╏⁠ Meu refúgio ↝ Shōta Aizawa

spin off

Este capítulo não agrega nada na história, é apenas um surto da minha cabeça que eu não pude ignorar.
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⊹ Tommas POV

O dia foi extremamente cansativo, estava no escritório analisando as finanças de uma das empresas parceiras, tinha terminado a faculdade recentemente e estava esperando para ser efetivado, por isso continuava fazendo o que me mandavam, e no momento, um dos meus superiores babacas estava se aproveitando de minha boa vontade, me dando funções que não são minhas. Mas pelo menos faltavam menos de 20 minutos para meu turno acabar. Meu celular vibrou na mesa, e sorri ao ver quem me mandava mensagem.

gatinna 💛

dia terrível
posso te esperar hoje?

o mesmo
estarei ai, só vou passar em casa

até Tom.

Hare me deixava ansioso. Nunca me esquecerei dos lindos olhos vermelhos e impiedosos que me fuzilaram quando a chamei de tonta quando a conheci. Ela era sempre muito gentil, mas quando sua capacidade era questionada, virava o bicho. Fez questão de me atormentar por longos 3 meses, sempre tendo a maldita certeza que seria eu o responsável por organizar suas finanças. Mas simplesmente, depois de me infernizar por todo esse tempo, ela adentrou minha sala sem aviso algum e pediu para sair comigo.

- Quero ir a boate que abriu perto de veneza com você. Você quer ir até lá comigo? - Hare enrolava as mechas longas e loiras com os dedos.

- Está me chamando para sair? Nada Profissional, senhora heroína. - um sorriso de canto se formou em meu rosto, ela balançou a cabeça em negação.

- Quer ou não? - Impaciente. Ela era impaciente.

- Quero.

- Então te espero no sabado às 22:35. Não quero atrasos. Também não quero que chame uma de suas garotas, eu quero apenas sua companhia.

E sabe o que aconteceu? Eu estava lá, na maldita hora certa, tocando sua companhia, vendo o arrependimento em seus olhos, quando às 22:35, não estava nem vestida.

- Quer ir direto ao ponto? - Perguntei confuso, Hare estava apenas de roupão, ela se encolheu. - Desculpa, era uma brincadeira. Me apressou, mas não está nem perto de acabar.

- Eu posso me atrasar, nunca disse que não podia, quem tinha que estar aqui esse horário era você, não eu! Como tem tanta certeza de que esse não foi planejado?!

- Sei que se arrependeu de ter marcado cedo, não seja tão teimosa.

- Fique quieto! Quanto mais falar mais vamos demorar.

Impiedosa, teimosa, tonta, maldita... Dei-lhe varios adjetivos. Mas nunca imaginei que iria transformar os "xingamentos" em apelidos carinhosos. "Querida", "gatinna", "amor", era assim como me referia a ela agora.

Nossa relação não passava de uma amizade, amigos com benefícios? Acho que sim. De qualquer jeito, eu gostava da presença dela, ela me fazia bem, e eu me esforçava para fazer com que ela se sentisse da mesma forma. Não fazia muito tempo que ela tinha finalmente me contado sobre o verdadeiro motivo de ter vindo para cá, me preocupava sempre que ela dizia que hoje era o dia da "caça" como ela gostava de chamar, sempre brincando com coisas sérias, é assim que ela lidava.

Perdido em meus pensamentos, o horário do fim do meu turno chegou, não terminei o que me foi solicitado, mas teria o dia de amanhã. Me apressei para pegar o carro na garagem e ir até minha casa. Quando cheguei, liguei a secretária eletrônica, me sentando ao sofá para ouvir.