37- 𝔸 𝕥𝕣𝕒𝕟𝕤𝕗𝕠𝕣𝕞𝕒𝕔̧𝕒̃𝕠

6 1 0
                                    

Amanda nunca fizera parte de um grupo tão esquisito

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

Amanda nunca fizera parte de um grupo tão esquisito. Bichento descia as escadas à frente; Lupin, Pettigrew e Rony vinham a seguir, parecendo competidores de uma corrida de seis pernas.

Depois vinha o Prof. Snape, flutuando feito um fantasma, os pés batendo em cada degrau que descia, seguro por sua
própria varinha, que Sirius apontava para ele. Amanda Harry e Hermione fechavam o cortejo.

Voltar ao túnel foi difícil. Lupin, Pettigrew e Rony tiveram que se virar de lado para consegui-lo; Lupin continuava a cobrir Pettigrew com a varinha. Amanda os via avançar lentamente pelo túnel em fila indiana.

Bichento sempre à frente. Amanda logo atrás de Harry, que ia logo atrás de Black, que continuava a fazer Snape flutuar à frente com a cabeça mole batendo sem parar no teto baixo. A menina tinha a impressão de que Black não estava fazendo nada para evitar as batidas.

— Você sabe o que isso significa? – perguntou Black abruptamente a Harry enquanto faziam seu lento progresso pelo túnel. Amanda escutava tudo a frente de Hermione – Entregar Pettigrew?

— Você fica livre... – respondeu Harry.

— É. Mas eu também sou, não sei se alguém lhe disse, eu sou seu padrinho.

— Eu soube – disse Harry.

— Bem... os seus pais me nomearam seu tutor – disse Black formalmente. – Se alguma coisa acontecesse a eles... Naturalmente, eu vou compreender se você quiser ficar com seus tios – disse Black. – Mas... bem... pense nisso. Depois que o meu nome estiver limpo... se você quiser uma... uma casa diferente...

Amanda sabia, como os tios do Harry eram. Desde de pequeno o trataram muito mal. E séria uma boa, o Harry sair da casa dos tios trouxas e morar com o melhor amigo dos seus pais.

— Quê, morar com você? – perguntou Harry, batendo a cabeça, sem querer, numa pedra saliente do teto. – Deixar a casa dos Dursley?

— Claro, achei que você não ia querer – disse Black apressadamente. – Eu compreendo, só pensei que...

— Você ficou maluco? – disse Harry, com a voz quase tão rouca quanto a de Black. – Claro que quero deixar a casa dos Dursley! Você tem casa? Quando é que eu posso me mudar?

Black virou-se completamente para olhar o garoto; a cabeça de Snape raspou o teto, mas Black não pareceu se importar. Amanda sorria de felicidade pelo amigo..

— Você quer? – perguntou ele. – Sério?

— Sério! – respondeu Harry.

O rosto ossudo de Black se abriu no sorriso verdadeiro. Os dois não se falaram mais até chegar ao fim do túnel. Bichento saiu correndo à frente; evidentemente apertara o nó do tronco com a pata, porque Lupin, Pettigrew e Rony subiram penosamente mas não houve
ruídos de galhos ferozes.

Black fez Snape passar pelo buraco, depois se afastou para Amanda, Harry e Hermione passarem. Finalmente
todos conseguiram sair.

Os jardins estavam muito escuros agora; as únicas luzes vinham das janelas distantes do castelo. Sem dizer uma palavra, eles começaram a andar.

Pettigrew continuava a arquejar e, ocasionalmente, a choramingar. Amanda percebeu que Harry sorria sozinho, estava pensando como seria morar com Sirius, e deixar os tios.

— Fico feliz por você – disse Amanda.

— Obrigado...

– Um movimento errado, Pedro – ameaçou Lupin que ia à frente.

Sua varinha continuava apontada de viés para o peito de Pettigrew. Em silêncio eles avançaram pelos jardins, as luzes do castelo crescendo com a aproximação.

Snape continuava a flutuar de maneira fantasmagórica à frente de Black, o queixo batendo no peito. Então... Uma nuvem se mexeu. Inesperadamente surgiram sombras escuras no chão.

