🔥 04. Lamentos e Descobertas ❄️

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   No entanto, nossa atenção voltou-se para Martha e os homens que a levavam para fora do celeiro. Impulsionados pelo medo e desespero, corremos até o encontro dos homens; um deles estava com a mulher nos braços, enquanto outro empunhava sua espada.

   Eles não tinham mais escapatória. Todos os enviados estão mortos. Eles parecem se dar conta disso quando avistam seus companheiros estirados na grama. A cena revelou James, ainda consciente, ao lado deles, com a espada ainda atravessada em seu abdômen. Ao testemunhar aquele cenário, Martha desesperou-se e começou a se debater quando o homem a segurou com uma espada junto ao pescoço.

— Shiii, quietinha se não quiser ter o mesmo destino que seu marido. — o homem sussurra ameaçadoramente, direcionando seu olhar para nós dois— Vocês ficaram bem melhores depois de suas pequenas fugas, crianças. Estávamos à procura de vocês. —Informou — Quem diria que os encontraríamos os dois, e juntos ainda por cima?

— Nos procurando? — pergunto, aproximando-me lentamente, mas o homem logo percebe.

— Fique parada onde está, se não ela perde a cabeça, e não é isso que queremos, não é princesinha? — ele diz apertando mais a faca ao redor do pescoço de Martha.

— Como assim nos procurando? — Agora, é Ygor quem questiona dando mais um passo. Ele para quando o homem aperta com mais força o pescoço da mulher.

— Pois bem, quem diria que resolveríamos dois problemas de uma só vez. A princesinha e o fugitivo. Você, garoto, é mais um efeito colateral. Não passa de um bastardo. — ele diz cheirando o pescoço da mulher que se encolhe enojada — Mas você, princesinha, é bem mais preciosa, muito mais valiosa do que esse vira-lata.

— Ele poderia muito bem me substituir. — afirmo, lembrando daquele lugar nojento, não era uma boa opção, mas eu era uma inútil naquele lugar. Pelo menos para eles. Não fazendo ideia do que estávamos falando, Ygor me encara com o cenho franzido. O homem sorri histericamente, mostrando seus dentes amarelados.

— Vejo que você não reconhece o próprio valor, princesinha, mas desta vez, não sou eu quem terá a honra de lhe dizer qualquer coisa. Se optar por nos acompanhar, talvez permitamos que seu cachorrinho permaneça. Mas só se vier conosco, mocinha.

— Ela não irá com vocês. — Ygor dá um passo à frente e sua mão para contê-lo. Se ele avançar um pouco mais, podem acabar machucando-a — Shid!

— Eu vou com eles.

— Não, você não vai — ele diz protegendo-me, colocando seu corpo à minha frente. Aperto sutilmente seu braço duas vezes. Era o sinal que tínhamos combinado. De que ficaria bem, de que temos um plano, um sinal de que ele deveria seguir o que eu dissesse. Mas ele não parece convencido.

— Eu vou com eles e você cuida dos dois, eles estão feridos. — Digo encarando Martha. Seus lábios diziam de forma silenciosa para que eu não fizesse isso, que estava tudo bem, mas eu precisava tentar alguma coisa. Algo que pudesse ajudá-la, que pudesse libertá-la.

— Você não pode... — A voz de Ygor falha ao falar, e permanece com seu corpo ainda à minha frente.

— Eu preciso. — digo igualmente, paro ao seu lado o encarando — Por favor. — minha voz sai baixa, como se doesse falar. Mesmo hesitando, ele cede, abrindo espaço.

Estou a quase três passos do homem quando ele lhe diz:

— Que cena mais fofa, princesinha. — ironiza o homem, quando solto a arma em minha mão e sigo em sua direção. — Mas você não deveria confiar em alguém que acabou de conhecer. — Diz e em seguida corta a garganta da mulher.

   O outro homem que estava empunhando a espada ataca Ygor, mas ele impede seu golpe e o desarma, desfere um golpe que corta seu abdômen e logo em seguida o pescoço.

A Sombra da RealezaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora