Oito

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Robin foi levado pelos guardas até o castelo do Reino de Odin. Como dito anteriormente, o acesso ao palácio se dava através de uma ponte, uma ponte grande feita de ferro e chumbo.

 Enquanto era acompanhado por um grupo de soldados, o ladrão olhou para baixo, vendo uma enorme ravina de uns 800 metros de profundidade. O palácio do Reino de Odin ficava um pouco longe das casas, em cima de uma colina de terra seca.

 Haviam várias estátuas de dragões feitas de bronze, prata e ouro em cima do majestoso edifício. De longe, Robin pôde ver a festa e o dragão verde voando e fazendo manobras no ar.

Os portões pretos cheios de espinhos se abrem e ele é empurrado para dentro do pátio, onde alguns homens treinavam. Todos param e observam espantados a chegada do ruivo.

 Logo em frente, estava outro portão, mas dessa vez, aquele daria para o hall de entrada, onde estava o trono do rei. As portas se abrem.

 O saguão tinha um piso cor vinho com quadrados amarelos, a parede era pintada de preto e amarelo e no trono em formato de um dragão preto e dourado, não estava o rei, mas uma moça de cabelos pretos e olhos vermelhos.

 Ela era elegante, usava um vestido vermelho e uma tiara dourada. Em sua mão direita estava um cálice dourado que usava para beber vinho. Ao ver Robin, ela ri.

 - quanto tempo, Robin Hood. – A moça leva o cálice até os lábios, os estalando em seguida.

 - concordo, Diana. – Um dos soldados atrás dele chuta sua barriga, o fazendo cair de joelhos.

 - se ajoelhe diante de vossa senhoria, verme maldito!

 A princesa novamente ri:

 - vejo que não mudou nada os seus costumes. – A jovem sibila com o Peso do julgamento em seus olhos cor de sangue.

 A alegria da princesa era inegável, o prazer que sentia ao olhar Robin de joelhos diante dela transbordava, um momento que ela esperou durante três longos anos e, que iria aproveitar ao máximo cada momento antes de sua terrível execução que ela já tinha planejado há muito tempo.

 - senti sua falta, dragãozinha – o ladrão debocha com um sorriso no rosto. Diana faz um leve gesto com a mão e o soldado chuta as costas dele.

 - ainda tem a ousadia de me chamar assim, patético. Vamos ao que interessa – a princesa coloca o cálice em uma mesinha ao lado do trono e em seguida, um dragão pequeno e vermelho chegou voando até seu colo – aí está você, minha pequena fera de fogo. – Diana acariciava a criatura, cima a mesma se esfregava nela e fazia um barulho como o ronronar de um gato. Continuando... Como bem sabem, Robin Hood, você é acusado por diversos crimes, entre eles: roubo, furto, assassinato, estelionato, fraude, traição à coroa, insulto ao rei, à rainha e também a mim. Tudo isso daria a você uma pena de morte, mas antes precisa ser julgado pelo rei, meu pai, que se encontra ausente por assuntos da coroa. O certo seria que você tivesse um julgamento justo, com toda o tribunal e juízes da coroa, mas não vai ser necessário, pois eu mesma te condenado à execução que será realizada amanhã perto do nascer do sol.

 - tudo isso? Deveriam saber que uma noite é muito tempo para deixar um ladrão de alto nível como eu preso. Eu vou conseguir escapar...

 - seu ego é bem alto, Hood. Mas a nossa segurança está bem melhor do que a última vez. – O dragão no colo da princesa rosna e bufa para o ladrão, que ri.

 - não sente saudade dos velhos tempos? Dragãozinha. Eu e você, desafiando todos os membros do conselho da coroa.

 - cale a boca seu maldito! – A princesa grita ao ponto do soldado se assustar e o fogo das tochas se moverem – você me apunhalou pelas costas, traiu a mim e a minha família! Fingiu estar apaixonado por mim para me roubar! E isso, eu nunca vou perdoar.

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⏰ Last updated: Feb 16 ⏰

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Fairy Tales: Era uma vezWhere stories live. Discover now