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Jisung no seu melhor estado, se deliciava do cheesecake mais saboroso que conhecia, sendo de chocolate ao leite com morangos doces no topo.

O pequenino se lambuzava enquanto apreciava a doçura em seus lábios, usando do paladar aguçado para guardar aquela sensação para sempre.

— Não se apresse, Jiji. Temos tempo — Jieun falou calma, segurando o guardanapo de forma habilidosa e limpando os cantos dos delicados lábios de Jisung — Está gostoso, querido?

— Sim, mama — ele responde alegre, abocanhando mais um grande pedaço cheio de sabor e deixando a palavrinha de quatro letras soando na mente inquieta da garota que vibrava de alegria.

Ele finalmente estava se sentindo tão confortável que as palavras pouco eram importantes ou tanto se questionavam, porque sabia que estariam sendo recebidas com muito carinho, sorrisos e doces palavras.

— Terminei! — ele larga o garfo, animado por finalizar seu doce.

— Parabéns, pequeno — e ela o parabeniza.

Com calma eles caminhavam pela calçada pouco movimentada, e como prometido eles andavam até a pracinha mais próxima, deixando a garota com o sorriso largo por poder segurar nas pequenas mãos do menino inquieto.

— Se divirta, mas não vá longe — ela avisa, ficando no centro do parque, debaixo de uma imensa árvore enquanto ele decide começar explorando os arbustos, catando flores e folhas belas.

E por ser uma manhã de quarta-feira, não havia nenhuma outra alma passando por ali, dando privacidade para o garotinho que queria apenas ser a criança que sabia que podia ser

Em meio aos pensamentos inevitáveis de "e se eu fosse uma borboleta?", ele chegou à conclusão de que adoraria ser uma borboleta amarela com detalhes em laranja. Daquelas pequenas, mas não minúsculas. Mas grandes o suficiente para voar rápido entre as plantinhas cheirosas e passar por cima de rios cristalinos.

E enquanto pensava no quanto seria legal poder voar, se perdeu no raciocínio. Ele não entendeu como colocou um pé na frente do outro diferente e bateu os joelhos no chão, pouco antes das mãos e quase o rosto ir junto.

— Ji! — Lim se apressou em recorrer ao garoto, checando seu corpo, os possíveis machucados e se o mesmo continuava bem.

Mas não esperava encontrar um sorriso meigo repousando nos lábios rosados e bem hidratados.

— Você está bem, querido?

— Doeu tiquinho, mas Eunnie vir cuidar já curou — ele sorriu, depois fez um biquinho quando sentiu as pedrinhas de areia machucarem a palma da sua mão esquerda.

— Bobinho, você se machucou — ela limpou a palma com cuidado, tirando a areia fina que maltratava a mão delicada, depois beijou em cima da vermelhidão — Agora vai melhorar... mas temos que passar uma pomada pra ficar bem, Jiji.

— Mas brinca! — ele se recusou a voltar tão cedo para casa.

— Se for brincar, preciso que cuide pra não se machucar...

— Então Eunnie vem junto — ele sorriu.

Os pés dobrados se esforçaram para levantar do chão, se estabilizando depois de conseguir e enfim trazendo a menina consigo. Ele apertava sua mão com a dela, entrelaçando o carinho e cuidado, sentindo ali a conexão se fortificando de uma forma que jamais esperaria.

Jisung era empurrado no balanço, e era ela quem segurava a corda quando ele ia alto demais. O garoto se pendurava nas barras de ferro entre uma casinha e outra, e era ela quem seguia cada passo para garantir que a possível queda não fosse tão prejudicial com sua massa corporal no caminho.

— Que tal um sorvete se formos pra casa agora? Está ficando escuro, não está nenê?

Ele concordou. "Maracujá!", era o sabor de sorvete que queria. As duas mãos seguiam agarradas no antebraço dela, enquanto os olhos corriam para olhar a face, mas fugiam ao receber o olhar de volta.

—- Aqui está, maracujá — ela entrega o sorvete num potinho com tons fofos de azul da barraquinha de sorvetes no caminho de casa.

E antes de dar o primeiro passo dentro do condomínio, a língua rosada terminou de colocar todo o sorvete para dentro, doido para fazer drama e pedir outro... mas ele não era assim. Ele lembrou que só pediu um sabor... se quisesse mais deveria ter pedido outros de uma vez.

— Voltaram cedo — Chan comentou, guardando as louças limpas de volta nos armários.

— Já estava anoitecendo...

Jisung acenou com a cabeça para cima e para baixo, falando que concordava.

— Jieun! Que casaco lindo — Hyunjin chegou com seu pijama dos Looney Tunes — Comprou onde, gata? — ele perguntava casualmente enquanto bebia de seu chá de erva-doce.

Ela sorriu e lhe disse que garimpou num brechó conhecido de seu bairro.

— Preciso aprender umas coisinhas com você... mas isso fica pra outro momento! Crepúsculo me aguarda nas próximas horas.

Ele se despediu, se trancando no quarto com Felix e um balde de pipoca no meio deles... não por muito tempo, é claro.

— Amanhã o dia vai ser cheio, então temos que dormir cedo, Jisung.

A garota falou, organizando as roupas no cesto e levando de volta para o quarto de Jisung, tendo o mesmo seguindo-a.

Han se esticou e largou o corpo na cama, confortável demais daquele jeito bagunçado de estar entre os lençóis e pelúcias diversas.

— Posso desenhar antes de dormir? — ele perguntou inocente, bocejando.

Ele podia estar com sono, mas também se sentia inquieto, acendendo e apagando a luz do abajur, jogando as pelúcias no chão e cantando baixinho alguma musiquinha, tudo enquanto se mantinha deitado na cama.

— Claro.

Após guardar as roupas na gaveta, ela pegou a pequena cesta de palha com alguns brinquedos, tirou dali um estojo de lápis de cor e uns cadernos para colorir do tamanho de um tablet.

— Qual você quer? — ela os estendeu, mostrando as opções.

— Todos — Jisung puxou os livrinhos para si, apertando uns ao corpo e mantendo um na mão direita, pronto para começar a colorir.

Jieun riu, vendo o cansaço nos olhos do garoto, mas também percebia o brilho ao poder expressar as cores no papel brando com linhas pretas.

Ele ficava quieto, só tentando entender como manter as cores vibrantes dentro das linhas propostas, mas não entendia para que elas serviam se era tão difícil seguir aquele padrão.

Jieun pegou o celular por alguns instantes apenas, respondendo algumas mensagens, não vendo o momento exato que os olhos brilhantes decidiram fechar devagarinho.

E com as mãos ainda segurando os lápis e livros, Jisung largou a cabeça para frente, dormindo sentado no chão coberto pelo tapete volumoso e fofo.

— Bobinho — ela sorriu enquanto organizava a cama para colocar o menino dormir.

Ela finalizou apagando as luzes principais e beijando a testa do menino despreocupado da vida.

— Boa noite, querido — ela se despediu, fechando a porta atrás de si.

— Jieun, é você nessa foto? — Seungmin surgiu no corredor, carregando uma foto impressa colada em um livro de memórias preto e branco.

— Não faz isso, poha — ela xingou, tentando esquecer o susto, olhando para a foto de relance — Por que você tem uma foto minha?

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𝐛𝐚𝐛𝐲 𝐡𝐚𝐧𝐧𝐢𝐞 ♥ 𝐣𝐢𝐬𝐮𝐧𝐠Where stories live. Discover now