Cinco

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Após quatro dias cavalgando em seus cavalos, Robin e Annabeth chegam no Reino de Odin.

A entrada do reino possuía um portão de ferro e um arco de ouro, onde havia dois dragões feitos de bronze, um de frente para o outro. Alguns comerciantes chegavam no local com suas carroças que eram averiguadas por soldados que protegiam o portão.

O Reino de Odin era um dos reinos que Robin era procurado, mas não qualquer um, um dos mais perigosos.

Ele é considerado o Reino do dragões, isso porque a dinastia dali é formada por casas, e cada casa possui um dragão como símbolo de referência, indicando a força e o poder de cada uma.

O Reino de Odin se localizava em meio a colinas desérticas, o castelo ficava um pouco afastado da cidade, só sendo possível alcança-lo por meio de uma ponte enorme que levava até a imensa construção feita de ferro, bronze e ouro.

Para entrar ali, Robin precisou ser o mais discreto possível, se escondendo em seu capuz, já Annabeth, o ajudou a camufla-lo em meio a uma multidão de pessoas com roupas longas e escuras, afinal, tudo naquele lugar era escuro.

As tendas espalhadas dos dois lados das ruas se iluminavam com tochas em plena luz do dia. As casas eram feitas de pedra com a estrutura de metal. Estatuetas de dragões se estendiam por quase toda a parte. Elas faziam a nuca da garota de capuz vermelho arrepiar.

Ela sempre teve a curiosidade de saber como é um dragão de perto, mas a esse ponto, odiaria ter que ficar cara a cara com um.

Na última vez que ela viu Toyu, quando ele estava se despedindo dela para seguir sua própria vida, ele disse que iria para o Reino de Odin. Mas como já fazem três anos, Annabeth não tinha certeza que ele estaria ali.

- fala aí garota vermelha, como pensa em encontrar seu amigo? - Robin diz com a cabeça para baixo, evitando de olhar para as pessoas na rua.

- não sei, até acho que ele não está aqui, mas algo me disse para vir.

- algo? - O ruivo pensa um pouco - como ele é?

- a única coisa que você precisa saber é que ele anda com uma fada. - Robin a olha com uma expressão que dizia mais ou menos: fala sério, ele por pouco ri, mas se segurou.

- então estamos procurando o filho perdido da cinderela? - A garota o olha com desdém - já pensou na possibilidade do seu amigo ter morrido?

O rosto de Annabeth se contrai em uma expressão de raiva, por um segundo o ladrão pensou que ela bateria nele ou coisa do tipo, mas não.

- olha aqui, ladrãozinho esfarrapado, eu sou a única que o conhece, sei do que ele é capaz, se eu não tivesse certeza que ele estaria vivo não iria procura-lo! Não sei se conheceu minha vó, mas sabe que ela faria o mesmo, ela sabe de coisas que nenhuma outra pessoa sabe, acha que minha vó pediria para encontrar alguém que estivesse morto?

- não sei, só estava pensando nas possibilidades, garota vermelha. Mas por que sua vó já não te disse onde encontrar o seu amigo?

Annabeth suspira e vira o rosto para a frente, olhando a rua que continha um desfile, Robin percebeu que ela escondia alguma coisa.

As pessoas no desfile dançavam ao som de trombetas, berrantes, tambores e flautas. Elas vestiam roupas coloridas e coroas de flores, até que na rua transversal, um dragão vermelho feito de papel crepom e fitas amarelas e pretas passa dançando com as outras pessoas.

Impressionada, a garota se assustou quando dois homens sem camisas faziam malabarismo com barras que pegavam fogo e assopravam uma gigante labareda de fogo vermelho e incandescente.

Fairy Tales: Era uma vezWhere stories live. Discover now