta do lugar, correndo de volta para seus afazeres.

— Vamos lá querido — Jieun falou depois da maquiadora finalizar.

E Jisung como o bom menino que era, seguiu as instruções e fez o seu melhor durante as gravações.

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Mesmo que o decorrer de boa parte das coisas sempre vá pro melhor lado, um cantinho, aquele mindinho de preocupação, de desespero continuava vagando por aí.

Com Jisung não era diferente. Ele agora respira fundo, tentando ao máximo acalmar seu coração que fazia questão de se alterar e começar um ataque de pânico. Aquele pânico desencadeado por um simples detalhe, um esquecimento.

Um de seus mais recentes tracks de gravações havia sido perdida de alguma forma, talvez ele tivesse se esquecido de salvar corretamente, talvez alguém houvesse hackeado e excluído de propósito... ele não tinha como realmente saber.

Mas a verdade era que ele só conseguiu xingar algumas vezes, tapar o rosto com as mãos e suspirar não uma nem duas, mas várias vezes, irritado com o acontecimento.

Ele saiu do estúdio batendo os pés, passou pelos membros na sala de prática e foi firme até a máquina de comida mais próxima, catando um pacote de salgadinho e dois energéticos.

— Jisung, tá tudo bem? — Jieun perguntou depois de sair do banheiro e ver o garoto irritado clicando nos botões da máquina de forma agressiva.

— Tá tudo ótimo, uma maravilha — respondeu irritado, sendo pego de surpresa pela cara de irritação e indignação dela — Desculpa. Só não estou afim de papo — e saiu andando de volta para o estúdio.

Jieun o seguiu irritada, não querendo deixar aquilo quieto.

— Ei, o que aconteceu? — perguntou mantendo a calma.

Ele balançou a cabeça agitado, negando a conversa. Mas ela insistiu, olhando intensamente o menino que quase chorava.

Jieun o abraçou com calma, o puxando para o pequeno sofá e o colocando em seu colo.

— Fala comigo, querido. Do que você precisa? — ela perguntou agora masi calma depois de perceber que ele não estava bem.

— Preciso matar alguém — brincou, rindo baixinho e fungando, só então se dando conta de que já chorava.

— O que aconteceu? — ela perguntou de novo.

— Aquelas merdas de músicas sumiram — ele falou olhando para as próprias mãos — Sumiu, simples assim. E eu tenho que entregar amanhã, o Senhor Park já estava nos cobrando essas músicas prontas a mais de um mês...

Jieun acariciou as costas dele, pensando em como acalmá-lo.

Mas ele só começou a chorar, deixando o próprio desespero sair logo de si, sequer notando que estava tão bem guardado ao ponto de ser barulhento e irritante daquela forma. Um desespero tão inquieto, e uma dor tão irregular.

— Você trabalhou duro na música, querido. Eu sei... — ela o lembrou, continuando a acariciar as costas dele — Pode chorar, eu estou aqui meu bem...

Ele chorava alto, dolorido e cansado. As noites em claro trabalhando estavam agora no lixo, ele só precisaria de mais energéticos e noites sem dormir pra tentar recuperar seu trabalho duro.

— Eu vou ficar aqui o tempo que precisar, tá? — ela beijou a têmpora do menino, beijou novamente sua bochecha e segurou o rosto do menino chorão em suas mãos — Você não está sozinho, bebê — ela sorriu carinhosa, um sorriso triste mas acolhedor.

Ele chorou mais um pouco antes de acabar dormindo nos braços dela, confortável demais para sequer pensar em sair dali ou pensar em ir atrás de fazer aquelas músicas novamente.

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Desculpa a demora, como falei lá no insta, fiquei doente e também sem computador na semana passada, então meus planos atrasaram. Amo vocês tá? Ah e eu tava pensando, queria chamar vcs de algu nome fofinho mas n sei me decidir, eu vou fazer uma votação lá no insta ainda hoje

>-< se vcs puderem responder eu choraria de alegria... mwah amo vcs

𝐛𝐚𝐛𝐲 𝐡𝐚𝐧𝐧𝐢𝐞 ♥ 𝐣𝐢𝐬𝐮𝐧𝐠Where stories live. Discover now