Dez ✾

4 0 0
                                    

Olá, sei que demorei um pouco, mas a partir de hoje, tudo voltará ao normal.


Eu acordei com curtas, mas apressadas batidas em minha porta.

Me sento na cama ainda sonolento e vejo o quarto luxuoso, ainda escuro pela penumbra da madrugada. "03:45". Me levanto descalço e caminho até a porta, sentindo o mármore frio em meus pés.

(A atenção da cena segue o pijama de seda verde do governante com detalhes em bordado)

 Quando abro a porta, vejo Hakon com um terno um pouco abarrotado, ao lado de dois seguranças, que com um sinal, se afastam deixando nós dois

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

 Quando abro a porta, vejo Hakon com um terno um pouco abarrotado, ao lado de dois seguranças, que com um sinal, se afastam deixando nós dois.

-Pelo o amor de santo Cristo. -Aliso meu rosto tentando aliviar meus olhos cansados. -Me fale que é muito importante ao ponto de você ter optado a me acordar a essa hora, não de manhã.

Um dos serviçais passa em silêncio, se espremendo no batente da porta para não roçar no braço de Hakon. Ele caminha até o enorme guarda roupa branco retirando meu traje casual.

O quarto parece de um imperador: Enorme cama com edredom cinza que cai para fora, uma varanda com vista para a cidade, placas de mármore nas paredes. Todas as janelas e portas de vidro são temperadas, prontas para aguentar praticamente qualquer ataque.

Entro para o quarto e me prostro ao lado da cama, onde o serviçal me veste, apertando os botões e ajeitando a gola da camisa elegante que segue a paleta de cor verde campo. Hakon está tenso, como se fosse explodir a qualquer momento.

-Prossiga, Hakon, o que te aflige? -Estou na frente de um espelho enorme arrumando as mangas. O serviçal faz um nó delicado mas firme em um sapato de terno marrom. -Você já me acordou do nada. -Rio tentando da situação. -Fica todo misterioso de repente.

-Senhor!

Hakon levanta a voz e eu o encaro pelo seu reflexo no espelho, até mesmo o franciano rapaz se encolhe parando a minha arrumação. Ele nunca teria essa atitude se não fosse algo sério, então, tem minha total atenção.

-Porque você não me falou isso antes? Era melhor ter derrubado a porta, mas ter falado logo.

Estamos andando a passos largos e rápidos pela capital, alguns serviçais se aproximam para me bajular, mas logo são dispensados por olhares raivosos. De noite, eles parecem como ratos, numerosos, caminhando de um lado para o outro em silêncio fazendo suas funções para que no amanhecer, a capital esteja impecável.

Os guardas noturnos estão mais atentos e prestam continência ao meu passar apressado. Eu estou passando um pente em meu cabelo o puxando para trás terminando de me arrumar caminhando.

-Mas senhor, eu fui tão pego desprevenido como você. -Ele ajeita a gola do paletó. Um cacoete que sempre faz quando está nervoso. -Temos que ver todos os lados. -Ele gesticula enquanto caminha ao meu lado. -Eles podem estar dormindo, ou só ser uma falha ou...

Guardiões de ízisOnde histórias criam vida. Descubra agora