Te Adoto Como Meu Boneco

13- Hora Do Almoço!

Descemos para a cozinha em pouco tempo, eu estava faminto e provavelmente Chucky e Mérida também, principalmente Chucky, sua mudança de humor durante o dia não era nada legal, e ficar com fome não ajudaria ele nesse probleminha gigante. Descemos as escadas e eu levei Chucky para a sala, enquanto Mérida ia pegar as panelas para fazer o almoço, entrei na sala e fechei a porta em minhas costas, enquanto Chucky descansava em meu peito, até porque mesmo sendo feito de plástico, o bonequinho tinha seus limites e estava cansado de tentar bater em mim e na Mérida no andar de cima.
Caminhei até o sofá e sentei Chucky encostado no braço do móvel macio, ele não parecia bravo comigo ou coisa assim, ele apenas queria relaxar um pouco, provavelmente o mais longe possível de mim, me sentei ao seu lado e peguei em sua mão, o que fez ele olhar para mim.

Chucky: O que foi?
-Dessa vez não vou te provocar, prometo.
Chucky: Hum.

Chucky me ignorou e voltou a olhar para a parede.

-Tá acontecendo alguma coisa? Você anda estressadinho demais...Mais que o normal.
Chucky: Sei lá, eu tô todo desregulado.

O ruivinho disse, esfregando seu rosto com uma de suas mãos, enquanto a outra permanecia dentro da minha.

-Todo desregulado?
Chucky: Eu tô dormindo demais, comendo a mesma coisa e passando por uma situação HUMILHANTE.

Ele se virou para mim e gritou em meu rosto.

Chucky: Eu sinceramente nunca fui muito bom com essa coisa de sentimentos, mas agora eu nem sei mais o que eu tô sentindo...
-Você parece realmente confuso, e anda muito emotivo, acha que pode estar doente?

Coloco a mão em sua testa para ver sua temperatura, mas logo Chucky a expulsa de seu rosto.

Chucky: Não tenta me ajudar garoto, não quero a ajuda de ninguém, muito menos de um adolescente de uns 15 anos.
-16.
Chucky:...

Chucky me encarou nos olhos, acho que eu estava testando a paciência dele mais uma vez, soltei sua mão e me levantei do sofá enquanto ele continuava a me encarar.

-É...Aqui.

Peguei o controle da TV e entreguei nas mãos de Chucky.

-Pode assistir, o que você quiser dessa vez, seja livre e sem desenhos animados!

Chucky continuou a me encarar, mas por um segundo ele pareceu realmente decepcionado.

Chucky: Ela realmente te contou...Sabia que não devia confiar.
-Ela?

Fiquei confuso, e então lembrei das filmagens das câmeras de segurança.

-Ah, não não não, não foi a Mérida que me contou, sim ela disse algumas coisas, mas isso eu mesmo assisti.
Chucky: Você o que?!

Os olhos de Chucky se arregalaram mais e mais a cada palavra da minha frase, ele parecia desacreditado no que estava ouvindo e aos poucos voltou a ficar vermelho.

-Eu...Am...Assiste a TV, vou trazer doce para você, fica vivo!

Disse enquanto sai o mais rápido da sala e tranquei Chucky lá dentro em seguida, agora eu não fazia ideia do que ele iria fazer, ele estava por ele mesmo no momento, Mérida olhou para mim questionando o que eu havia feito após ouvir eu bater a porta com força.

Mérida: O que você fez?
-Nada.

Sorri para ela um pouco nervoso, começando a me aproximar dela que continuava a me olhar nos olhos.

-Quando vamos entregar a coisinha para ele? Talvez ajude já que ele está meio lelé já faz uns dias.
Mérida: Quando ele aprender a se comportar.

Ela disse e se virou para o balcão, se abaixando e tirando de lá de dentro alguns dos ingredientes para o prato do almoço.

-Isso então é nunca?

Ela se levantou e me olhou séria.

Mérida: Tudo bem, vamos ser bonzinhos com ele, talvez quando ele se acalmar, ou se ele decidir que é hora de ficar sentimental e chorar litros outra vez.
-Não sabia que você era má assim, tia!

