Capítulo 02: Laços de sangue não podem ser quebrados

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O anfitrião dos Morgan desviou de um dos golpes arremessados pelo inimigo mas rapidamente sentiu uma forte fisgada atravessando seu peito, era a mão de Banaster segurando seu coração e arrancando.

Aaahgr.. Coff.. Coff.. (...)

James agarrou o braço de Banaster mas já era tarde e antes que percebesse estava de joelhos caindo em sequência no chão.

- É uma pena velho amigo, vocês foram avisados. - Se limpou com um lenço.

No andar de cima em uma passagem secreta estava a criança adormercida escondida por trás de um símbolo mágico feito por Judith, que, apesar de ser uma vampira também tinha descendencia de uma família de bruxos.

- Vá Aidan.. Vivas a vida feliz que seus pais sempre desejaram para ti.. seja forte como ninguém e encontre paz em seu coração, meu filho. Seus pais amam você, eu.. eu te amo. - Um colar foi colocado no pescoço da criança.

Ela terminava de fechar a passagem escondendo com uma estante de livros quando foi interrompida pela presença de Banaster entrando lentamente no quarto.

- Vocês Morgan continuam tentando e tentando e tentando e isso me irrita profundamente, aceitem a insignificancia de vocês de uma vez por todas.

- Banaster. -- Observou as mãos cobertas de sangue notando rapidamente oque havia acontecido no andar de baixo a medida que seus olhos se debulhavam em lágrimas, mas ela sabia que não havia tempo para murmurias e lamentações, não se quisesse salvar a vida de Aidan.

Após alguns segundos encarando a mulher respirou profundamente olhando levemente de canto para a passagem onde estava Aidan.

- Por que não poupas meu tempo logo, querida Judith? Sabes que eu posso torturar você até me contar onde está essa criatura repugnante que vocês ousam.. ousam persistir em manter vivo.

- E você sabe que nunca vou contar a você não importando o quanto você me despedasse por inteira.

- É, eu sei.. e isso.. é uma pena.

Banaster partiu para cima de Judith antes que a mulher pudesse reagir e com uma mão agarrou seu pescoço, erguendo-a lentamente para o alto. Aos poucos a luz nos olhos da mulher se esvaia a medida em que ela se debatia lentamente tentando escapar das garras daquele vampiro maligno.

- A-Aidan..

- Hm? Sussurrou Alguma coisa?

Antes que pudesse responder ela teve seu coração arrancado brutalmente de peito seu rosto estava congelado mas as lágrimas escorriam apenas com o desejo de proteger seu filho, ela desejava profundamente que Aidan tivesse uma vida longa longe das tragédias e das traições que a vida de um imortal trazia como bagagem e as lágrimas demonstravam isso, o peso de cada gota caindo sob seu rosto imaginando naqueles poucos segundos em que perdia a consciência na vida ao lado de seu filho, vida que já não mais existia e em seu último suspiro seu último pensamento ''Vivas Aidan''

Já morreu? Que tola esperava que pudesse me divertir um mais um pouquinho com vocês, estou deveras decepcionado. -- O corpo de Judith foi jogado no chão com força brusca.

Ele caminhou lentamente até a passagem com um sorriso sarcástico exalando arrogancia, arrogancia essa partilhada pelos membros da família Vigarium, empurrando a estante de livros para o lado, uma grande surpresa se abateu em seu olhar.

- O-Oquê?!? Onde está essa criança maldita?

- Onde..

Procurava desesperadamente pelo paradeiro misterioso da criança mas nada encontrava e a cada segundo sua frustação aumentava.

- Desgraçados! Vermes malditos não sabem o erro que acabaram de cometer, eu.. eu.. sou Banaster Vigarium! Seus tolos! 

Banaster gritava para todos os cantos demonstrando sua arrogancia e prepotencia no qual de certa forma, foram causadoras da sua derrota.

 E assim se sucedeu o misterioso desaparecimento de Aidan Morgan a criança que ameaçava o equilíbrio das raças, buscas e caçadas intensas foram proporcionadas ao longo dos séculos mas nenhuma pista foi encontrada. A família Morgan foi extinta e os colaboradores de James foram enforcados em praça pública e por muito tempo os Vigarium passou a ter o controle da cidade, os bens dos Morgan foram doados pelo governo local e nunca foi descoberto o paradeiro da criança, ou pelo menos era assim que costumavam pensar, 446 anos mais tarde tudo mudaria.









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