Regina Mills, uma mulher marcada por um passado sombrio e uma fachada de indiferença, vê sua vida transformada quando cruza o caminho de Emma Swan, uma mulher misteriosa e destemida. Entre encontros inesperados e uma atração intensa, as duas são env...
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"Na penumbra silenciosa, as sombras dançavam, revelando segredos ocultos nas dobras da escuridão."
O celular vibrando ruidosamente sobre a mesa, eu lançando um olhar resignado sabendo exatamente quem era. "Zelena, sempre ela, não vai me dar trégua", pensei enquanto atendia.
— Fala, porra! - atendi, já antecipando o tom da conversa.
— Eita, calma aí, maninha. - a voz arrastada de Zelena confirmava minhas suspeitas.
— O que você quer, Zel?
— Não acredito que esqueceu do aniversário de Ruby. - Um suspiro escapou de mim. "Puta merda!", pensei. — Ela tá a ponto de fazer picadinho dos meus mamilos, e você sabe o quanto eu amo eles. - Zelena choramingava.
— Não estou com saco pra festa hoje, Zelena. Dou parabéns pra ela dep...
— Olha só, Srta. Mills, você não vai nos dar bolo de novo! - Ruby, irritada, interrompeu. — E mais, se você não vier, vou deixar sua querida irmã em greve, e você já sabe como ela fica.
Puta merda de novo não, revirei os olhos. Da última vez, tive que aguentar Zelena a semana toda chorando no meu ouvido.
— Porra! - passei a mão pelos cabelos. — Tô indo.
— Acho bom. - Zelena encerrou a ligação abruptamente, deixando-me com uma mistura de frustração e resignação.
Em que momento permiti que minha postura se tornasse tão flexível, cedendo às vontades da minha irmã e sua namorada?
Hoje, celebra-se o aniversário da namorada/mulher da minha irmã, uma união que já completa 5 anos. Sinceramente, o excesso de melosidade delas é quase insuportável. Não tenho ânimo para essas festividades, aliás, raramente tenho. Prefiro me afundar no trabalho, buscando refúgio na rotina.
Levantei-me da minha mesa, desinteressada, e tomei um banho rápido. A vontade de sair de casa era praticamente nula, especialmente numa sexta-feira. Zelena, sempre a provocadora, diz que estou me tornando uma velha chata. A ironia é que, aos meus 38 anos, ela, três anos mais nova, afirma ter muito mais pique. Talvez seja porque Ruby, a aniversariante, seja ainda mais jovem.
Vesti uma calça jeans, uma blusa social preta e um tênis também preto, optando pelo conforto, já que não pretendia permanecer muito tempo. Meus dedos se encarregaram de ajeitar meu cabelo que agora não estava tão cumprido, sem muita cerimônia. Peguei a jaqueta preta e saí de casa, encarando o compromisso que não me empolgava.
Estacionei minha BMW preta no lotado estacionamento do pub onde elas celebravam, resignada, mas consciente de que enfrentaria mais um capítulo das extravagantes celebrações do casal que, de alguma forma, passou a ditar meus planos.
Olhei para o relógio, e já passava da meia-noite.
Cronometrei meticulosamente cada passo enquanto adentrava o pub, determinado a ficar apenas 40 minutos, tomar uma cerveja e escapar discretamente. Exausta após uma semana agitada, a prioridade era dormir.
