34- 𝔸 𝕧𝕖𝕣𝕕𝕒𝕕𝕖

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Lupin lutava para se livrar das cordas

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Lupin lutava para se livrar das cordas. Black se abaixou depressa e o desamarrou. O professor se ergueu, esfregando os braços onde as cordas o tinham machucado.

— Obrigado, Amanda e Harry – agradeceu.

— Não estou dizendo com isso que já acredito no senhor – disse o garoto.

— Não faz nenhum sentido, o que vocês estão falando – disse Amanda.

— Então está na hora de lhe apresentarmos alguma prova. Você, garoto... me dê o Pedro, por favor. Agora.

Rony apertou Perebas mais junto ao peito.

— Nem vem – disse o garoto com a voz fraca. – O senhor está tentando dizer que Black fugiu de Azkaban só para pôr as mãos em Perebas? Quero dizer... – e olhou para Amanda, Harry e Hermione à procura de
apoio –, tudo bem, vamos dizer que Pettigrew pudesse se transformar em rato, há milhões de ratos, como é que Black vai saber qual é o que está procurando se estava trancafiado em Azkaban?

— Sabe, Sirius, a pergunta é justa – disse Lupin, virando-se para Black com a testa ligeiramente
franzida. – Como foi que você descobriu onde estava o rato?

Black enfiou uma das mãos, que lembravam garras, dentro das vestes e tirou um pedaço de papel amassado, que ele alisou e mostrou aos outros.

Era a foto de Rony com a família, que aparecera no Profeta Diário no último verão, e ali, no ombro de Rony, estava Perebas.

— Onde foi que você arranjou isso? – perguntou Lupin a Black, perplexo.

— Fudge – disse Black. – Quando ele foi inspecionar Azkaban no ano passado, me cedeu o jornal que levava. E lá estava Pedro, na primeira página... no ombro desse garoto... reconheci-o na mesma hora... quantas vezes o vi se transformar? E a legenda dizia que o menino ia voltar para Hogwarts... onde Harry
estava...

— Meu Deus – exclamou Lupin baixinho, olhando de Perebas para a foto no jornal e de volta ao rato. – A pata dianteira...

— Que é que tem a pata? – disse Rony em tom de desafio.

— Tem um dedinho faltando – afirmou Black.

— Claro – murmurou Lupin. – Tão simples... tão genial... ele mesmo o cortou?

— Pouco antes de se transformar – confirmou Black. – Quando eu o encurralei, ele gritou para a rua
inteira que eu havia traído Lílian e Tiago. Então, antes que eu pudesse lhe lançar um feitiço, ele explodiu a rua com a varinha escondida às costas, matou todo mundo em um raio de seis metros, e fugiu para dentro do bueiro com os outros ratos...

— Você já ouviu falar, não Rony? – perguntou Lupin. – O maior pedaço do corpo de Pedro que acharam foi o dedo.

— Olha aqui, Perebas com certeza brigou com outro rato ou coisa parecida! Ele está na minha família há séculos, certo...

— Doze anos, para sermos exatos – disse Lupin. – Você nunca estranhou que ele tenha vivido tantos anos?

— Nós... nós cuidamos bem dele!

— Mas ele não está com um aspecto muito saudável no momento, não é? – comentou Lupin. – Imagino que esteja perdendo peso desde que ouviu falar que Sirius fugiu...

— Ele tem andado apavorado com aquele gato maluco! – justificou Rony, indicando com a cabeça Bichento, que continuava a ronronar na cama.

— O gato não é maluco – disse Black, rouco. Ele estendeu a mão ossuda e acariciou a cabeça peluda de Bichento. – É o gato mais inteligente que já encontrei. Reconheceu na mesma hora o que Pedro era. Equando me encontrou, percebeu que eu não era cachorro. Levou um tempinho para confiar em mim. No fim eu consegui comunicar a ele o que estava procurando e ele tem me ajudado...

— Como assim? – murmurou Hermione.

— Ele tentou trazer Pedro a mim, mas não pôde... então roubou para mim as senhas de acesso à Torre da Grifinória... Pelo que entendi, ele as tirou da mesa de cabeceira de um garoto...

O cérebro de Amanda parecia estar fraquejando sob o peso do que ouvia. Era absurdo... contudo...

— Mas Pedro soube o que estava acontecendo e se mandou... – falou Black. – Este gato... Bichento, foi o nome que lhe deu?... me disse que Pedro tinha sujado os lençóis de sangue... suponho que tenha se mordido... Ora, fingir-se de morto já tinha dado certo uma vez...

— E sabe por que é que ele se fingiu de morto? – perguntou Harry impetuosamente. – Porque sabia que você ia matar ele como tinha matado os meus pais!

— Não – disse Lupin. – Harry...

— E agora você veio acabar com ele!

— É verdade, vim – disse Black, lançando um olhar maligno a Perebas.

— Então eu devia ter deixado Snape levar você! – gritou Harry.

— Harry – disse Lupin depressa –, você não está vendo? Todo este tempo pensamos que Sirius tinha traído seus pais e que Pedro o perseguira... mas foi o contrário, você não está vendo? Pedro traiu sua mãe e seu pai... Sirius perseguiu Pedro...

— NÃO É VERDADE! – berrou Harry. – ELE ERA O FIEL DO SEGREDO DELES! ELE DISSE ISSO ANTES DO SENHOR APARECER. ELE CONFESSOU QUE MATOU MEUS PAIS!

O garoto apontava para Black, que sacudia a cabeça devagarinho; de repente seus olhos fundos ficaram
excessivamente brilhantes.

— Harry... foi o mesmo que ter matado – disse, rouco. – Convenci Lílian e Tiago a entregarem o segredo a Pedro no último instante, convenci-os a usar Pedro como fiel do segredo, em vez de mim... A culpa é minha, eu sei... Na noite em que eles morreram, eu tinha combinado procurar Pedro para verificar se ele continuava bem, mas quando cheguei ao esconderijo ele não estava. Mas não havia sinais de luta.
Achei estranho. Fiquei apavorado. Corri na mesma hora direto para a casa dos seus pais. E quando vi a casa destruída e os corpos deles... percebi o que Pedro devia ter feito. O que eu tinha feito.

A voz dele se partiu. Ele virou as costas.

— Basta – disse Lupin, e havia um tom inflexível em sua voz. – Tem uma maneira de provar o que realmente aconteceu. Rony, me dê esse rato.

— Que é que o senhor vai fazer com ele se eu der? – perguntou Rony, tenso.

— Obrigá-lo a se revelar – disse Lupin. – Se ele for realmente um rato, não se machucará.

Rony hesitou. Então, finalmente estendeu a mão e entregou Perebas a Lupin. O rato começou a guinchar sem parar, se contorcendo, os olhinhos negros saltando das órbitas.

— Está pronto, Sirius? – perguntou Lupin.

Black já apanhara a varinha de Snape na cama. Aproximou-se de Lupin e do rato que se debatia e seus olhos úmidos pareceram, de repente, arder em seu rosto.

— Juntos? – perguntou em voz baixa.

— Acho melhor – confirmou Lupin, segurando Perebas apertado em uma das mãos e a varinha na outra.

— Quando eu contar três. Um... dois... TRÊS!

Lampejos branco-azulados irromperam das duas varinhas; por um instante, Perebas parou no ar, o corpinho cinzento revirando-se alucinadamente – Rony berrou – o rato caiu e bateu no chão. Seguiu-se novo lampejo ofuscante e então...

Foi como assistir a um filme de uma árvore em crescimento. Surgiu uma cabeça no chão; brotaram membros; um momento depois havia um homem onde antes estivera Perebas, apertando e torcendo as mãos. Bichento bufava e rosnava na cama; os pelos das costas eriçados.

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𝗩𝗼𝘁𝗲. 𝗖𝗼𝗺𝗲𝗻𝘁𝗲. 𝗖𝗼𝗺𝗽𝗮𝗿𝘁𝗶𝗹𝗵𝗲.

𝐎 𝐋𝐞𝐠𝐚𝐝𝐨 𝐝𝐞 𝐅𝐨𝐠𝐨 𝐞 𝐌𝐚𝐠𝐢𝐚¹Место, где живут истории. Откройте их для себя