Visita inesperada

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Czarina Lucchesi

Dois dias depois estou embarcando para Paris, ainda não falei com minha família, e recuso todas as suas ligações.

Algumas horas depois chego no hotel que irei ficar hospedada, entro no quarto e tomo um bom banho.

Visto uma roupa formal e sigo para a empresa do meu futuro marido, pelo caminho observo como a cidade realmente é linda e tem aquele ar de romance em todo lugar.

Logo estaciono em frente a um prédio todo espelhado, entro e me identifico na recepção, subo até o trigésimo quinto andar e assim que saiu do elevador me deparo com uma loira azeda, tento passar por ela mais ela tenta me impedir.

-- senhora não pode entrar sem ser anunciada. - ela diz com uma voz irritante.

-- não preciso ser anunciada. - digo ainda andando com ela atrás de mim.

-- quem você pensa que é pra entrar aqui assim? - ela diz parando na frente da porta.

-- sou a futura esposa do seu chefe e acho muito bom você sair da minha frente antes que eu dê um tiro na sua testa. - a mulher faz uma cara de surpresa e medo ao mesmo tempo mais não se move.

-- argh você pediu. - assim que tiro a arma da bolsa a porta é aberta.

-- que confusão é essa do lado de fora da minha sala. - ele não grita mais sua voz forte e grave ecoa por todo escritório.

-- Thomas essa mulherzinha queria entrar sem ser anunciada e ainda disse que era sua futura esposa. - a loira azeda fala com as mãos na cintura e eu entendo tudo, com certeza ele já deve ter levado ela pra cama e ela está iludida.

-- ela não precisa ser anunciada e a minha vida não é da sua conta Angela agora volte para o seu trabalho. - ele diz firme sem retirar os olhos de mim.

-- mais Thomas... - ela começa e ele dessa vez grita.

-- MAIS NADA ANGELA EU JA MANDEI ENTÃO OBEDEÇA.- a loira volta para sua mesa e ele apenas dar passagem para que possa entra.

Entro e vejo que seu escritório é moderno, tudo muito limpo e organizado, em tons preto e cinza, tem uma estante de livros ao canto com um mini bar ao lado, uma parede espelhada que dá pra ver a cidade inteira daqui, uma mesa de vidro com uma poltrona preta.

-- já terminou de analizar meu local de trabalho ou quer mais algum tempo? - ele diz parado a minha frente.

-- Não, e vou logo ao assunto. - digo me sentando a sua frente e cruzo as pernas.

-- ótimo odeio gente que gosta de enrolação, aceita um café,ou uma bebida? - ele diz se sentando e abrindo os botões do seu terno cinza.

-- não obrigada, mais eu vim aqui tratar de negócios.- digo entregando um envelope a ele.

-- confesso que estou surpreso com sua visita, só não sei que negócios temos a tratar já que não se conhecemos. - ele diz me olhando frio.

-- um acordo Laurent, nois casamos, temos um herdeiro e depois de um ano se separamos. - eu digo de uma vez e ele sorrir de lado.

-- o erro desse acordo é que na máfia não existe divórcio e bom, você não me atrai em nada, principalmente para ter um filho. - ele diz achando que irá me ofender.

-- bom então temos algo em comum pois o sentimento é recíproco, e eu sei que na máfia não tem divórcio, podemos viver separados cada um no seu quadrado e feliz oquê acha. - digo sorrindo de lado e vejo ele estreitar os olhos.

-- você é corajosa de vim até aqui me propor isso, mesmo sabendo que o nosso contrato não pode ser desfeito já que custa a vida da sua família ou da minha. - isso eu não sabia e sou pega de surpresa.

-- sim eu sabia. - digo tentando disfarçar a surpresa mais é inútil.

-- você não sabia não é mesmo? - ele diz se sentindo vitorioso.

-- não mais isso não vem ao caso agora. - digo retomando minha postura.

-- a última vez que te vi você tinha cinco anos, era uma criança levada, a primeira vez que te vi você era um bebê horrível, e agora olhe só está aqui tentando fazer um acordo com o diabo, então princesinha italiana saiba que eu nunca vou te tocar, nunca vou sentir nada por você alem de ódio, eu já amei alguém e nenhuma mulher nesse mundo ocupará o lugar dela está me ouvindo, então não adianta jogar esse seu charminho pra cima de mim, você irá casar comigo porque você ama sua família e depois disso não espere nada de mim além de desprezo sua insignificante. - ele diz ficando de pé e me encarando com um olhar fumegante.

-- calma aí loirinho você não me assusta e eu vim aqui tentar pelo menos uma boa convivência mais como estou vendo que não quer, então vamos ver quem irrita mais quem, e eu lhe garanto que no final disso tudo você estará ao meus pés. - digo pegando minha bolsa e saiu do escritório furiosa.

Se esse imbecil acha que vou me curvar a ele, está enganado, ele não perde por esperar.

PROMETIDAWhere stories live. Discover now