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"A vingança procede sempre da fraqueza da alma, que não é capaz de suportar as injúrias."

- François La Rochefoucauld

- Tyller Rossi -
13:00 - 06/Outubro

Estava estacionando minha SUV na garagem de meu prédio, sim eu tenho dois carros. Não é discreto andar com uma Lamborghini por aí.

Seguindo, agora estava no elevador, observando os números subindo aos poucos. Aquele condomínio possui cerca de 18 andares, e eu parei exatamente no último.

A visão de quando as portas de metal foram abertas, era a mesma de sempre. Ambiente moderno e padronizado, e com apenas 6 portas, três de cada lado. O que significava que os apartamentos individuais daquele andar eram maiores que os outros.

A porta do meio do lado direito era a minha, que pedi para que colocassem fechadura eletrônica, as normais eram muito fáceis de arrombar, falo por experiência própria.

Adentrei minha privacidade, tendo em minha frente o ambiente minimalista e em cores neutras. Cheguei próximo ao sofá, tirando a jaqueta e a camisa, deixando ambas em cima do acolchoado.

Larguei os objetos que estavam em meus bolsos em cima da mesinha na lateral do corredor e segui subindo as escadas. Mas antes que pudesse me firmar no último degrau a campainha tocou.

Não costumava receber visitas, mas minha mãe e minha irmã costumavam aparecer por aqui sempre que tinham oportunidade.

Assim que abri a porta encarei a entrada do apartamento vizinho, não vi ninguém, deve ser alguma criança brincando. Por acaso não consegui fechar a porta completamente já que um tênis branco fazia barreira.

Quando abri de novo, só pude notar os fios escuros planando no ar enquanto um corpo pesado caía em cima de mim.

Uma dor imensurável do lado direito do meu peito, bem na lateral. Não era uma perfuração, e sim um corte profundo, como se algo afiado estivesse raspando a minha pele, fazendo com que ardesse cada vez mais.

Alguém me espremia contra o chão gelado. Os traços femininos da garota pareciam meio surpresos, porém a expressão de ódio se voltou. Darya.

- Mas que caralhos é isso? - Quando me toquei do que estava acontecendo, lancei a garota em direção a parede. -

- Argh.

- Quero uma explicação. - Disse me levantando, ao mesmo tempo em que pressionava o ferimento com as mãos. - Me responde.

Observei Darya enquanto se levantava lentamente, até demais. Ela se moveu rapidamente, tentando mais um golpe que parecia ser em direção a minha coxa. A mesma em que eu abri antes que me acertasse, fazendo com que passasse entre minhas pernas.

- Porra!!! - Ela golpeou meu pênis com o cabo da faca que estava em sua mão, fazendo com que caísse de joelhos no chão. -

- Infelizmente, não vou ter o gosto de te matar com a adaga que você me deu. Mas isso deve servir.

Antes que pudesse reagir ela pulou em cima de mim novamente e agarrou minha mandíbula, enquanto sua perna pressionava propositalmente o corte cada vez mais dolorido.

- O que você quer, hein?

- Seu cadáver. - A faca que carregava adentrou minha visão, junto com o movimento rápido. Ela estava realmente tentando me matar. -

Por um momento, realmente admirei sua coragem, ela realmente não estava blefando. Interessante.

Antes que ela pudesse fazer alguma coisa agarrei seu pulso e troquei nossas posições, fazendo com que eu ficasse por cima dela, sentado em sua barriga e segurando suas ambas as mãos ao lado de sua cabeça, fazendo com que sua arma cortante escapasse de seus dedos.

Trust Or DieWhere stories live. Discover now