𝟎𝟎𝟐 - 𝘾𝙞𝙘𝙖𝙩𝙧𝙞𝙯𝙚𝙨

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Eleanor andava pelos enormes corredores do navio acompanhada pelo Tenente Jee, ele era bem simpático e tinha sempre comentários engraçados na ponta da língua e aparentemente estava os despejando sobre a garota, a única disposta a ouvi-lo e que com certeza não teria coragem de mandá-lo calar aquela boca grande. Wong não se importava tanto porque estava mais ocupada olhando os longos corredores de metal que percorria, era sua primeira vez em um navio.

Depois de mais alguns minutos ignorando o falatório do tenente finalmente chegaram a sala de Iroh, Jee abriu a porta e esperou Eleanor entrar antes de se despedir e ir cuidar dos seus afazeres, ficaria ocupado por um tempo agora que saíram da nação do fogo.

— É um enorme prazer revê-lo, general Iroh. - Eleanor deixou de apertar a mão sobre a alça da bolsa pelo nervosismo e andou rapidamente até onde o homem estava, próximo à janela, a observando desde sua entrada.

— Então se lembra de mim, tem uma ótima memória, era apenas uma criança quando nos encontramos pela primeira e única vez. - Retribuiu o cumprimento da jovem.

— Jamais poderia me esquecer daquele dia. O senhor e Lu Ten foram os únicos a prestar suas condolências à mim. Agora é minha vez de retribuir o gesto. - Abaixou a cabeça suavemente. — Sinto muito pela sua perda, Lu Ten era um grande homem, gentil, respeitoso e corajoso. - Mesmo não tendo o conhecido melhor ainda tinha carinho pelo o que foi feito no funeral de Wong. Mesmo que naquele dia tiveram apenas uma conversa unilateral onde eles prestavam sentimentos e Eleanor chorava como um bebê.

— Você é uma garota muito educada, e boa com as palavras. Não entendo oque faz nesse navio que está sendo levado pelo destino. - O general tinha os olhos marejados, além do assunto sobre a morte de seu único filho ser um tópico sensível, Eleanor mostrava um sentimento único ao falar sobre ele, como se o conhecesse tão bem quanto o pai.

— Aqui está uma carta que minha madrasta mandou para o senhor. - Eleanor rapidamente a tirou de dentro da pequena bolsa e a estendeu ao homem, que ficou alguns segundos em silêncio enquanto a lia.

— Na carta ela diz que você precisa dessa viagem para aprender como se portar mas vejo que é apenas um motivo para lhe manter longe. - Iroh dobrou a carta e a deixou sobre a mesa, iria queimá-la depois. Não gostava de como as palavras de Josephine soavam. Era como se ela quisesse que esse navio naufragasse e Eleanor fosse a única a morrer. Como ela poderia odiar uma criança tão doce? As letras cursivas feitas com força sobre o papel mostravam o quão apresada estava para enviar logo, mostrava o quão ansiosa ela estava para que Eleanor sumisse da sua frente.

— Acredite, é recíproco. Eu estou muito animada com essa viagem. - Iroh não conseguiu evitar rir quando viu o grande sorriso brilhante da menina, ela era como um livro aberto que todos poderiam saber seus sentimentos porque estavam estampados em sua face.

— Acho que é a única então, todos os outros estão sem esperança porque o objetivo é encontrar o avatar e só assim poder voltar a nossa nação. Praticamente fomos todos exilados.

— Mas você e eu estamos aqui porque queremos.

— Tem algo muito importante pra mim nesse navio.

— O príncipe Zuko?

— Você também é ótima em adivinhação, acho que poderemos nos divertir bastante nessa possível longa jornada.

— Só sou boa nisso e em dominação. - Eleanor sorriu torto passando a mão por um cacho definido.

— Acredito que também posso aprimorar suas habilidades já que vamos ter muito tempo livre. E falando em dominação, seu primeiro paciente provavelmente já está lhe esperando, senhorita Wong.

𝐂𝐎𝐌𝐏𝐀𝐒𝐒𝐈𝐎𝐍 | 𝙕𝙪𝙠𝙤 (𝒍𝒊𝒗𝒆 𝒂𝒄𝒕𝒊𝒐𝒏)जहाँ कहानियाँ रहती हैं। अभी खोजें