O grupo foi banhado pelo
luar. Snape se chocou com Lupin, Pettigrew e Rony, que pararam abruptamente. Black congelou. Ele esticou um braço para fazer Amanda, Harry e Hermione pararem.

A garota viu a silhueta de Lupin. O professor enrijecera. Então as pernas de Amanda começaram a tremer.

— Ah, não! – exclamou Hermione. – Ele não tomou a poção hoje à noite. Ele está perigoso!

— Corram – sussurrou Black. – Corram. Agora.

Mas Amanda não podia correr. Rony estava acorrentado a Pettigrew e Lupin. Ela deu um salto para frente, mas Black a abraçou pelo peito e o atirou para trás.

— Deixe-o comigo... CORRA!

Ouviu-se um rosnado medonho. A cabeça de Lupin começou a se alongar. O seu corpo também. Os ombros se encurvaram. Pelos brotavam visivelmente de seu rosto e suas mãos, que se fechavam transformando-se em patas com garras.

Os pelos de Bichento ficaram outra vez em pé e ele estava
recuando... Quando o lobisomem se empinou, batendo as longas mandíbulas, Sirius desapareceu do lado de Amanda.

Transformara-se. O enorme cão semelhante a um urso saltou para a frente. E quando o lobisomem se livrou da algema que o prendia, o cão agarrou-o pelo pescoço e puxou-o para trás, afastando-o de Rony e
Pettigrew.

Atracaram-se, mandíbula contra mandíbula, as garras se golpeando... Amanda parou, petrificada com a visão, demasiada absorto com a batalha para prestar atenção em outra coisa. Foi o grito de Hermione que a alertou...

Pettigrew tinha mergulhado para apanhar a varinha caída de Lupin. Rony, mal equilibrado na perna enfaixada, caiu. Houve um estampido, um clarão... e Rony ficou estirado, imóvel, no chão. Outro estampido... Bichento voou pelo ar e tornou a cair na terra fofa.

— Expelliarmus! – berrou Amanda, apontando a própria varinha para Pettigrew; a varinha de Lupin voou
muito alto e desapareceu de vista.

— Fique onde está! – gritou Harry, correndo em frente.

Tarde demais. Pettigrew se transformara. Amanda viu seu rabo pelado passar pela algema no braço estendido de Rony e o ouviu correr pelo gramado.

Um uivo e um rosnado prolongado e surdo ecoaram; Amanda se virou e viu o lobisomem fugindo; galopando para a floresta...

— Sirius, ele fugiu, Pettigrew se transformou – berrou Harry. Que também viu a cena.

Black sangrava, havia cortes profundos em seu focinho e nas costas, mas ao ouvir as palavras de Harry ele tornou a se levantar depressa e, num instante, o ruído de sua patas foi morrendo até cessar ao longe.

Amanda, Harry e Hermione correram para Rony.

— Que foi que Pettigrew fez com ele? – sussurrou Hermione. Os olhos de Rony estavam apenas semicerrados, a boca frouxa e aberta; sem dúvida, estava vivo, eles o ouviram respirar, mas não parecia reconhecer os amigos.

— Não sei – respondeu Harry.

Amanda olhou desesperada para os lados. Black e Lupin, os dois tinham se ido... Não havia mais nenhum adulto em sua companhia exceto Snape, que ainda flutuava, inconsciente, no ar.

— E melhor levarmos os dois para o castelo e contarmos a alguém – disse Amanda, afastado os cabelos dos olhos, tentando pensar direito – Vamos...

Mas então, para além do seu campo de visão, eles ouviram latidos, um gemido; um cachorro em sofrimento...

— Sirius – murmurou Harry, olhando para o escuro.

________________❀__________________

𝗩𝗼𝘁𝗲. 𝗖𝗼𝗺𝗲𝗻𝘁𝗲. 𝗖𝗼𝗺𝗽𝗮𝗿𝘁𝗶𝗹𝗵𝗲.

𝐎 𝐋𝐞𝐠𝐚𝐝𝐨 𝐝𝐞 𝐅𝐨𝐠𝐨 𝐞 𝐌𝐚𝐠𝐢𝐚¹Where stories live. Discover now