Capítulo 46

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Antonela correu pelos corredores do palácio em busca de seu noivo, parecia estranho eles estarem perto de casar e ela não saber onde ele estava. Ela foi até o jardim e viu o príncipe e seu guarda encarando a lagoa que havia dentro do palácio.

— Está tão frio, Vossa Alteza. O que faz aqui? — Antonela parou ao lado de Eric e segurou sua mão

— Não sei também.

— Sabe que você foi injusto com seu pai, não é?

— Não sei.

— Eric, você sabe que foi injusto. Você não escolheu sua noiva, seu pai também. Qual o problema?

— Não sei.

— Me fala — Eric se virou a jovem — está chateado com algo?

— Eu te escolhi — ele deslizou os dedos pelo rosto da jovem.

— Seu pai me escolheu pra você. Acho que ele teve muito bom gosto — A jovem beijou a mão de Eric que estava encostada em sua face.

— Sim, teve mesmo.

— Qual é o problema? Não confia em mim?

— Passei o dia pensando em Violeta, na morte por envenenamento do noivo dela e tentarem te matar.

— Já tentaram, você sabe.

— Não vamos ter como fugir disso, nossos filhos não vão ter.

— Está tudo bem.

— Eu temo pela sua vida.

— Meu amor, você deve temer pela vida de todos, pela vida de seu povo. Seu pai e sua mãe não temiam pelo povo dele e sim pelos camponeses mortos em batalha. Vamos fazer o nosso melhor como eles, talvez você tenha que fazer escolhas ruins também pela segurança de seu povo. Não está se casado pelo bem da nação.

— Não, me caso pois te amo.

— Segue sendo egoísta.

— Disse que te amo e me chama de egoísta?

A jovem ficou na ponta de seus pés, encostou seus lábios no príncipe e sorriu — Está melhor?

— Talvez.

— Acho que você está aproveitando

— Talvez esteja mesmo.

O jovem príncipe sorriu para sua noiva, seus lábios se tocaram suavemente, ele segurou o rosto dela com sua mão gelada a fazendo tremer de frio — Mãos frias, príncipe.

Eric acabou rindo da situação, a abraçou para que juntos fossem se aquecer

— Vamos entrar, se não teremos que abraçar o Francisco também — Antonela sorriu

— Vamos.

— Você precisa pedir desculpa ao seu pai também.

A jovem puxou Eric pelo braço para voltarem novamente a biblioteca com resmungos e choramingos de seu noivo, por sorte o rei estava na presença de seu secretário e eles estavam conversando.

— Majestade — Antonela se curvou diante Nicolas — mostre respeito — ela deu uma cotovelada em Eric.

— Majestade — O príncipe curvou menos.

Ambos ficaram em silêncio se encarando era como se ninguém tivesse disposto a falar nada, Arthur parecia achar graça da situação

— Príncipe, não tem nada a dizer?

— Não.

— Eric — a moça pisou no pé dele.

— Aí — ele a encarou bravo — Majestade eu lamento pelo meu rompante de ódio.

— O que mais — a moça encarou o príncipe.

— Estava preocupado por outras coisas e me levei pela emoção. Lamento pelo meu comportamento.

Nicolas olhou pra jovem com um sorriso no rosto, ele deu um passo em direção a Antonela e abraçou. A jovem apenas não entendeu muito a intenção do rei — obrigado — ele beijou a testa da moça — Está desculpado príncipe Eric.

— Está feliz? — Eric encarou sua noiva e parecia bravo.

— Você não fez mais que sua obrigação.

— Eu achei engraçado — Arthur riu — Você é uma moça forte, gostei de você.

— Obrigada secretário.

Eric e Antonela saíram juntos da biblioteca, Nicolas estava feliz com a situação. Ela parecia uma boa incrível que ia cuidar bem de Eric.

— Majestade — Arthur o chamou — O que foi?

— Vamos adiantar o casamento de Eric. Não posso deixar essa moça escapar dele.

Filho de NavieWo Geschichten leben. Entdecke jetzt