7- Sua Mais Nova Babá

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Chucky: FINALMENTE EU VOU TER PAZ!
-Não, nem pensar que você vai ficar sozinho.
Chucky: O QUE?!
-Não quero chegar aqui e ter minha casa pegando fogo...Talvez minha tia ajude.

Eu disse o pegando no colo.

Chucky: Sim, sim, sua tia vai ajudar muito sabendo que você está roubando as coisas do filho dela para me dar contra a minha vontade, parabéns.
-Não é essa tia! Ela meio que tem uma filha mais velha que eu cresci junto, mas ela já é adulta, então eu peguei o costume, enfim.

Eu enfio a chupeta na sua boca e logo em seguida Chucky tem sua mini paralisação antes de me atacar.

-Se eu fosse você eu ficaria calmo, para que tanto ódio com uma chupeta?

Ele não respondeu, óbvio, ela tava com uma chupeta prensada na boca, mas pelo encarar que ele me deu por alguns segundos antes de voltar a me dar soquinhos e a me arranhar fez eu conseguir ouvir a voz dele mandando eu tirar a chupeta da sua boca, a esquizofrênia anda de mãos dadas comigo, primeiro ele me aparece e agora até a voz dele eu já estou ouvindo, voltando, saí do quarto e desci para a cozinha enquanto o Chucky estava com seus problemas de fingir que não gosta da chupeta para não "passar vergonha", cheguei na cozinha e rápidamente coloquei Chucky no cadeirão, fechando os cintos.

-Finalmente...

Eu disse respirando fundo e me afastando de Chucky, ele cuspiu sua chupeta para longe, que eu consegui pegar antes de cair por algum motivo, e logo depois ficou me encarando.

-Cacete...Como eu peguei isso no ar?

Eu perguntei olhando para a chupeta na minha mão e depois olhando para o bebê raivoso logo a minha frente.

Chucky: ME TIRA DAQUI!
-Charles, tá de manhã, fala baixinho.
Chucky: NÃO ME CHAMA DE CHARLES QUANDO EU NÃO MANDAR DESGRAÇA!
-Ahhhh meu Deus...Você sabia que tem mordaça de chupeta né?
Chucky: ...Como é que você sabe disso?...
-Meu historico do Google é estranho...

Eu disse voltando a me aproximar de Chucky enquanto ele continuava me encarando, me abaixei ao nível do seu rosto e o encarei um pouco.

-Fala comigo, por que você está com raiva, bebê?
Chucky: Eu NÃO quero mais ser tratado assim, tá bom? Já chega.
-E por quê?
Chucky: Porquê eu não sou um bebê e eu não estou gostando nada disso.

Eu o encarei por alguns segundos e ele me encarou de volta com raiva e uma provável vontade de me levar de submarino.

-Você quer um abraço?
Chucky: Não, nem pense nisso.

Me aproximei mais dele, enquanto Chucky tentava me empurrar e gritar, e o dei um abraço apertado enquanto fazia cafuné na sua nuca, seus gritos aos poucos pararam e ele parou de tentar me empurrar para longe, apenas descansando seus braços em minhas costas e começando a respirar em um novo ritmo, parece que alguém mentiu quando falou que não gostava de abraços.

-Ae, sabia que era alguma coisa que você queria.
Chucky: Eu não queria uma abraço...
-Não parece.

Dou um beijinho na sua bochecha e fico de frente para ele de novo.

-Não foi tão ruim, foi?
Chucky:...

Nós encaramos um o outro por um tempo, mas por um segundo, vi o Chucky quebrar o contato visual e mudar seu olhar para minha mão, a que eu estava segurando a chupeta dele.

-Quer sua pepeta?
Chucky: Sai de perto de mim.

Ele cruzou os seus braços e permaneceu a me encarar.

-Ok, ok, mas ela vai ficar comigo.

Comecei a andar para a cozinha e podia sentir o encarar do bebê ruivo vindo das minhas costas, qual o problema que o Chucky via em assumir que alguém estava certo? E quanta raiva acumulada para fingir que não gosta de afeto essa criança tinha? O Chucky seria o meu motivo para começar a questionar as coisas agora. Ao chegar na cozinha, comecei a fazer o mingau da criaturinha de novo, já que ontem pelo visto ele tinha amado, mas para não deixar ele 100% bravo hoje, eu vou trazer um mimo do caminho da escola para ele se sentir melhor, agora se essa criança não gostar de doce, eu não sei o que fazer por ela.

Te Adoto Como Meu BonecoWhere stories live. Discover now