°°° 9 °°°

381 60 4
                                    

° ° °

9

° ° °

— Atrapalho?

— Minho Hyung... — Jisung suspirou surpreso e assustado pela presença repentina do mais velho. O mais novo segurava a chupeta no peito enquanto respirava ofegante.

— Calma Sunguie — o garoto se aproximou, vendo Jisung esconder o rosto nos ombros da garota que ficou entre os dois ali — Eu não quis te assustar.

Naquele ponto, Jisung já tinha a chupeta de volta para os lábios, inconscientemente regressando para um bebê novinho demais, chupando o bico entre os lábios.

Jisung se moveu, andando para todo canto do quarto, sentindo como se tivesse sido pego numa situação delicada. Sua mente correu dali, mas o corpo continuava no cômodo.

O garoto parecia incomodado, não apenas sem jeito, mas sim com medo.

A partir do momento que seus olhos encontraram os de Minho, ele sentiu o choro prender-se na garganta, deixando os olhos marejados e as bochechas rubras.

Ele já chorava, de forma tão inesperada que Jieun arregalou os olhos de preocupação, trazendo consigo aquele olhar preocupado e encarando Minho procurando qualquer explicação possível.

— Jieun, preciso que você saia um instante — ele gesticulou, mandando delicadamente a garota para o lado de fora da porta.

No momento que a garoto pisou no chão frio do lado de fora, no corredor, deixando de estar presente no quarto, ainda conseguia ouvir o choro do garoto que cessou devagarinho.

Inconscientemente a culpa invadiu seus pensamentos, deixando-a com aquele aperto no peito e um tremor nos lábios. Ela foi até a sala, buscando a presença do mais velho dali, que permanecia passando pano nas prateleiras do armário da cozinha.

— Chan? — ela chamou a atenção, tendo os olhos castanhos voltados para si — Precisa de ajuda? — ela segurou outro pano, se mantendo pronta para ajudá-lo no que fosse preciso, ansiosa para pensar em algo além do choro de Jisung e os pensamentos de que deveria tê-lo ajudado.

— Não precisa não, querida — ele deu-lhe um caloroso sorriso junto com uma risada engraçada.Como sempre, o garoto encantava com seu jeito meigo — Por que não vai ficar com Jisung?

Ela ao invés de sorrir, mexeu as mãos de forma inconsciente, pensando nas palavras que escolheria.

— Eu estava com ele, mas não sei o que aconteceu — deu de ombros, incomodada — Ele começou a chorar e Minho me pediu para sair.

O sorriso de Bahng não se fazia mais presente, e ainda assim continuava calmo, segurando uma das mãos da garota, confortando-a com algumas palavras.

— Os dois sempre foram bem próximos. Jisung só precisava do conforto que está habituado a ter... não pense demais, Jieun.

A garota sorri fraquinho, se fazendo acreditar que sim, tudo se resolveria e aquilo não se passava de um mal entendido.

° ° °

— Ei! Olha pra mim, eu preciso que você respire fundo, ok? — Minho segurava com firmeza mas também de forma delicada as mãos trêmulas e suadas de Jisung.

O menino se manteve firme, voltando a chupeta entre os lábios depois de conseguir respirar apropriadamente de novo.

Lee o puxou para um abraço quentinho, onde ambos se mantinham deitados em meio mundo de pelúcias, juntamente com o cobertor azul peludo e tão fofo que poderia ninar qualquer um para a melhor soneca da vida.

— Agora preciso que você me diga o que te deu tanto medo pra que eu possa te ajudar, nenèm — ele falou calmamente enquanto mantinha sua mão direita acariciando os fios grossos e bagunçados e a oposta segurava o menino em seus braços.

— Ihh... — era assim que o chamava de Lee — JiJi nuh quer naum...

O mais velho sorriu para o pequeno, sabendo das dificuldades que enfrentava mesmo antes de terem o prazer de se conhecer. Ele jamais obrigaria Jisung a conversar sobre algo que o mantinha aflito sem que estivesse disposto a enfrentar aqueles monstros.

— Quando você consegue falar sobre? — beijou-lhe na testa, acalmando os nervos do garotinho e fazendo-o relaxar perante a pergunta meramente assustadora.

— Depois grande — ele respondeu depois de alguns segundos pensando, preferindo passar a parte chata e complicada para resolver quando estivesse na sua mentalidade normal.

— Tudo bem, pequeno — Minho o segurou pelas bochechas gorduchas enquanto encarava com muito carinho nos olhos brilhantes e agora brincalhões.

Os lábios rosados tocaram o nariz gelado do garotinho, deixando-o envergonhado o suficiente para esconder-se debaixo dos cobertores quentes e resmungar feliz.

— Te amo, bobinho...

° ° °







Desculpa a demora, mas não passou de 15 dias viu :D

𝐛𝐚𝐛𝐲 𝐡𝐚𝐧𝐧𝐢𝐞 ♥ 𝐣𝐢𝐬𝐮𝐧𝐠Onde as histórias ganham vida. Descobre agora