capítulo 7

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- Alô? Mestre, precisa de algo?
- Já terminou seu trabalho?
- Ele está na minha mira, já, já vamos conseguir se vingar mestre - a garota fala, voltando sua atenção para o alvo
- Perfeito!- o barulho do 'bip' do celular denuncia que a ligação foi encerrada, a garota solta um suspiro, antes de olhar para a mira da sua arma, era impossível avista-la, já que a mesma encontrava-se no terraço de um prédio antigo.
- Achei você!- ele fala encontrando uma cabeleira loira, vinha acompanhado de uma pessoa irreconhecível, mas isso não era problema para ela, alvo na mira, o gatilho foi puxado, o silenciador abafava o som do disparo, ela pega seu celular novamente digitando para um número salvo como "Mestre"
'Alvo abatido, missão cumprida'
Antes de limpar todo o local e pegar seus "brinquedos" e descer pela escada e sumir pelo fundo do prédio.

🌥️
Takemichi

Acordo ao som irritante do meu despertador, alertando ser 05h30 da manhã, eu cautelosamente me levanto cuidando para não despertar os presentes ali na minha sala, ainda sonolento subo em direção a meu quarto me banhar.
A água estava ótima, mas infelizmente, tive de sair dela, visto a roupa do colégio, que consistia em uma calça azul, uma blusa de botão branca, a gravata vermelha que eu usava bem frouxa e um casaco, também azul
Eu desço, ainda silenciosamente, em direção a minha cozinha levando um susto ao me deparar com uma Emma toda descabelada.

- Você vai para casa se arrumar para a escola?- eu peço para a mesma, por não me lembrar se eles trouxeram o uniforme

- Ah, não, trouxemos nossos uniformes ontem, e os matéria deixamos sempre no nosso armário da escola.

- Ata, então acorda eles para mim? Já são 6 horas e você tem bons métodos para isso -falo dando uma piscadela para a menina que logo compreende, logo ela começa a procurar por algo no meu armário, logo retirando do local uma panela e uma colher da pau, indo em direção a sala e quanto batia um objeto no outro, enquanto gritava algo como "bora acordar bando de piranhas e vagabundos" ou " seus pobres, vamos acordar" dava-se para escutar os palavreado de baixo calão ou xingamentos razoáveis direcionados a loira.
A mesa estava posta, pouco a pouco as 'crianças' foram chegando, me surpreendo ao ver Inui com o uniforme do nosso colégio.

- Desde quando você estuda na mesma escola que nós?- peço ainda mastigando, logo me repreendendo pela falta de educação

- Fui transferido semana passada, para começar hoje.

- E em qual sala você está?- pergunta vinda de Angry, um Angry ainda sonolento

- Tô na turma 3°A e vocês?

Nós também estamos no terceiro ano, só que o Mitsuya, Smile, Emma e Hinata ficaram da turma B, eu, Angry e o Fuyu na sala A.
Após minha fala ele aparenta ficar mais calmo, ele parecia nervoso.

- Ah takemichi, antes que eu me esqueça o que você, o riquinho e o Inui conversaram ontem na cafeteria?- Chifuyu, o curioso, me pede fazendo-me parar de mastigar e olhar para o Seishu e o Hajime em busca de saber o que falar, eles apenas dão de ombros e voltando sua atenção pra o prato a sua frente.

- Eles fazem parte da Black Dragons, aí eles me pediram se eu também queria fazer parte- aproveito para falar, pois as meninas não estão aqui, estão se arrumando demoradamente no andar de cima

- Sério? E você aceitou?

- Sim

- Por que não fala para eles qual sua função e posto na gangue?- Kokonoi fala finalmente olhando para mim e logo depois da um sorrisinho. Maldito Kokonoi.

- Eu sou o líder da gangue- falo a olha-los e escuto todos fazerem um som demostrando surpresa. Antes deles falarem qualquer coisa as meninas chegam no cômodo e o assunto se encerra por hora. Estamos a caminho da escola, menos o Kokonoi, segundo o Inui ele era vagabundo e não estudava.
As aulas foram ótimas, hoje tinha apenas matemática, educação física e ciências, hoje era dia de uma das provas mais importantes do ano, então teve cachorro quente no intervalo.
No encerramento das aulas, o Seishu segura meu braço e pede se poderíamos conversar, eu me despeço dos meus amigos seguindo o Inui, andamos lado a lado e em silêncio até chegar a uma certa distância do colégio.

