𝟎𝟎𝟓 - 𝙄𝙣𝙛𝙤𝙧𝙢𝙖𝙘̧𝙤̃𝙚𝙨

350 53 6
                                    

Zuko revirava o próprio quarto, quebrando jarros contra a parede, jogando pergaminhos no chão enquanto gritava de ódio. Estava procurando seu caderno, o qual escrevia sobre todos os avatares e não o encontrava em lugar algum. Iroh estava no centro do quarto em meio a bagunça tentando acalmar o sobrinho, Eleanor estava ao seu lado um tanto quanto incomodada com o alto barulho.

— Uma hora vai aparecer, pode ter guardado no lugar errado, o caderno pode ser útil para organizar pensamentos mas foi seu esforço que levou ao avatar. - O tio usava essas palavras de afirmação para apaziguar a situação e falhou já que o príncipe continuou quebrando seus móveis e objetos.

— Ele fugiu! - Gritou se virando com uma pequena estátua de tartaruga pronta para espatifa-lá no chão.

— Não quebre esse, é minha favorita. - Eleanor pediu se aproximando e logo Zuko a estendeu, no entanto, puxou o pulso da mais velha e escondeu seu rosto no ombro da amiga, teve seu grito de frustração silenciado.

— Eu vou achar. Eu ainda sou o herdeiro do trono. Isso serve de alguma coisa, até nesse lixo de fim de mundo. - Zuko se distanciou irritado, se virando para a parede mas deslizou a mão pelo braço da morena a procura da dela, quando a encontrou se acalmou um pouco com o carinho.

— Mas estamos com a vantagem por causa disso. - Wong encarou o tio em busca de apoio.

— Em quantos lugares você acha que o avatar pode se esconder? - Com essa fala os três encararam o mapa na parede.

Após essa conversa tio Iroh foi instruir os soldados, deixando os dois sozinhos. Eleanor colocou a estátua de tartaruga em uma prateleira vazia, se abaixava pegando alguns objetos espalhados próximo aos seus pés e os colocando no lugar. Zuko se sentou em uma cadeira escondendo o rosto nas mãos.

— Desculpa pela bagunça, por tudo. - Se sentia envergonhado e quase quebrou algo que Eleanor gostava em mais um de seus surtos.

— Tudo bem, você quebrou suas próprias coisas, se fosse algo meu eu te matava. - Se abaixou colocando os pincéis de volta no pote e o deixando na escrivaninha.

— O avatar foi um covarde, se esgueirando pelo navio. - Wong se aproximou, ficando sobre os joelhos e tocando as mãos do mais novo que repousava nas coxas.

— Ele com certeza não era o que o mundo esperava. - Olhou para as mãos de Zuko e seu coração apertou um pouco ao ver os nós de seus dedos sangrando. — Oque acha de irmos cuidar disso?

— Nem tinha percebido. - Se assustou quando Eleanor lhe deu leves tapinhas nas coxas ao se levantar.

— Vamos logo.

— Não quero ir para a enfermaria, podemos fazer isso em outro lugar? - Se levantou acompanhando a cacheada pelo corredor.

— Porque?

— Tá fedendo, aquelas ervas que você colocou pra secar.

— Sério? - Tinha os olhos arregalados para o príncipe, cheirou a manga de sua roupa, já que passava muito tempo lá era normal que o cheiro passa-se para as vestes. Zuko riu com o ato da mais velha. — Mentiroso. - Bateu seu ombro no dele, ficou feliz por ele estar rindo.

[...]

Estavam caminhando pelo caís do Porto que haviam atracado, tinham vários restaurantes ao ar livre. Tio Iroh ia na frente junto com Eleanor, empolgados, enquanto Zuko estava logo atrás de braços cruzados, de mal humor.

— Zuko! Você tem que provar. - Iroh parou em uma barraca onde fritavam comida, pegou uma amostra que o vendedor lhe estendeu e levou a boca de Eleanor, que se assustou com a temperatura elevada do alimento e abanava freneticamente. Zuko também abanava tentando ajudar enquanto sussurrava que ela deveria ser mais cuidadosa. — Aqui tem ovo... de que mesmo? - Perguntou ao dono da barraca.

𝐂𝐎𝐌𝐏𝐀𝐒𝐒𝐈𝐎𝐍 | 𝙕𝙪𝙠𝙤 (𝒍𝒊𝒗𝒆 𝒂𝒄𝒕𝒊𝒐𝒏)Onde histórias criam vida. Descubra agora