ᴅᴏ ǫᴜᴇ ᴠᴏᴄê ᴛᴇᴍ ᴍᴇᴅᴏ?

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𝓗𝓮𝓬𝓽𝓸𝓻 𝓝𝓪𝓰𝓪𝓼𝓪𝓴𝓲

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𝓗𝓮𝓬𝓽𝓸𝓻 𝓝𝓪𝓰𝓪𝓼𝓪𝓴𝓲

Eu estava não nervoso com oque Diana falou, que achei melhor ir embora, antes que eu arranca-se ela dalí a força. Saindo da boate fui direto pra casa, deixei o carro na frente do portão e entrei, fui para o meu quarto e tirei aquelas roupas que estavam com o seu maltido cheiro.

Tomei uma ducha fria e depois coloquei um short fino de dormir. Desci até a cozinha e com as luzes desligadas fui até a geladeira e peguei um copo de água.

- na onde você estava, Hector?

Eu levei um susto com Daniel e acabei me engasgando com a água.

- porra, Daniel.

- deixou o carro na rua, você nunca faz isso, a não ser que seja pra entrar rapidinho em casa e sair novamente.

Ele ligou a luz e apontou para mim.

- e pelo visto você não vai mais a lugar nenhum.

- eu não estava me sentindo bem, e entrei correndo em casa. Eu já ia colocar o carro pra dentro.

Falei, tomando o resto da água.

- e você, que milagre é esse que está em casa em plena sexta-feira.

- eu ia sair, mas como o senhorzinho resolveu não me atender e eu não fazia a menor ideia de onde você estava, então resolvi te esperar em casa.

- nossa, como você é preocupado.

- não muda de assunto, Hector, onde você estava?

- eu estava andando por ai.

Daniel chegou mais perto de mim e respirou fundo.

- bebendo?

- sim, também tenho esse direito.

Disse, indo em direção a saída da cozinha.

- colocou o carro pra dentro?

- sim.

- bom, agora já pode sair, ainda é 00:00.

- eu vou saber oque você está escondendo, Hector.

Gritou ele da cozinha.

- uma garota cabeça dura.

Disse baixo.

Subi para o meu quarto e me deitei.

No dia seguinte acordei com uma baita dor de cabeça, saí da cama e desci procurando Ellen pela casa e a encontrei no jardim.

- Ellen.

- oie, senhor Hector.

- ainda tem remédio para dor de cabeça?

- não, senhor, mas se quiser eu vou agora mesmo comprar.

- não precisa, deixa que eu vou.

- tem certeza?

- tenho, pode continuar com o que está fazendo.

- está bem.

Quando eu ia entrar, lembrei de perguntar algo.

- o Daniel está em casa?

- está sim, mas ainda está dormindo.

- ta bom.

Coloquei uma bermuda e uma blusa pólo, antes de ir pra garagem, passei na cozinha e peguei um pedaço de bolo. Dirigi até a farmácia, estacionei na frente, e entrei. Quando entrei na farmácia, procurei o remédio para dor de cabeça e fui pra fila, e na minha frente estava ela.

- Diana.

Ela se virou e eu vi a caixa do anticoncepcional na sua mão.

- está me vigiando de novo? Resolveu chegar mais perto dessa vez?

- eu não estou te vigiando, Diana, aqui é uma farmácia e eu vim comprar remédios.

O balconista chamou o próximo e Diana Colocou o remédio no balcão.

- 23,99.

Coloquei o meu junto com o dela e peguei minha carteira.

- pode passar junto.

- ficou 27,00.

Paguei com dinheiro. Diana me olhou e disse:

- não precisava pagar o meu.

- fique com o dinheiro pra você.

- eu não preciso do seu dinheiro.

Ela enfiou a mão na sacola e pegou o anticoncepcional e deixou o dinheiro no lugar.

- Diana.

A garota saiu andando em direção a rua.

- Diana, espere.

A alcancei e segurei seu braço. Vi uma marca nos seus pulsos como se ela tivesse sido amarrada.

- oque é isso?

- não te interessa.

Ela puxou o braço e voltou a andar. Segurei seu braço novamente e a arrastei até o carro.

- oque você está fazendo? Está ficando louco?!

Apertei o botão da chave e o carro destravou, abri a porta e a coloquei dentro.

- me solta, Hector.

Gritou.

Entrei no carro e sentei ao lado dela. Diana se debatia e tentava abrir a porta.

- fique quieta.

- se você não abrir a porra dessa porta eu vou gritar.

- mais?

A garota se calou e se ajeitou banco com os braços cruzados e olhando para frente.

- quem fez isso com você, Diana.

- pra que raios você quer saber? Vai fazer oque? Nada!

- você não sabe oque eu sou capaz de fazer com quem tiver a audácia de machucar você.

Ela riu de canto e disse:

- vai fazer oque? Processar a pessoa?

- poderia.

- você acha que alguém vai ligar se uma garota de programa foi ferida ou mal tratada enquanto fazia um programa?

- pra mim você não é só uma...

Eu não queria ter que falar aquela palavra, mas Diana as tirou da minha boca.

- prostituta? Mas infelizmente eu sou!

- isso pode mudar, Diana. Deixa eu te tirar de lá, deixa eu te proporcionar uma vida digna e melhor.

Ela estava inquieta, olhou as horas no painel do carro e segurou na maçaneta da porta.

- eu preciso ir.

Eu coloquei minha mão em cima da sua e perguntei.

- do que você tem tanto medo, Diana?

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