Trust Or Die

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"Eu vejo o futuro repetir o passado; Eu vejo um museu de grandes novidades. O tempo não para."

- Cazuza

- Darya Break -
10:15 - 09/Outubro
(Leiam a legenda)

Durante a noite, tive dificuldade em pegar no sono.

O fato de ter encontrado aquela garota em um lugar tão improvável como em uma festa qualquer, perturbou minha mente. Pensar em que eles poderiam estar em absolutamente todo lugar em que eu estava era absurdo.

A qualquer momento poderiam me encontrar e me levar como antes já tentaram.

Absolutamente tudo que ocorre, me leva para esse mesmo e mesmo pensamento.

A sensação de perigo parece percorrer as minhas veias a cada segundo. Não aguento mais.

Em minhas lembranças só restavam os olhos claros de Stefany se encontrando com os meus frente a frente. E se ela tivesse me visto primeiro, o que de fato iria acontecer?

Seria realmente apenas uma coincidência ela estar lá, ou estava atrás de mim?

Milhares de possibilidades consumiam minha mente.

Mas o ponto de interrogação que pressionava cada vez mais meus neurônios era apenas um:

Por que Ryo estava com ela?

O que isso significava? Afinal, quem é Ryo?

Será mesmo ele uma ameaça? Eu deveria atender seu chamado e ir naquela corrida?

- "Nós não somos nossos pais, muito menos nossos amigos". - Essa frase veio em meu subconsciente, já deveria ter lido a mesma em algum livro por aí. -

Somos quem somos independente de quem vive ao nosso redor, a diferença surge se você se deixar levar pelas atitudes dos outros e fazer o mesmo que eles.

Essa seria a verdade ou era apenas mais uma forma de tentar me convencer que ele não tem nada haver com tudo?

Mas que porra, o que isso significa afinal?

- Argh, que saco, por que caralhos essas coisas ficam acontecendo em sequência? - Passei as mãos pelos fios de meu cabelo. - Minha cabeça tá latejando.

No balcão estava exposto a caixa com as pílulas. Isso não estava me ajudando, preciso comprar algo mais forte.

Novamente o barulho da porta ecoou em meus ouvidos. Rapidamente balancei a cabeça para ajustar meu penteado.

Diferente de ontem, não pensei antes de agir. Fui direta até a porta e a abri, tendo o deslumbre de senhor Leans parado em frente ao meu apartamento. Com seus cabelos bem arrumados e seu terno incrivelmente passado.

- Bom dia senhorita, como você está?

- Ah, senhor Leans, que surpresa. Estou bem. - Sorri meiga para o homem mais velho. - Entre por favor. - Deixei espaço para que ele pudesse entrar. - Então, o que te traz por aqui?

Agora não seria um momento tão convencional assim para receber visitas, meu estado visual deveria estar minimamente acabado.

- Agradeço, enfim acho que você prefere que eu seja direto. - Enrijeceu suas costas assim que parou a minha frente. - Estava vasculhando alguns dados e, bom, seu pai deixou algo pra você, acho que é o seu presente de aniversário.

- Presente? O que isso quer dizer? - Respondi surpresa. De todas as notícias que poderia me contar não esperava algo parecido. -

- Como disse, descobri a poucas horas, não fazia ideia que isto realmente existia. Mas acho melhor descermos até a garagem.