- Tudo bem se fomos até uma sorveteria aqui perto Take?- ele pede quase em sussuro

- Claro!- digo animadamente - Olha, não querendo ser evasivo já que nos conhecemos a pouco tempo, você e o Kokonoi tem alguma coisa que eu sei- Falo e ele fica levemente vermelho, me fazendo sorrir eufóricamente, meu novo ship era real

- Promete não contar nada a ninguém?- eu aceno rapidamente um sim - Nós ficamos, mas eu não quero só ficar, sabe eu queria algo sério, mas estou com medo dele ficar bravo ou decepcionado.

- Você devia falar com ele, se ele gostar de você ele também vai querer você só para ele- falo na tentativa de o animar, continuamos o resto do caminho falando sobre maneiras dele falar com o Kokonoi ou pedir em namoro, na metade do caminho meu cadarço dessamara, eu paro para amarra-lo e ele para me esperar, mas logo ele continua o caminho por eu ter feito um sinal para ele continuar logo eu o alcançaria.

Ou era isso que eu pensava.

Eu me levanto rapidamente pronto para correr até ele, quando eu sinto uma dor terrível no meu ombro esquerdo, eu olho para o local de onde eu sentia a origem da dor, minha camisa antes branca agora estava em um tom forte de vermelho, meu ombro agora carregava um buraco, deduzi que foi onde a bala atingiu, por pouco não acerta meu coração, mas em compensação jorrava sangue, o Inui se vira, deve ter percebido minha demora, foi a última coisa que eu vi, antes de perder minha consciência e ir de encontro ao chão.

Inui

Eu vou indo na frente do Hanagaki, devagar , eu noto sua demora então me viro para olhar o motivo da demora e vejo uma cena que me marcou na mente e me aterrorizou, senti um medo extremo e quase perdi minhas forças e, decorrentemente, o equilíbrio , quando volto a realidade corro em direção a um Hanagaki, cheio de sangue e caído no chão.
Ao chegar perto do seu corpo, eu posso analizar seu atual estado, rapidamente pego meu celular e chamo uma ambulância com urgência, nesse momento lágrimas banham meu rosto, lágrimas de medo, tristeza e... Dor, só de pensar em perder o meu único amigo fora o koko, sem falar na culpa, se eu não tivesse o chamado ele não teria sido baleado.
A ambulância chegou e levou o Takemichi as pressas para o hospital, eu entro junto.
Eu não tinha como avisar ninguém do ocorrido, pois meu celular descarregou e o de Takemichi era bloqueado.
O de madeixas loiras foi levado as pressas para uma sala de cirurgia, fui informado de que a bala, por sorte dele, não chegou a atingir o coração, mas ficou alojada nas proximidades do órgão e isso era um grande risco.
O celular do Takemichi começa a tocar, agradecendo aos céus, eu atendo era o garoto chamado Chifuyu, seu tom de voz parecia preocupado

- Takemichi Hanagaki, onde diabos você se enfiou? Já são 16h da tarde, você saiu e não deu notí-

- Não é o Takemichi, Chifuyu, aqui é o Inui- falo com a voz embargada pelo choro

- Você tá chorando? O que aconteceu? Cadê vocês? Por que você tá com o celular do Take-kun?

- Calma aí Chifuyu, sim eu estava chorando, porque... Senta primeiro se você estiver de pé

- Tá, sentei, fala agora

- Eu estou no hospital, o Takemichi levou um tiro, fez uma cirurgia, não sei se já saiu do quadro de risco em que ele estava, eu não liguei para ninguém por que meu celular descarregou e o dele tinha senha, atendi sem desbloquear ele.

- Meu Deus do céu Inui! Fala o nome do hospital que estou indo agora aí.

- Eu não sei o nome do hospital, só sei que está perto perto de um hotel azul e de um mercado no centro da cidade.

- Já sei onde é, estou a caminho.

Ele falou e fez, não tardando muito após o encerramento da ligação. Veio ele, e junto dele vieram os seus amigos e Kokonoi, o mesmo vem e me puxa fazendo-me levantar, ele senta no meu antigo lugar, eu ia falar algo a respeito, mas sou surpreendido por ele que me puxa, me fazendo sentar-se novamente, só que em seu colo e me abraça fazendo carinho em meus cabelos, acho que eu não estava em um bom estado, já que os meninos se sentaram e não pediram-me nada sobre o incidente, eu fechei meus olhos aproveitando o carinho que o alfa me oferecia, tentei não dormir, mas sinto que minha consciência cada vez mais se esvaia, até me fazer adormecer nos braços de Kokonoi.

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1498 palavras.

Traidor?!Where stories live. Discover now