Capítulo 16: O mal não descansa

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Meu pai sempre costumava dizer, a arte é o coração do mundo, é nela que a alma mais enrijecida se salva, onde o perdido encontra o caminho, onde a dúvida se torna a certeza, os corações partidos conseguem se tornar inteiros novamente, do que adianta as mais belas canções se a ninguém forem dedicadas, as mais belas pinturas se ninguém for a inspiração, o mundo é como uma estação perdida na imensidão do vazio, as estrelas são as únicas companheiras de uma jornada sem começo ou fim, e nós, nós somos apenas patrulheiros dessa jornada tentando entender os mistérios do universo.

Quando eu me sentia sozinha e tomada pela incerteza, eu costumava deixar a porta aberta, alguns acreditam que é uma forma de deixar as lembranças ruins partirem para longe, tudo aquilo de ruim se torna um só com o vento, ultimamente eu tenho feito isso quase todas as noites, quero me mudar e morar perto do oceano para estar mais perto, do vento.

No mural de anúncios de Stanford, cartazes espalhados pelas paredes, um deles anunciando um concurso de pinturas que aconteceria no baile da renúncia, Diara relutou por um tempo antes de preencher seu nome na ficha, ela estava com uma mochila e um fone de ouvido branco com uma música alta, fez questão de garantir que não havia pessoas por perto, a garota sempre teve um dom especial com pinturas e desenhos, ultimamente tomada pela incerteza e insegurança, mas nem sempre foi assim, houve um tempo além das tragédias e dos julgamentos que ela conseguia ser livre, conseguia ser ela mesma.

- Oii! Que visita boa. - Um gatinho de rua se aproximou carinhosamente. - Hmm acho que você tá com fome.. tá com carinha de quem tá com fome.. acertei?

Retirou um bolinho de chocolate da mochila enquanto acariciava o gato.

- Que? Você acha? - Olhou para a ficha de inscrição. - Não sei se eu tenho chance.. de qualquer forma, é melhor você guardar segredo, hm?!?

O toque de recolher de Stanford após o último turno de aulas foi imposto desde que as investigações começaram, isso não impediu que o time de futebol organizasse uma festa clandestina nas instalações abandonadas do lugar, Brad e seus amigos distri...

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O toque de recolher de Stanford após o último turno de aulas foi imposto desde que as investigações começaram, isso não impediu que o time de futebol organizasse uma festa clandestina nas instalações abandonadas do lugar, Brad e seus amigos distribuíram cartazes e convites ao longo da semana.

Caixas de som, bebidas, drogas, garotas nuas e todo tipo de depravação foi prometido a quem comparecesse, o evento foi organizado no subterrâneo da universidade, outrora um laboratório usado para pesquisas cientificas.

Brad subiu em uma mesa batendo as mãos no peitoral enquanto derramava uma garrafa de cerveja.

- Uh uh uh uh uh! - Gritavam em volta da mesa.

- Aí Brad! - Arremessou uma garrafa na mão dele. - 50 dólares se virar mais uma. - Gritou Tommy.

- Pera ai.. Vocês estão duvidando mesmo de mim? - Virou mais uma garrafa enquanto todos gritavam comemorando.

Na pista de dança uma música eletrônica tocava alto, Cassie dançava enquanto bebia, Brad se aproximou agarrando-a por trás e beijando seu pescoço, em resposta ela sorriu se virando e retribuindo o beijo.

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⏰ Last updated: Mar 28 ⏰

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