Capitulo 26 - canalha.

827 85 18
                                    

P.o.v: Noa.
–O que deu em você? – murmurei enquanto o Atlas ia pra longe

–Eu acho que eu sei o que deu nele. – Jensen cruzou os braços

–Ou melhor quem. – me virei para o meu amigo. –Acha que o meu pai brigou com ele?

–Pode não ter brigado, mas o Atlas estava com um papo de fazer a coisa certa. – meu amigo me contou

Travor se aproximou de nós.

–Noa, será que podemos conversar? – ele me perguntou

–Não sei, eu tô com muita coisa na cabeça. – respondi

–É importante. – o garoto insistiu

–Já que você não chegou com nenhuma "piadinha". – Jensen cruzou os braços

–Eu acho que eu sei o que aconteceu com o Atlas. – Travor disse

–Então fala. – falei impaciente

–O seu pai e ele conversaram no P-flag semana passada. A senhora Hope interviu e ficou um clima ruim, seu pai disse que eles só estavam conversando mas acho que tem a ver com vocês. – o garoto contou

–Só confirmou minhas suspeitas. – falei

–E o que você tava fazendo no P-flag? – Jensen o questionou

–Minha mãe me levou, porque eu tava sendo um babaca homofóbico. – Travor respondeu

–Tava mesmo. – meu amigo disse

–Vamos falar com o meu pai. – chamei Jensen

–Deixa eu me trocar antes. – ele me puxou

Depois de um banho e trocar de roupa fomos para a minha casa, meu pai estava sentando na sala lendo alguma coisa no notebook. Minha chegou em casa ao mesmo tempo que eu.

–Filho! – ela me abraçou

–Oi tia Martha. – Jensen acenou para minha mãe

–Querem alguma coisa pra comer. – minha mãe ofereceu, ela parecia eufórica

–Eu vim falar com o meu pai. – fui direto e seu olhar mudou

–O que aconteceu? – minha mãe me questionou

Fui até o meu pai que ficou me encarando.

–O que foi? – meu pai deixou o notebook de lado

–Você sabe o que fez. – cruzei os braços. –Eu que quero saber, o que você disse pro Atlas?

–O que você falou com o Atlas? – minha mãe o encarou com o olhar sério

–Eu não falei nada, Martha, seu filho tá querendo arrumar briga. – ele respondeu

–Um garoto da nossa escola viu, e a minha mãe também. – Jensen contou

–Tá bem, ele tava lá naquele clubinho esses dias, eu só o aconselhei. – ele respondeu sínico

–Aconselhou ele a terminar comigo. — retruquei e o olhar incrédulo da minha mãe mostrou que ela não fazia ideia do que meu pai havia feito

—Eu só queria o melhor pra vocês. – ele respondeu apático

–Thomas, você é realmente inacreditável. – minha mãe mostrou sua indignação

–O senhor não tem consideração nenhuma? Expulsou o Noa de casa sem pestanejar, isso não é querer o melhor, o senhor é um homofóbico de merda. – Jensen disse quase gritando

–Desde quando você pode falar assim comigo? – meu pai o questionou

–Desde que você se meteu na vida do meu irmão. — Jensen respondeu

–Se acalma querido. – minha mãe pediu e segurou os ombros do meu amigo

–Querem saber eu fiz mesmo, não quero um filho como você. Até falei com os pais da Megan pra deixar ela voltar pra sua escola, para poder ver se você virava homem de novo. – meu pai confessou

–Eu não acredito nisso, Thomas. Eu achei que você estava mudando. – minha mãe disse desapontada

–Martha eu nunca vou aceitar isso. – o homem respondeu

–Sai da minha casa. – minha mãe disse

–O que ? – meu pai olhou incrédulo

–Sai dessa casa, eu não vou ficar com um homem como você. – minha mãe o encarava sem esboça nenhuma reação

–Martha você não pode fazer isso. – meu pai suplicou

–Eu não só posso, como eu estou fazendo. Você tem uma hora pra arrumar suas coisas e sair da minha casa, e amanhã você pode dar adeus ao seu cargo na minha empresa. – minha mãe o avisou

–Você tá de cabeça quente, querida. – Thomas se aproximou da minha mãe. –Não está pensando com clareza.

–Eu tô, sim. E tô cansada de você me fazer de maluca para os outros, me diminuir. Não é só pelo nosso filho, isso também é por mim. – minha mãe cuspiu suas palavras

–Você está fora de si. – meu pai respondeu

–Você vai me ver fora de mim se você não for pegar suas coisas. – minha mãe retrucou

–Martha você não vive sem mim, sua mulher patética. Você não é nada sem mim. – Thomas disse quase gritando

–Thomas, você que não é nada sem mim. Seu pobretão pé rapado, se não fosse pelo meu dinheiro, minha empresa, se eu não tivesse pago uma faculdade pra você, você não seria nada na vida. – minha mãe disse com seu choro entalado

–Sabia que um dia ia jogar isso na minha cara. – mau pai se fez de vítima.

–Sai da minha frente. – minha mãe gritou

O homem subiu e nós ficamos ali embaixo nos encarando. Ele não demorou e desceu com uma pequena mala, passou por nós e pegou a chave do carro.

–Ei, Thomas. – minha mãe chamou ele

–O que foi, já se arrependeu? – ele voltou

–A chave do meu carro. – ela estendeu a mão

–Eu como eu vou fazer pra ir? – Thomas a questionou

–Não sei, vai a pé, de táxi, aplicativo. Não me interessa, mas o carro não é seu. – minha mãe disse

Meu pai jogou as chaves do chão e saiu resmungando...

Meu Namorado De Mentira | Romance GayWo Geschichten leben. Entdecke jetzt