Capítulo 22 - casamento.

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P.o.v: Atlas —
Me encarava no espelho, havia acabado de cortar meus cabelos para ir ao casamento, Noa saiu do banheiro só de calçar, aquelas entradas em seu abdômen me deixavam fraco.

–Finalmente eu posso dizer em voz alta, você tá um gostoso. – passei minhas mãos pelos seus ombros

–Em voz alta, quer dizer que antes você só pensava? – Noa disse com um sorriso bobo

–Não faz eu me arrepender de ter dito. – dei um selinho nele

–Você tá lindo com esse corte. – o garoto me encarava sorrindo

–Vai terminar de ser arrumar, você é padrinho do seu irmão. – dei um tapa em sua bunda

Descemos e fomos para o jardim onde seria a cerimônia. Estava tudo muito bonito com flores brancas e galhos de lavanda.

–Tô bonito? – Noa me perguntou fazendo uma pose

–Espera ... – ajeitei sua gravata, ele segurou minha cintura

–Sabe que não precisa fazer esse tipo de coisa na frente dos outros. – o pai dele chamou nossa atenção

Noa revirou os olhos, e o homem fez uma expressão mostrando nojo.

–Você não pode falar assim com a gente. – o garoto respondeu

–Você realmente não é meu filho, eu não criei você assim. Um Addison gostar de homem, porque você não é como o seu irmão? – Thomas mantinha seu olhar de reprovação

–Eu não sou o Aidan, eu só tenho dezessete anos. – Noa retrucou

–Você sempre dá uma desculpa, Noa. – o homem retrucou. –Se fosse pra ter um filho frouxo como você eu teria parado no meu primeiro.

–Você não conhece seu filho mesmo. – dei um passo pra frente

–Eu prefiro manter assim, e Atlas eu nunca gostei de você, sempre que meu filho estava perto de você ele virava uma bixinha. – ele cuspiu suas palavras

–Pai não vai dar vexame no meu casamento. – Aidan chegou ali. –Se você está incomodado com a presença deles aqui, pode subir pro seu quarto, eu prefiro que você não fiquei.

–Tanto faz. – o homem subiu ascendendo seu cigarro

–Olha só, se você acha que o Noa é menos homem por gostar de mim, o senhor nunca esteve tão enganado. Eu espero que você se de conta do filho maravilhoso que você tem, antes que seja tarde demais. – falei, o homem apenas me escutou, o elevador chegou e ele entrou se falar nada.

O resto da noite eu fiquei pensativo sobre o que havia acontecido. No outro dia pegamos nosso voou e voltamos para casa, em casa eu tomei um banho e fui me deitar, eu não estava cansado por ter dormindo o voou todo, mas queria ficar sozinho.

–Ei irmãozinho, o que aconteceu nessa viagem? – Jensen entrou no meu quarto

–Foi muito ruim pro Noa ser tirado do armário, o pai dele é horrível. – falei

–No fim, a gente só acha que conhece as pessoas. – ele se sentou ao me lado. –Eu vou te contar, mas você precisa guardar segredo. O Noa só se afastou de você por causa do pai dele, eu fui contra vocês fingirem ser um casal porque o pai dele é muito homofóbico e eu não queria que isso respingasse em você.

–Ele me disse que era porque gostava de mim. – falei

–Pode ser também, mas o pai dele disse pra ele para de falar com você. – meu irmão disse

–Você é um ótimo irmão. – abracei o Jensen. –Só que agora e eu tô apaixonado pelo Noa...

Meu irmão ficou me encarando por alguns segundos.

–Ainda bem que você se tocou. – ele sorriu aliviado

–Mas depois do que o pai dele disse pra gente eu não acho que seja uma boa ideia. – falei

–Olha só, Atlas, é uma boa ideia se você gosta dele. E agora eu sou contra você dar pra trás. – meu irmão disse

–Tá bom. – sorri

–E ele assumiu que gosta de você? – meu irmão me perguntou

–Sim! – não contive meu sorriso

–Se ele vier me contar eu vou fingir que eu não sabia. – Jensen sorriu

–Ah e como foram as coisas por aqui? – perguntei a ele

–Aconteceu tanta coisa. – ele respondeu, Jensen me contou todo o que aconteceu no final de semana, e quando demos conta o sol raiva do lado de fora.

Depois de um banho longo eu sai do banheiro já vestido, o Noa me esperava na sala. No carro ele dirigia segurando minha mão.

–Você ficou quieto, não falou comigo. Foi pelo que o meu pai disse? – ele me perguntou enquanto olhava a estrada

–Foi, sim. Por um momento pensei não estar fazendo o certo. – respondi

–Você me fez apaixonar por você, e eu não vou me dar por vencido assim. – Noa sorriu

–Você tem certeza que quer passar por isso? – olhei relutante para ele. –Foi um pouco assustador.

–Atlas, eu tenho certeza desde que tinha cinco anos. – ele manteve seu sorriso confiante. –Eu vou te proteger.

Chegamos na escola e saímos do carro de mãos dadas.

–Olha se não são as duas novas bixinhas. – Travor nos cercou

–Fica na sua, Travor. – Noa retrucou

–So tô dando bom dia. – ele sorriu sínico. –E aí Atlas, deu muito a bundinha ontem?

–Eu falei pra você ficar na sua. – Noa encarou o Travor com os punhos cerrados

–Eu não tenho medo de você, gayzinho. – o garoto retrucou

–Tira mão dele! – Jensen chegou ali junto com o Jake e o César, dois garotos do time de lacrosse

Travor olhou para os quatro e se desarmou.

–Essa escola tá um saco. – o garoto murmurou saindo de perto de nós

–Obrigado gente. – falei

–Ele não vai mexer com vocês. – Jensen disse

–Valeu gente. — Noa agradeceu

Fomos para a aula, encontrei as meninas e o Seth na sala. Me sentei com a Brianna e a Marc com o Seth na mesa da frente.

Meu Namorado De Mentira | Romance GayTahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon