Capítulo 52 - sangue é o novo preto.

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Estávamos no jardim da frente da escola, junto com a Brianna e a Marc.

–O que você disse pro Jensen? – perguntei a Marc

–Disse que queria só focar no baile. – a loira respondeu de braços cruzados

–Tem certeza? – Brianna a reaprendeu

–A Megan entrou na minha cabeça, eu voltei com o Jensen e dei exatamente o que ela queria, uma chacota. – Marc respondeu

–Não liga pra ela amiga. – falei

–O problema é que eu voltei com ele e fui contra todos os meu princípios. Seu irmão está sendo um fofo mas eu não consigo... – a loira disse com a voz embargada

–Faz o que o seu coração mandar, Marc. – Brianna abraçou a amiga

–Ele foi tão insistente. – a garota não segurou suas lágrimas. –Dói muito...

–Amiga! – abracei ela

–Nós somos o seu amor. – Brianna beijou a testa da amiga

–É verdade! – confirmei

–Eu amo vocês!! – Marc apertou seu abraço

–Podemos conversar? – Jensen apareceu ali, ele olhava para o chão

–Acho que precisamos. – a loira respondeu

Os dois olharam pra mim e a Brianna, como um pedido de licença. Nós dois saímos de perto, mas eu puxei minha amiga para trás de um canteiro perto o suficiente pra escutar os dois.

–J.J eu não consigo mais. – Marc falou

–É ... a gente está tão feliz, Marc; Eu amo você e tô fazendo de tudo pra compensar o que eu fiz. – Jensen suspirou

–E você foi ótimo, Jensen, eu só não consigo esquecer. – a garota falou

–O que você quer que eu faça? Eu faço, Marc eu não quero perder você. – meu irmão insistiu

–Acho que você já fez tudo, eu gosto de você desde o dia que eu te conheci. – Marc acariciava o rosto do Jensen

–Marc, por favor me fala... – meu irmão segurou a mão da garota em seu rosto

–Eu preciso de um tempo. – Marc disse

–Então tá. – pude ouvir a voz trêmula do meu irmão

–Brianna, a gente tem que fazer alguma coisa. – sussurrei

–Não vai adiantar. – a minha amiga me segurou

–Podem sair daí de trás, o Jensen foi embora. – Marc disse

Abraçamos nossa amiga, ela começou a chorar.

–Eu preciso ir ver como Jensen está. – falei

–Tudo bem. – Marc disse

Achei meu irmão no estacionamento sentando em sua moto, ele olhava algo no celular.

–J.J. – chamei meu irmão, ele olhou pra mim e vi que ele estava chorando

–A Marc terminou comigo. – ele me contou

–Eu sei! – abracei meu irmão

Jensen desabou a chorar, Noa chegou ali e abraçou o amigo imediatamente.

–Eu não quero perder ela. – meu irmão disse

–Da um tempo pra Marc. – Noa o aconselhou

–É tudo culpa da Megan. – Jensen disse

–Pode ser, mas você não vai fazer nada. – o repreendi

–Não vou, até porque vocês também tem parte nisso. – o me irmão respondeu

–Nos?– o questionamos ao mesmo tempo

–Essa mentira de namoro, se isso não tivesse acontecido ela nunca ia voltar pra nossa escola. – ele retrucou

–Ah Jensen, uma hora dessas? – não escondi minha chateação. –Se você tivesse sido gente e feito o mínimo de não trair a Marc, isso não teria acontecido.

–Amor, se acalma. – Noa me pediu

–Não vou me acalmar, não vem querer culpar os outros por ser um babaca! – cuspi as palavras e sai andando

Me arrependi imediatamente pelas minhas palavras, estava indo para o banheiro quando percebi Brianna vindo em minha direção com o Seth e a Caroline.

–Atlas?! – ela me chamou

–Vem com agente poc, vamos acabar com aquela ruiva. – Seth falou

–Vocês, garotos, não podem fazer nada, mas eu já tô cansada dessa garota. – Brianna falou

–O que tá acontecendo? – os questionei

–Temos um plano. – Caroline disse com um sorriso infame

–O que nós vamos fazer? – os indaguei

–Vamos expor todas as atrocidades dela, tipo em Carrie só que vamos expor a megera. – Brianna falou

–Ela vai sair daqui humilhada. – Seth falou

–Parece interessante. – falei

Eles me contaram os resto do plano; fui pra casa com o Seth. Cheguei lá meu irmão me viu, se virou e foi para o quarto, meu pai estava apoiado no balcão comendo uvas e fitava nossas ações lentamente.

–Que foi? – perguntei a ele

–Nada... – meu pai respondeu. –Aconteceu alguma coisa?

–Ele e Marc terminaram de novo. – contei

–E entre vocês dois? – ele insistiu

–Ele disse que a culpa era minha e do Noa, e eu disse coisas bem duras pra ele. – respondi

–Agora eu entendi. – meu pai falou

–Você não tem nada sábio pra dizer? – o questionei

–Não só sou fofoqueiro mesmo. – meu pai comeu uma uva. –Mas vocês são irmão, e são grudados desde o dia em que você nasceu. Seu irmão te ama, só tá chateado, da um tempo pra ele.

–Agora sim. – sorri. –E eu quero uva!

Peguei algumas do pote.

–Lavou as mãos? – meu pai me repreendeu

–Não! – respondi

–Tá afim de jogar Mortal Kombat? Comprei o que laçou esse ano. – meu pai me chamou

–Você perde sempre. – impliquei, enquanto íamos pra sala

–Eu tenho treinado. – ele disse

–Vamos ver, Dylan Hope! – sorri

–Se prepara pra tomar um coça, Atlas! – meu pai me entregou o controle

Depois de um tempo jogando, percebi que meu pai havia realmente treinado.

–Nossa, o senhor está bom mesmo. – olhei surpreso pra ele

–Não falei? – ele sorriu

–Na próxima sou eu. – Jensen chegou ali

Eu e meu pai nos olhamos.

–Tudo bem, mas seu pai aqui tá dando uma coça no seu irmão. – meu pai implicou

–Hahaha. – debochei

–Quero ver quem ganha de mim. – meu irmão disse

Pelo menos por cinco minutos e eu o Jensen ficamos em paz, foi divertido ter um momento com o nosso pai...

Meu Namorado De Mentira | Romance GayOnde as histórias ganham vida. Descobre agora