Ela me olha com um sorriso levemente maligno, disposta a talvez dispensar toda a raiva em ver o Charles sem sua chupeta, eu ia adorar ver isso...
Começamos logo a fazer o almoço, não demorou muito até ficar pronto, ele parecia delicioso, um purê de batatas, arroz e uma porção de macarrão com almôndegas, não acho que Chucky iria odiar esse prato, por mais exigente que ele fosse.
Colocamos as porções em três pratos, comecei a me afastar da cozinha e ir em direção a sala de estar, abri a porta lentamente e me aproximei cuidadosamente do sofá em que Chucky estava, cheguei por trás na tentativa de assustá-lo antes de um almoço "em família", pude chegar próximo o suficiente ao sofá para ver o que passava na TV, Chucky parecia assistir (alguma coisa que eu vou botar mais tarde), e ele parecia muito confortável com isso, como se não tivesse tido duas crises diferentes pela manhã.
Levantei meus braços e os passei por cima do sofá, fazendo cócegas rápidas na cintura e na barriga de Chucky-que assistia a TV deitado no sofá-, seu grito alto pelo susto acompanhado de risos escandalosos começaram a vir do ruivinho enquanto ele se contorcia no sofá, obviamente confuso, pois não sabia se devia gritar ou rir em meio a situação espontânea, depois de alguns segundos, parei suas cócegas e o dei algum tempo para respirar fundo e reconquistar o fôlego.

Chucky: QUE PORRA FOI ESSA?! QUER ME MATAR?!

Ele gritou, ainda confuso se devia se sentir bravo ou rir da situação.

-Desculpa bebê, foi só uma brincadeirinha indefesa!

Faço mais cócegas na barriga de Charles, que começa a rir mais uma vez.

Chucky: PARA! PARA!

Ele gritava em meio às risadas, quase implorando para que eu parasse.

-Tudo bem, tudo bem, chega de brincadeirinhas.

Parei as cócegas e ajudei Chucky a se sentar no sofá.

Chucky: Por que infernos você chegou por trás desse jeito?

O ruivo perguntou para mim, ainda sem fôlego e sorrindo de modo confuso.

-Vim aqui te buscar para o almoço e decidi te dar um sustinho, vamos lá?
Chucky: Tá...Tá, tá, vamos lá.

Chucky se levantou no sofá e então eu o peguei no colo, o levando para a cozinha, saí da sala e fechei a porta, indo para a mesa de jantar, os pratos já estavam na mesa e Merida já estava se acomodando para começar a comer, levei Chucky até o cadeirão e coloquei sentado lá, dessa vez sem os cintos, Charles me olhou meio confuso, mas dúvido muito que ele estava chateado por isso, ele encarou um pouco o prato no cadeirão e depois me olhou.

-O que?

Perguntei me sentando, Chucky continuou olhando para mim um pouco pensativo.

Chucky: Nada.

Ele volta a olhar o pratinho à sua frente.

Merida: Ele tá meio estranho, não acha?

Merida perguntou, sussurrando em meu ouvido e depois voltando a comer.

-É, um pouco...

Sussurrei de volta, empurrando meu prato para frente e tocando a nuca de Chucky, fazendo um leve cafuné.

-Tá tudo bem amiguinho?

Chucky olhou para mim de novo e depois para o prato a sua frente, ele hesitou um pouco antes de pegar a colherzinha e olhar para mim de novo.

-Awn, quer que eu te dê na boca de novo?

O rosto ruborizado de Chucky se tornou sério em segundos, ele me entregou a colher e cruzou os braços, olhando para outro lado ainda em silêncio profundo, dei uma risadinha seguida de algumas batidinhas na cabeça de Chucky e peguei uma colherada em seu prato.
O almoço foi calmo e silencioso, depois de todos comermos e eu ir lavar os pratos, pude perceber que Chucky continuava em silêncio e sempre olhando ao redor, sua calma e curiosidade eram estranhos demais, ele parecia sempre tenso em tentar achar alguma coisa, aquilo estava me preocupando aos poucos e me deixando curioso, o que infernos Chucky estava procurando?

1338 palavras

Nota final:

Vou passar revisando os capítulos de todas as minhas fanfics e vou publicar uma nova! ( Eu já tinha publicado ela no spirit, agora vai ser aqui )

Chucky nos primeiros filmes era lindinho demais!