— Você tem que parar com isso Ayla, desse jeito você não vai sair daqui tão cedo. E você tem que sair porque eu não te aguento mais– A carcereira diz.

— Me deixa ir falar com o meu conselheiro então. 'Tô tentando convencer ele a não aumentar a minha pena– Falei.

— Vai, Ayla. Vai logo falar com ele– A carcereiro disse.

  Então eu sai de lá.

  A primeira fase do plano 'tava completa, e a segunda foi a mais fácil. Alguns conhecidos distrairam os polícias que ficaram pelo corredor e eu entrei no banheiro das meninas.

— Por que a gente não podia se ver no banheiro dos homens?– O Carl me perguntou.

— O banheiro dos homens fede mal. Vocês não sabe lavar um banheiro ou vocês não tem educação o suficiente pra usar um banheiro– Respondo fechando a porta e depois me escorando nela.

— Acho que é um pouco dos dois– O Carl disse se aproximando de mim— Você 'tá tão gata com essa roupa.

— Acha que a roupa do reformatório fica boa em mim?– Perguntei.

— Você mudou ela toda– O Carl disse— Eles deixaram vocês cortarem o uniforme? Eles não deixa os meninos cortar o uniforme.

— Eles fazem a gente costurar como trabalho, 'tô gostando de fazer roupa. Estilizei o meu uniforme e de todas as outras meninas em troca de cigarro, maconha, produtos bons pra cabelo, coisas da lojinha e bebida que elas mesmas fizeram– Falei— Mas ganhei duas advertência por isso, porém depois de um protesto por liberdade de expressão expressado na roupas que eu líderei e graças a falta de verba ele não fizeram a gente pegar outro uniforme.

— Você "tá aproveitando bem aqui– O Carl diz.

— 'Tô. Depois que eu resolvi um probleminha com algumas garotas elas me tratam muito bem– Eu falei— Ouvi dizer que você 'tá se dando bem também.

— Eu sou um rei aqui– O Carl disse.

— Rei?– Perguntei me aproximando mais dele.

  Ele concordou com a cabeça e colocou as mãos na minha bunda.

— E aí, rei, você já tem uma rainha?— Perguntei e dei um beijo no pescoço dele.

— Tenho– Ele respondeu apertando a minha bunda.

— Quem?– Perguntei.

— Uma garota, muito, muito, muito gostosa que se chama Ayla– O Carl respondeu e tirou a minha blusa.

— Ayla? Ela tem nome de garota gostosa mesmo– Falei e tirei a camisa dele— Aposto que você 'tá doido pra transar com ela.

— Você não faz ideia de há quando tempo eu 'tô esperando pra ver ela sem roupa de novo– Ele me disse.

— Então aproveita, o tempo e curto– Falei.

  De repente o Carl me colocou na bancada onde fica as pias e a gente começou a se beijar.

— Já que a gente não tem camisinha tira antes– Eu falo.

— Eu vou tentar– O Carl disse.

— Tentar não, você vai conseguir, não posso ficar grávida aqui, amor– Falei— Eu não quero ter filhos.

— 'Tá, minha gata. Eu entendi– O Carl diz— Nada de filhos.

  Então a gente se beijou.

*Quebra de Tempo*

  Um tempinho depois, nós já estávamos de roupa, o Carl 'tava sentado no chão e eu 'tava sentada no colo dele de frente pro mesmo.

— É bom pra caralho poder se sentir– O Carl disse.

   Eu deitei a minha cabeça no ombro dele.

— É bom ter alguém— Falei.

— Sua mãe ainda não veio te ver?– O Carl me perguntou me abraçando.

— Ela veio... ficou 10 minutos, a gente não falou nada uma com a outra, mas antes de ir embora ela me disse que ia fazer uma viagem de 4 meses– Respondo— Então ela não veio me ver por um bom tempo.

— E seu pai?– O Carl perguntou.

— ...Falei pra ele vim me ver de 20 em vinte dias– Respondo.

— Por quê?– O Carl me perguntou.

— Por que quando eu vejo ele eu vejo o olhar de decepção dele. Fala sério, ele é um policial que tem uma filha presa por tráfico de drogas– Respondo.

— Você deveria ter colocado a culpa em mim e se livrado. Como eu te falei– O Carl diz.

— Nunca que eu faria isso, você sabe– Falei.

— Vou falar pra Fiona e o pessoal vim visitar você essa semana ao invés de vim me visitar– O Carl disse.

— Não, eles são sua família– Eu falo.

— Não, é a nossa família– O Carl diz— A gente ta prestes a fazer 4 anos junto, mas a gente se conhece a vida toda. A gente ainda vai ficar o resto da vida juntos, então é a nossa família. Coloca o nome deles na lista e ele vem te visitar.

  Então eu abracei o Carl o mais forte.

— Você é o melhor namorado do mundo– Falei.

— Eu sei– O Carl disse— Mas você também é uma namorada incrível.

  Em seguida a gente se beijou.

— A gente deveria ir– Eu falo.

— Não se preocupa, falei pro pessoal se caso ele sentisse a nossa falta era pra eles começaram uma briga– O Carl diz.

— Não! Você não vai aumentar a pena dos outros só pra gente transar– Falei.

— Eles não querem sair. Eles vivem brigando. Não 'tô obrigando ninguém a nada– Ele disse.

— Homens são estranhos– Eu falo.

— Quer ir de novo?– O Carl me perguntou me virando fazendo eu me sentar no chão.

— Me chupa primeiro?– Perguntei sorrindo.

  O Carl sorriu, me deu um beijo e começou a puxar a minha calça junto com a minha calcinha.

Shameless| Carl Gallagher Where stories live. Discover now