Capítulo 14

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Em  Michigan Ave, Chicago,EUA às 21:00 da noite

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Em  Michigan Ave, Chicago,EUA às 21:00 da noite. Na atmosfera acolhedora do restaurante Giordano's, o burburinho animado de conversas e risos foi abruptamente silenciado ao som de abertura de um jornal local, indicando que o noticiário estava prestes a começar. Os olhos curiosos dos frequentadores se voltaram para as telas estrategicamente posicionadas ao redor do estabelecimento.

O locutor de voz grave ecoou pelo ambiente, prendendo a atenção de todos em poucos segundos. 

— Boa noite, Chicago. Temos uma notícia perturbadora para compartilhar esta noite —anunciou, sua expressão séria combinando com a gravidade da situação.

Enquanto as imagens da estrada que leva a Evanston e filmagens do Lincoln park zoo  eram projetadas na tela, o apresentador destaca ser o local onde dois corpos femininos em estado de decomposição foram encontrados. Um arrepio coletivo percorreu a espinha de todos no restaurante. Os olhares antes descontraídos foram substituídos por expressões de choque e apreensão.

Filmagens borradas eram apresentadas por cima da voz grave do apresentador. A descrição detalhada do noticiário era nítida, utilizando termos como "cena de crime", "investigação em andamento" e "autoridades mobilizadas". O repórter, com voz calma, relatava os eventos sombrios.

O crescente medo perturbador pairava no ar, refletido nos rostos pálidos e nas mãos trêmulas dos presentes. Sussurros nervosos eram  espalhados pelo restaurante, intercalados com olhares apreensivos. A sensação de vulnerabilidade permeava o local, enquanto a realidade da descoberta macabra se desenrolava diante deles.

Uma mulher de cabelos encaracolados que compartilhava a mesa com o marido sentiu o chão faltar por seu pés rapidamente. Lembranças do ocorrido vieram a sua mente enquanto ela lutava em controlar sua respiração sobressaltada.

—Está tudo bem meu amor?— a voz mansa do marido a confortou, por impulso ela o encarou apertando as mãos dele sobre a mesa.— Ainda assustada com o que presenciou?— ele acariciou a mão dela sobre a mesa transmitindo carinho.

— Ainda me lembro daquele dia em que encontraram aquele corpo aos arredores do zoológico, foi assustador!— A voz tremula dela destacavam o medo recorrente. A garganta parecia seca e era difícil falar sobre o assunto sem demonstrar medo.— Não é fácil pra nenhum pai descobrir que sua filha desaparecida foi encontrada em um estado como aquele.

Confortando a esposa, o homem alto de pele negra manteve o contato em acariciar as mãos dela sobre a mesa.

— Não fica pensando nisso, vamos, vou pedir a conta.

A de cabelos encaracolados sorriu levemente, numa tentativa de mostrar que estava tudo bem, enquanto observava o homem a sua frente analisar a conta. No peito, a gritante prece de que tudo terminasse bem e que o assassino fosse identificado e preso rapidamente. Não era fácil andar pelas ruas com tranquilidade sabendo que existia um lunático a solta.

Rastros de sombraWhere stories live. Discover now