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 (Obs: Eu quis dizer um capítulo que poder ser considerado meio difícil de acontecer, porém eu pesquisei e vi que nos EUA e outros lugares que tem prisões ou reformatórios que comportam homens e mulheres e eu já vi em outras séries eles citando atividades como corais onde eles juntavam os dois grupos. Então eu quis fazer um ep meio diferente.)

  Eu 'tava no reformatório já fazia um tempinho. Foi mais fácil me acostumar do que eu pensava.

  Eu não 'tô detestando, não é tão ruim, que dizer, eu 'tava odiando 'tá no mesmo reformatório do Carl mas não poder ver ele graças a divisão de bloco dos homens e o das mulheres, porém... a gente resolveu esse problema.

  O Carl deu um jeito de me mandar uma bilhete lá da cela dele e me contou que no reformatório tem um grupo de coral e eles juntam as meninas e os meninos nesse coral. Obviamente como eu e o Carl mais da metade do reformatório não quer participar de um coral, porém eu e o Carl podemos ficar juntos, então a gente entrou.

  A primeira vez que a gente foi nesse ensaio do coral, eu me lembro de entrar por uma entrada com outras meninas que também participavam do coral e a nossa carcereira e do lado oposto da sala eu vi os garotos e... o Carl com o carcereiro dele. Eu não consegui me segurar e sai da fila correndo e fui até o Carl.

— Parada! Para agora!– Eu ouvi mais de um policial gritando.

  Eu iguinorei todos eles e só abracei o Carl o mais forte que eu pude. O Carl também me abraçou forte.

— Eu senti tanto a sua falta– Eu falei.

— Eu também, não foi fácil dormir sem você me chutando– O Carl disse.

  Eu dei uma risada e comecei a sentir as lágrimas caindo do meu rosto. E logo em seguida os policiais gritaram pra gente se afastar enquanto chegava perto da gente.

— Ayla, se afasta dele. Você não vai querer ir pra solitária– A Carcereira disse.

  Então eu me afastei um pouco do Carl e antes de me afastar completamente eu beijei ele.

  Depois desse dia a gente começou a ser mais discretos. Nós dois ficamos na última fileira do coral, então era mais escondido, portanto a gente vivia de mãos dadas e se olhando. Em certos momentos a gente deixava as partituras, as letras das canções, caírem e quando a gente se agachava a gente se beijava.
  Parando pra pensar não é nada discreto. Acho que os carcereiros só eram preguiçosos de mais pra fazer alguma coisa.

  O nosso maior plano foi um que 'teve que ser planejado minuciosamente e a gente 'teve que "pagar" com coisas para que outras pessoas nos ajudassem.

  O Carl já 'tava dominando a área dele. Praticamente a maioria dos caras fazia tudo que ele mandava e eu tinha as meninas da ala feminina que meio que me tornaram líder delas, então com um pouco de planejamento a gente fez o seguinte:

  Nós estávamos na pausa do ensaio do coral.

— Posso ir no banheiro?– O Carl perguntou pro carcereiro.

— Vai lá–  O carcereiro respondeu.

  Em seguida o Carl saiu e foi pro banheiro.

— Posso ir falar com o meu conselheiro?– Perguntei.

— A gente 'tá na pausa do coral, não– A carcereira respondeu.

— Fala sério, Diana, eu tenho que falar com ele sobre uns B.O. Acho que a minha pena vai aumentar porque eu bati na puta da Karol– Falei.

— Você entrou em outra briga?— Ela me perguntou.

— É. Eu peguei uma meia, coloquei uns sabões e arrebentei a vadia. Passei uns... 7 dias na solitaria– Respondi sorrindo— Ela 'tava sendo uma vaca escrota com todo mundo. Ela chegou tinha chegado á 10 dias, ela não tinha esse direito.

Shameless| Carl Gallagher Where stories live. Discover now