Traidor?!

capítulo 2

Takemichi

Eu acordo com o som da campainha ecoando por todo minha casa, eu sinto um peso sobre minhas pernas e barriga, elevo um pouco minha cabeça para ver o que era e solto uma risada baixa. Hinata estava deitada de atravessada na minha cama, seus braços estavam abertos, suas pernas, uma em cima das minhas e a outra em minha barriga, ela estava deitada de bruços e... babando.
Eu levanto devagar, para não acordar a de madeixas rosadas, com sucesso, pois, sou bom em ser sorrateiro, treinei essa habilidade por anos, eu pego meu celular e bato uma foto da menina adormecida, para mostra-la depois, a campainha toca novamente, então eu desço para a porta de entrada aí da de pijama e vejo meus amigos.
Eu abro espaço para eles entrarem e não consigo esconder minha alegria por ter certeza de que eles acreditavam em mim. Eles se sentam no sofá e me encaram, derrepente eles começam a rir e eu fico sem entender nada.

—O que foi gente? -eu peço fazendo a volta na mesinha do centro e me sentando no outro sofá.

— A sua roupa... você está tão cute cute -diz Chifuyu e começa a sorrir como se não tivesse amanhã, mas logo esse sorriso se desfaz quando Mitsuya diz "mas... não foi por isso que viemos aqui"
Essa frase acabou com a minha paz, eu comecei a tremer minhas mãos e eu sentia um frio na barriga, coluna e até em outros lugares, ficou um silêncio constrangedor naquela sala, até que o Mitsuya a "mãe" do grupo –já que nós consideramos um família, o Mitsuya é a "mãe", o Fuyu é o "irmão mais velho", o Smile é o "irmão do meio" por ser o mais encrenqueiro, já eu e o Souya somos os "bebês" dessa pequena família– olhou para mim e viu eu ficar ansioso, logo, na tentativa de me acalmar diz

— Calma Take, não precisa ficar nervoso, nós apenas viemos te buscar -ele diz colocando um sorriso gentil no rosto, que me faz, pouco a pouco, me sentir melhor

— Me buscar? -eu falo mostrando grande sinal de dúvida e eles acenam positivamente com a cabeça

— A gente vai devolver os uniformes da Toman... nós também saímos dela -ele adiciona a última frase vendo minha confusão, as vezes eu me amaldiçou por ser lerdo em certos assuntos

— Vocês não saíram da gangue por minha causa, né? - eu falo esperando que não, por que isso, mesmo eu sendo grato a eles por isso, acaba por me  fazer se sentir pior, por que já não basta eu ter sido expulso, eles saíram junto

— Não e sim. Depois que você saiu, nós fomos falar com o Mikey e o Draken, pedi da onde eles tiraram isso, vou narrar as falas e os fatos exatamente como aconteceram para você melhor entender - o Chifuyu fala, por que ele sabe que eu preciso dos fatos bem narrados por causa da lerdeza na qual fui atingido e até hoje me atormenta, adicionei como nota mental agradece-lo depois por isso
"Eu pedi pro Mikey, o que ou quem colocou essa ideia na cabela dele e o por que que ele te expulsou sem provas, aí ele  me respondeu 'eu só expulsei ele por que o Kisaki apresentou provas"- ele diz tentando e falhando miseravelmente copiar a voz do Manjiro- " eu já desconfiava que fosse culpa do tettinhas, mas voltando, aí eu perdi a cabeça e comecei a gritar com ele, pedindo se ele não sabia ou era idiota a ponto de perceber que ele nunca pareceu gostar de você e ele só me respondeu 'essa foi minha decisão como líder da gangue' aí foi a vez do Mitsuya que hablo muito, ele falou que como líder da gangue ele deveria levar em conta as coisas que nós, os membros, falavam, aí o Draken que estava escutando tudo, estourou de uma vez e gritou, como se fossemos surdos 'Se vocês não estão satisfeitos com essa decisão, saiam da Toman, porra!" -ele diz se envolvendo completamente na narração, se eu não estivesse tenso com o que ele falou, eu teria rido horrores.
"Então nós vamos devolver os uniformes depois da reunião deles, acho que já começou, aí viemos te buscar para você devolver o seu também, aí quem sabe de noite não saímos para se distrair um pouco, se é que me entende" ele diz dando uma piscadela para mim, acompanhado de um sorriso sacana, que me fez corar, pego o primeiro travesseiro que eu vejo e ataco em sua direção, arrancando risadas dos três que só nos observavam.
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766 palavras.